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Parecia que eu tava de castigo, e dessa vez eu nem tô falando isso pelo caos que anda a minha vida, mas sim porque após brincar de peça de teatro com o Barbosa, fiquei ali trancada no quarto até seus pais chegarem

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Parecia que eu tava de castigo, e dessa vez eu nem tô falando isso pelo caos que anda a minha vida, mas sim porque após brincar de peça de teatro com o Barbosa, fiquei ali trancada no quarto até seus pais chegarem.

E uns trinta minutos depois isso aconteceu. Eu ouvi o barulho de gente em casa e aí comecei a ficar nervosa.

O porquê? Não sei.

Talvez por estarmos mentindo e eu saber que a qualquer momento poderíamos dar uma escorregada e sermos pegos no pulo. Se isso acontecesse e o pai do Barbosa realmente tivesse a reação que ele estava esperando, a Bárbara estaria perdida. E apesar dos pesares, eu não queria isso pra minha amiga.

Ou poderia ser porque eu nunca conheci os pais de ninguém antes. E eu sei que era uma mentira, mas pra eles não. Pra eles era um relacionamento de verdade e nós tínhamos que fingir a nível de realmente parecer um relacionamento de verdade.

Igual aquela atuação patética de minutos atrás.

Talvez seja a junção das duas coisas, mas a questão é que eu estava extremamente insegura. Eu não sou insegura. E eu odeio me sentir assim, parecendo que eu perdi o controle das minhas ações e reações.

Eu respirei fundo umas três vezes antes de descer as escadas devagar, com vontade de subir e me trancar naquele quarto.

Fui andando sem fazer barulho e torci pro cachorro dele não latir, mas ele era tão bonzinho que só ficou me observando passar com as orelhas arqueadas. Fofo.

As vozes estavam um pouco abafadas mas a medida que eu fui me aproximando da cozinha fui conseguindo ouvir com mais clareza e nitidez.

ㅡ Eu quero saber de tudo.

Arregalei os olhos com a frase e milhões de hipóteses passaram pela minha cabeça do que podia ser.

Quando eu vi, já estava entrando na cozinha e os olhares deles já tinham batido em mim.

ㅡ Olá, boa noite. ㅡ abri um sorriso fraco, sentindo o meu rosto quente.

Apesar de todos os olhares estarem voltados pra mim, eu procurei somente o que era conhecido afim de encontrar alguma segurança. Ele assentiu fraco, quase que de uma maneira imperceptível, como se tivesse dizendo que estava tudo bem, sob controle.

Assim eu pude soltar a respiração.

ㅡ Oi! ㅡ Dhiovanna se levantou vindo até mim.

Ela também sabia de tudo e se ela interferiu, foi querendo ajudar.

ㅡ Finalmente tô te conhecendo pessoalmente e agora você é minha cunhada. Dá pra acreditar? ㅡ falou simpática e me abraçou.

Retribuí soltando um sorriso.

A gente já tinha conversado algumas vezes por direct já que ela comprava bastante da minha marca. Também já tínhamos fechado algumas publis mas essa de fato era a primeira vez que nos víamos pessoalmente.

Pregnant | GabigolWhere stories live. Discover now