Após ser inseminada artificialmente por engano, Mariana descobre que o artilheiro do time rival, e que por sinal ela não vai nenhum pouco com a cara, é o dono do esperma que foi inserido nela. No auge da sua carreira de Estilista, tudo o que Mariana...
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ㅡ Por favor, Marruá. ㅡ ele me pede, pela milésima vez, do outro lado da tela. ㅡ Preciso dela comigo hoje. É importante. Vem com a minha família, o Fabinho vai levar geral.
ㅡ Prefiro parir ela hoje e te entregar pra você levar, do que pisar naquele Maracanã cheio de Flamenguistas. ㅡ digo e preciso prender a risada diante da cara que ele faz.
É claro que eu vou hoje. É a final da copa do Brasil. E embora eu odeie esse time mais do que tudo, sei que é importante pra ele. Principalmente depois de todo aquele perrengue que o jogador passou na sua fase de jejum.
Mas nada me impede de continuar perturbando o juízo dele, né? Quero que o Flamengo perca, então acredito que torturar o jogador mais decisivo deles possa ajudar no processo.
ㅡ Faço massagem em você por duas horas direto. ㅡ ele apela.
ㅡ Essa é a sua obrigação. E vem cá, você não deveria estar em concentração nesse momento? Me deixa em paz, larga esse celular.
A verdade é que combinei com a Marilia dela passar por aqui daqui há poucos minutos pra irmos pro estádio e eu ainda nem terminei de me vestir. Tava com nada mais nada menos que um roupão. Mas também precisava fazer com que a família dele acreditasse que eu ia ficar em casa. A ideia era fazer surpresa mesmo.
ㅡ Você não vem mesmo? ㅡ ele tenta a carinha de cachorro que caiu da mudança, sua última carta na manga.
Mal sabe ele que nem precisa dela.
ㅡ Ela vai estar mandando energias negativas daqui de casa. Junto comigo.
ㅡ "Daqui de casa", é? ㅡ ele repete e só aí que eu percebo o que falei.
Estalo a língua.
ㅡ Finalmente a Juma Marruá aceitando morar na fazenda do Zé Leoncio. ㅡ completa.
Solto uma gargalhada e mostro meu dedo pra ele.
ㅡ Vai trabalhar, Gabriel. Que saco.
ㅡ Vou. E já que você não vai vir, põe a minha oncinha pra assistir o papai dela decidindo mais um título daí de casa.
ㅡ Pode deixar, ela vai ligar o secador.
Ele revira os olhos e eu mostro o dedo de novo, antes de encerrar a chamada.
Vai me perdoando aí pai, mas eu vou precisar ir hoje. E vai... não vai ser de todo ruim porque estarei secando de lá. A sua neta é filha dele, o que eu posso fazer?
ㅡ Ísis, se você não for vascaína pra acabar com o juízo do seu pai... vai ficar de castigo uma semana.
O chutinho vem em resposta.
ㅡ Isso garota. ㅡ cutuco minha barriga de volta. ㅡ A gente tem que se unir contra o patriarcado, entende? União das oncinhas negras escorpianas.
Ela continua dando algumas voltas dentro da casinha dela e eu vou atrás de algo pra vestir. Ultimamente não era tudo que ficava bonito em mim, e o que ficava, me deixava completamente desconfortável. E procurando por conforto, eu sempre acabava usando a mesma coisa: uma blusa larga e uma calça mais ainda.
