ㅡ capítulo reescrito e repostado por motivos de burrice da autora que apagou o original sem querer 🤡
Tudo estava dando errado hoje, parecia até um sinal.
E de fato eu deveria ter seguido os sinais e me trancado a sete chaves em casa. Mas não, eu decidi ignorar e seguir o meu dia, porque eu sou a pessoa mais teimosa que eu conheço.
Primeiro eu tinha perdido o horário e chegado atrasada em uma consultoria. Por conta disso, eu não tive tempo de conseguir forrar o meu estômago com um mísero pão francês. Daí pronto, eu comecei o dia com fome e mesmo que agora eu já tenha conseguido almoçar, o péssimo humor ainda estava presente em mim.
Mas como se não bastasse isso, meu dia tinha acabado de piorar.
Encarei as mensagens da Bárbara, que era mais uma contribuição para o meu dia péssimo e bufei estressada.
"Amiga, mil desculpas, houve um emprevisto e eu não vou conseguir te atender"
"Mas eu já resolvi tudo e disponibilizei a melhor gine do meu consultório pra você"
"A segunda né, porque a primeira sou eu"
"Mas sério, me perdoa. Eu sei que você se sente mais confortável comigo" "Prometo pagar uma cerveja pra retribuir o meu vacilo"Ótimo, agora eu vou ter que abrir as minhas pernas pra alguém que eu nem conheço.
Não calma, isso pegou mal.
Bárbara era a minha amiga, minha ginecologista e a única pessoa que eu não tinha insegurança de abrir as minhas pernas em um ambiente com a luz acesa. Mas pelo visto, ela tinha acabado de furar comigo e o que me restava era aceitar.
Eu não podia desmarcar e marcar outro dia porque eu simplesmente não sabia quando teria outro dia já que a minha agenda estava completamente lotada ㅡ e graças a deus por isso.
Pedi um uber e pedi ao garçom para trazer a minha comanda antes que eu também me atrasasse para a consulta. Arregalei os olhos ao ver o preço que o meu almoço custou mas retirei o cartão de crédito pra pagar com a certeza de que eu nunca mais piso aqui.
É isso que dá sair entrando em qualquer restaurante sem conhecer. Mas também, eu poderia esperar menos dos restaurantes do Leblon? Parecia até que o lugar era uma parte separada do Rio de Janeiro.
Deixei o meu rim ali e me preparei pra sair já que o meu uber estava apontando na esquina da rua.
Fui caminhando em direção a saída acompanhando o carrinho do uber se movimentando na tela do meu celular quando de repente senti algo bater contra o meu ombro. O meu celular foi de tela no chão.
Alguém sabe como é que eu faço pra pedir a minha música no fantástico?
ㅡ Puta que pariu, eu só posso ter matado freiras na vida passada pro meu dia ser tão horrível.
Me abaixei pra pegar o celular, mas o cara que esbarrou comigo pareceu ter pensado o mesmo e foi exatamente esse o problema. Nos abaixamos ao mesmo tempo e isso fez com que as nossas testas batessem uma contra a outra e eu caisse de bunda no chão por conta do impacto, que não foi fraco.
Botei a minha mão sobre a testa e fiz uma careta que logo se transformou em um semblante de indignação assim que eu ouvi a gargalhada dele.
Uma gargalhada ridícula por sinal.
Ele esbarra em mim, taca meu celular no chão, me dá uma cabeçada e ainda por cima ri porque eu caí?
Não, não era possível.
ㅡ Você é idiota? ㅡ questionei com raiva.
Ele levantou o olhar pra mim fazendo eu perceber quem ele era, já que antes o boné me impedia e cara... Era nada mais e nada menos que o Gabigol.
Sim, o jogador daquele timinho.
Se tinha como eu ficar mais irritada isso tinha acabado de acontecer. Eu era vascaína.
ㅡ Não é possível. ㅡ eu ri pelo nariz com indignação.
ㅡ Você quer ajuda pra levantar?
ㅡ Eu quero que você vá pro inferno. ㅡ digo, referente a tudo de ruim que ela já me proporcionou desde que começou a jogar pelo rival.
ㅡ Ah, fala sério garota. Vai colocar a culpa toda em mim?
Como o tamanho da minha raiva poderia me fazer cometer um crime de ódio, eu decidi sair logo daquele lugar, girando os calcanhares e indo em direção a saída.
ㅡ Tenha um bom dia, educação em pessoa. ㅡ ouvi o babaca falar um pouco mais alto por conta da distância e a minha resposta foi levantar o dedo do meio pra ele enquanto ainda permanecia de costas.
Meu uber já estava me esperando quando eu apareci na rua e eu não demorei pra entrar nele.
Como por um milagre não tinha trânsito, mesmo sendo horário de pico, eu consegui chegar no consultório no horário certo e oficialmente essa tinha sido a primeira coisa no meu dia que tinha dado certo.
ㅡ Oi, boa tarde. ㅡ cumprimentei a recepcionista de sempre.
ㅡ Oi Mari, tudo bem? Chegou no horário certinho. Pode ir pra sala 3 que a médica já vai atender você.
Agradeci e me encaminhei pra sala que ainda estava vazia. Olhei aquela maca e já pude visuzalizar que nos próximos minutos eu ia me sentir um peru prestes a ser temperado para a ceia de Natal.
Em poucos segundos a porta foi aberta e uma menina e uma menina entrou com uma ficha em uma mão e uma bandeja em outra.
ㅡ Boa tarde. Veio sozinha? ㅡ ela desejou e eu respondi.
Franzi o cenho confusa mas assenti.
Eu sei que eu ainda tinha cara de adolescente mas era tanto assim ao nível de acharem que eu precisava de acompanhante?
ㅡ Certo, vamos começar. Fica tranquila e bota as pernas aqui, por favor.
Eu tinha vindo de vestido pra facilitar então só tirei a minha calcinha e fiz o que ela pediu. Ela colocou o papel estéril do meu quadril para baixo e a partir daí eu não vi mais nada.
ㅡ Vai ser bem rapidinho. — ela informou.
Vi ela colocar as luvas e olhei pro teto sentindo o meu rosto esquentar.
Eu sempre tive pavor de ir ao ginecologista, tanto que a minha primeira vez foi só após a minha primeira relação sexual e eu só fui porque eu sabia que era necessário. Desde então eu tento evitar ao máximo ir mas todo ano é importante fazer os exames de rotina, então eu vou mesmo a contragosto.
Senti um leve incômodo quando ela inseriu algo lá embaixo, porém retirou poucos segundos depois.
ㅡ Prontinho.
Ué.
ㅡ Nossa, foi rápido. ㅡ comentei um pouco surpresa.
ㅡ É né?! As coisas hoje em dia são bem mais fáceis. — respondeu sorrindo e eu concordei. ㅡ Você pode ter um resultado em no mínimo duas semanas.
ㅡ Certo, muito obrigada.
ㅡ Boa sorte. — disse se retirando da sala.
Boa sorte?
Eu coloquei a minha calcinha e me preparei pra ir embora. Ainda estava surpresa pela rapidez mas não ia reclamar. Eu tava doida pra chegar em casa e descansar após esse dia caótico.
BINABASA MO ANG
Pregnant | Gabigol
FanfictionApós ser inseminada artificialmente por engano, Mariana descobre que o artilheiro do time rival, e que por sinal ela não vai nenhum pouco com a cara, é o dono do esperma que foi inserido nela. No auge da sua carreira de Estilista, tudo o que Mariana...