Após ser inseminada artificialmente por engano, Mariana descobre que o artilheiro do time rival, e que por sinal ela não vai nenhum pouco com a cara, é o dono do esperma que foi inserido nela. No auge da sua carreira de Estilista, tudo o que Mariana...
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Eu estava parecendo uma beterraba.
Acontece que roxo era a cor favorita do Justin e na minha cabeça, se eu estivesse vestida com algo roxo ele ia me notar.
Não contente em estar usando uma pantalona roxa e um top faixa roxo, a minha maquiagem também era roxa. Eu não estava mesmo brincando e a Hailey que me desculpe mas a meta da noite era ir pra casa com o homem dela.
Eu e Dhiovanna estávamos animadas, completamente diferente do que dono da casa que deveria chegar em instantes, já que o jogo não havia sido dos melhores ㅡ como todos ultimamente não estavam sendo ㅡ, e ele ainda havia sido expulso pra fechar.
Não sou de assistir os jogos do Flamengo mas como a família dele estava aqui, acabei dando uma olhada com eles e... fala sério, que expulsão ridícula. Ele literalmente só queria cobrar a falta logo pro jogo seguir e o árbitro o expulsa? Juro por Deus, eu me perguntava sempre aonde é que ia parar o futebol raiz diante de todo esse mimimi dos dias de hoje.
Eu não gostava do Gabigol jogando contra o meu time, mas porra, é impossível não admirar ele como jogador. Como o cara que carrega as raizes do verdadeiro futebol. O cara que provoca os adversários, inflama a torcida e mostra dentro de campo que sabe o que tá fazendo. E ele é odiado por muitos exatamente por isso, por ter nascido na geração errada do futebol. Nessa geração ridícula onde um A, é falta de respeito.
Sinceramente, não tenho paciência.
Quando ele chegou em casa, já sabia que ele se trancaria em algum canto e só sairia quando a raiva passasse, mas dessa vez eu me enganei. Ele se arrumou junto com a gente e disse que ia pro Rock in Rio. Dhiovanna me olhou na mesma hora surpresa e eu dei de ombros, porque estava na mesma. Sem entender nada.
Quando eu o questionei, ele disse que queria estar por perto e se certificar de que ia ficar tudo bem comigo e a Ísis. Não tive o que falar na hora mas dentro da van, enquanto estávamos a caminho da cidade do rock, penso bastante sobre isso.
Sei o quanto ele fica estressado em um pós jogo, até mesmo em jogos em que ele vai bem e o time ganha, e hoje em um jogo em que ele foi expulso e terminou em empate, ele estar indo significa muito. Significa que, mesmo não estando bem, ele coloca a Ísis em primeiro lugar. E de certa forma... me coloca também.
Sei disso porque enquanto eu pulava com as meninas, sentia o olhar preocupado dele queimando em mim, mas mesmo assim ele me deixava lá, aproveitando um dos dias mais felizes da minha vida porque ele sabia o que aquilo significava pra mim.
Isso tudo me toca em um lugar especial. Me toca lá no fundo. Assim como quando ouvi All That Matters, quando chorei ouvindo Anyone e quando ele encerrou o show com Baby. Mas nada se compara com o que senti em 2 much. Acho que muito mais pelo momento, do que pela própria música.
Quero dizer, era sim uma das minhas favoritas, mas o fato dele ter me abraçado, o beijo delicado que ele deixou em meu ombro, nossas mãos em cima da minha barriga, e a forma como eu me sentia segura em seus braços. Nada me toca mais que isso.
