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ㅡ E como foi lá no Castelão?

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ㅡ E como foi lá no Castelão?

O jogador bufou e apertou a barba com um pouco mais de força. Percebi que talvez não tenha sido bom perguntar.

Não vou entrar no assunto ele ter aparecido aqui do nada, porque ao entrar, terei que explicar o porquê de EU ter deixado ele ficar, e sinceramente? Nem eu sei.

ㅡ A gente pode falar de outra coisa? ㅡ pediu, olhando nos meus olhos. ㅡ Alguma coisa boa, de preferência.

Pensei. E lembrei que não havia contado para ele sobre o bebê ter começado a chutar.

Tudo bem que depois daquele dia nunca mais havia acontecido, mas mesmo assim, tinha rolado.

Acontece que o contexto dessa situação mexeu tanto comigo, que eu tinha medo de contar pra ele e acabar soltando a outra parte. A parte que me envolvia. Porém, ao mesmo tempo, não era justo esconder isso dele. Não dele que era tão envolvido e dedicado com a paternidade.

ㅡ O bebê começou a chutar.

ㅡ Nem fudendo. ㅡ ele disse desacreditado.

Até levantou o tronco da cama pra poder me olhar. Ou melhor, olhar para a minha barriga.

ㅡ E você me fala isso assim? Simples assim? Como você não me conta isso no exato momento em que aconteceu?

Podia ter respondido: No exato momento em que aconteceu eu chorava tanto e tremia tanto que não era capaz de fazer nada além dessas duas coisas. Mas ao invés disso eu apenas dei de ombros. 

ㅡ Puta que pariu, Mariana. ㅡ deu um pulo da cama e ficou naquela mesma posição da primeira vez que falou com o bebê. ㅡ Preciso sentir isso.

E aí ele simplesmente meteu a cara na minha barriga me fazendo erguer o corpo pra trás com o susto.

ㅡ Calma aí, desse jeito vai assustar o bebê. ㅡ estalei a língua. ㅡ Bárbara disse que agora ele tem sentimentos. Chora, ri, se assusta.

Quando ressaltei a última parte e ele se recolheu um pouco.

ㅡ Desculpa Juve.

Soltei uma risada.

ㅡ Barbosa, por favor, para de chamar a criança disso. ㅡ choraminguei.

ㅡ Ué. Não sabemos ainda se é menino ou menina. Tenho que usar os dois nomes juntos.
Juma e Jove.

Revirei os olhos.

ㅡ Ei bebê, mexe para o papai. ㅡ pediu, passando os dedos pela minha barriga.

Soltei uma risada fraca vendo ele completamente empenhado em fazer o bebê mexer. Cutucou minha barriga, chamou, conversou, mas no final, nada. Nem um chutezinho, nem uma mexidinha por mais leve que poderia ser. Nada.

ㅡ Por que não tá funcionando, mano? ㅡ perguntou, com um bico enorme na cara.

Ergui os ombros.

ㅡ Ele mexeu mesmo?

Pregnant | GabigolOnde as histórias ganham vida. Descobre agora