Após ser inseminada artificialmente por engano, Mariana descobre que o artilheiro do time rival, e que por sinal ela não vai nenhum pouco com a cara, é o dono do esperma que foi inserido nela. No auge da sua carreira de Estilista, tudo o que Mariana...
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Eu sabia que tinha feito merda. E essa era a frase que mais tinha saído da minha boca ultimamente.
Amanhã já era o jogo dois da Semifinal e eu não falava com a Mariana desde o dia do jogo um. Ela foi embora logo após o apito final, sem falar nada com ninguém — além da Marília — e eu sei que não foi só porque o time dela tinha perdido, eu sei que grande parte foi porque eu tinha vacilado.
Eu sabia que eu tinha que me desculpar com ela, principalmente porque Fabinho não parava de me dizer isso, mas o problema é que eu nem sabia pedir desculpas. Quero dizer, eu falava, mas da boca pra fora. Agora era diferente, eu realmente tava arrependido porque eu sabia que tinha vacilado.
Tudo o que ela me disse foi verdade, eu não pensei nela em nenhum momento, eu só pensei que os meus amigos estavam vendo aquela cena e eu agi segundo a isso. Foi errado. E custou pra eu reconhecer isso.
O que ela falou sobre estar me ajudando sem nenhuma obrigação de fazer isso era real. Ela tava certa em tudo, embora eu odiasse admitir isso.
E se eu quisesse que ela continuasse me ajudando, era bom eu me resolver logo com ela. Não por interesse, mas por que ela realmente merecia um pedido de desculpas sincero da minha parte.
Por isso eu saí do CT e antes de chegar no Ateliê dela, eu parei numa padaria e comprei uma fatia de uma torta de maracujá que me chamou atenção na vitrine. Aquela porra foi dez reais, então eu espero mesmo que eu consiga o perdão dela.
Ela tava grávida, grávidas gostavam de comer, né?
Quando eu cheguei, não encontrei a recepcionista de sempre, pelo contrário, encontrei uma menina muito mais nova.
Ela me encarou, arregalou os olhos e levantou as sobrancelhas soltando uma risada.
ㅡ Quanto você vai me dar pra eu te deixar passar?
Eu juntei as sobrancelhas indignado.
ㅡ Nada?
ㅡ A minha irmã não quer te ver nem pintado de ouro e se eu te deixar passar, significa que vou ouvir muito no caminho até em casa, então no mínimo eu preciso de um incentivo pra isso.
Então essa era a irmã dela? Que garotinha mercenária.
ㅡ Vamos lá Gabigol, não é como se você não tivesse qualquer 100 reais nessa carteira. ㅡ Ela falou simples. ㅡ Eu também aceito pix.
CEM REAIS?
ㅡ Você é maluca? Se bem que a julgar pela sua irmã... ㅡ murmurei a última parte.
E realmente, se fosse julgar pela irmã dela, eu sabia que ela não ia ceder fácil, então fiz o que ela pediu.
Qual é, eu precisava me desculpar com a Mariana.
Ela rapidamente pegou a nota que eu estendi, como se tivesse medo de eu mudar de ideia e em seguida levantou a nota pro alto, sim, repito, ela LEVANTOU A NOTA pra checar se era falsa.
