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Eu bufei estressada fazendo o jogador olhar na minha direção

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Eu bufei estressada fazendo o jogador olhar na minha direção. Já devia ser a terceira vez em cinco minutos que eu fazia isso.

ㅡ O que foi, Marruá?

ㅡ Não tem nada pra fazer. Tô entediada.

Era um domingo entediante pra caralho e a chuva lá fora não me deixava com alternativa nenhuma do que fazer a não ser ficar sentada nesse sofá assistindo ele jogar.

O clima do Rio de Janeiro era bem esquisito. Ontem mesmo estava fazendo um sol de matar um, mas hoje tivemos que dormir com duas cobertas. Vai entender.

Estávamos sozinhos em casa já que seus pais haviam saído pra jantar. Dhiovanna, por sua vez, estava plenissima viajando. Já tinha a conhecido o suficiente pra saber que ela não aguentava ficar muito tempo no mesmo lugar, o brilho dela sumia todinho. Eu tinha pra mim que aquela garota nasceu pra ser livre, e eu achava isso lindo nela.

ㅡ Vem jogar comigo.

ㅡ Isso é chato. ㅡ fiz um bico.

Ele pausou o jogo e jogou o controle no sofá virando o olhar pra mim.

Eu tentava ignorar o que tinha acontecido entre nós. Pra ser sincera, eu tentava fingir que nada havia acontecido, tinha tentado até esquecer, mas isso não era possível. Tudo aquilo ainda estava fresquinho na minha memória e cara... algo que me dizia que isso ainda ia me atormentar por um longo tempo.

Já tinha uns dois dias e não trocamos nenhuma palavra sobre. Na real, acredito que nem íamos, até porque não tínhamos nada pra falar. Aconteceu, foi num momento de insanidade, e não ia acontecer de novo. Nós dois sabíamos disso.

O lado bom era que terça eu voltava pra casa e pra minha vida normal, então não íamos mais precisar fingir diariamente que nada tinha acontecido, ia ser só quando nos encontrassemos assim que se fizesse necessário. Meu rosto não ia mais esquentar quando ele chegasse perto de mim e eu também não ia sentir seu corpo por trás do meu toda vez que ele fizesse questão de passar por mim. Não íamos mais dormir agarrados e muito menos acordar na mesma cama. Tudo isso ia acabar.

Bom, não tudo, já que eu ainda estava grávida dele pelos próximos quatro meses.

ㅡ Quer assistir alguma coisa?

Neguei com a cabeça.

ㅡ O que você quer fazer?

ㅡ Não sei.

ㅡ Aí fica difícil também né, amor.

Odiava quando ele me chamava assim com essa voz toda debochada, mas eu não podia falar que odiava porque com certeza ele ia passar a fazer isso mais vezes só pra me irritar, então eu apenas engolia seco e ficava calada odiando em silêncio.

Vi ele passar o olhar por toda a sala até parar na mesa de ping pong.

ㅡ Tive uma idéia. ㅡ se levantou e foi até lá.

Pregnant | GabigolWhere stories live. Discover now