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Não demoramos para sair do hospital quando a nossa alta foi dada

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Não demoramos para sair do hospital quando a nossa alta foi dada. Depois de três dias ali, tudo o que eu mais queria era ir pra casa.

E sim, casa.

Por mais incrível e inacreditável que isso possa soar, não me parece nada estranho enxergar esse lugar como casa agora. Como lar. Porque eu realmente me sinto em casa aqui.

Eu quase não lembro que quebrei o pau com o Gabriel quando ele sugeriu que eu ficasse por aqui durante a parte final da gravidez. E quase não lembro também que há um tempinho atrás o meu pensamento era de que quando ela nascesse, eu voltaria para a casa dos meus pais.

Hoje a ideia de voltar para lá é o que soa estranho para mim.

Seria o primeiro dia que ficaríamos os dois sozinhos com ela, e apesar de termos ficado um pouco apreensivos e com medo, no final a gente deu conta. Pra falar a verdade, não fizemos mais do que ficar babando ela o dia inteiro. E não é como se fosse difícil fazer isso.

Quando a noite caiu, resolvemos tentar começar a implementar a rotina que a Fabi tinha dito que seria importante fazermos.

O Gabriel foi diminuindo as luzes da casa enquanto eu separava as coisas para o banho dela e ajeitava o que íamos precisar para a madrugada no quarto. A Fabi também tinha comentado com a gente que nos primeiros dias a ideia de um quarto compartilhado era uma boa opção, principalmente por conta da praticidade, então resolvemos fazer. Agora ela também tinha um bercinho ao lado da cama que dormíamos.

ㅡ Vamos? ㅡ ele chama, aparecendo no quarto com ela em seu peito.

Na maternidade, tivemos a visita de uma pediatra que nos deu a dica de dar banho nela no chuveiro. Ela explicou que era uma forma dela se sentir mais segura e de termos mais contato com ela, além do fato de que o barulho do chuveiro lembrava o barulho do útero e por ela ainda não ter noção de que já nasceu, isso ia ser bom.

Depois de checar a temperatura, encho minha mão de água e molho os pézinhos dela que se encolhem assim que entram em contato com a água.

ㅡ Ah não, tadinha. ㅡ Gabriel resmunga.

Solto uma risada.

ㅡ Ela precisa tomar banho. A água tá quentinha.

ㅡ Mas ela tá cheirosinha. ㅡ diz enquanto se inclina pra cheirar o cabelo dela. ㅡ Não precisa, Mari.

Estalo a língua e puxo ele pelo braço, fazendo com que os dois se aproximem mais do chuveiro.

Continuo molhando ela aos poucos com a mão e aos poucos também o Gabriel, com muito custo, vai entrando com ela no chuveiro. Ela não reclama e muito menos chora, só se contenta em achar a mão e fica chupando o dedo enquanto eu vou ensaboando o corpinho dela por partes e o Gabriel conversa com ela.

Pregnant | GabigolWhere stories live. Discover now