5 - Luke / Sophia

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Luke

Recebi uma ligação do senhorio do prédio perguntando se precisava incluir taxa de "limpeza" nas minhas contas. A tradução disso é que o fodido do porteiro deve ter lhe informado que subi com uma garota amarrada e ela nunca mais desceu, então eles achavam que eu a matei e estava guardando o corpo.

Informei que se ele estava se referindo à garota, ela estava viva e iria permanecer na casa.

Não sou como os fodidos dos moradores dos outros andares que vivem dentro da sujeira que fazem.

Desliguei o telefone e continuei a seguir o fodido do pedófilo. Ele finalmente conseguiu fazer com que uma menina o acompanhasse, não ouvi o que ele lhe ofereceu, mas ela lhe estendeu a mão e agora ele a levava para um beco.

Eu teria que ser rápido com ele, pois a situação não me era favorável. Assim que eu tirasse a menina das suas mãos sujas ela correria gritando, e isso atrairia pessoas até mim.

Me encostei na parede do beco atrás de uma lixeira e vi ele dizer algo para a menina que ficou paralisada, depois se levantar e desamarrar a calça. Tirei minha faca de dentro da jaqueta e saí de trás da lixeira.

- Ei, gorducho. - Chamei fazendo ele se assustar e se atrapalhar tentando recolocar as calças. Dei um soco na cara dele que o derrubou. - Que tal você correr, garotinha? - Eu disse para ela, dando tempo dele me acertar um soco também. Esse fodido desse gorducho tem força, minha orelha ficou zunindo, mas a garotinha correu.
Ele tentou me socar de novo mas desviei, a garotinha gritava ao longe. Ele tirou um canivete do cu e enfiou no meu ombro, desgraçado fudido. Enfiei minha faca na barriga dele e a arrastei em direção ao seu peito, fazendo sangue jorrar e tripas saírem. Ele se jogou ao chão tentando colocá-las de volta e gritando.
Ele já estava morto. Corri.

*****

Sophia

Eu estava folheando os livros que Luke havia me emprestado tentando decidir qual ler quando ele entrou pela porta ofegante e coberto de sangue.

- Meu Deus! - Exclamei ficando de pé. - Luke, esse sangue é seu?

- Boa parte é. - Disse ele arrancando a jaqueta e a camisa, deixando um ferimento no ombro à mostra.

- Boa parte?

- Sophia, cala a boca e pega uma toalha pra mim. - Mandou com a voz alterada se sentando no sofá. Corri no banheiro e peguei uma toalha, lhe entreguei e ele pôs no ferimento para estancar o sangue. - Agora vai no meu quarto e pega uma caixa de medicamentos no meu armário.

Obedeci. Quando trouxe a caixa ele limpou o ferimento com soro e jogou álcool, então começou a colocar linha em uma agulha para costurar, mas o sangue voltou a jorrar.

- Eu faço! - Falei nervosa. Ele me olhou e entregou a agulha em minhas mãos. Voltou a pressionar a toalha em cima do ferimento e me observou em silêncio. Minhas mãos tremiam mas consegui passar a linha, mandei que tirasse a toalha e costurei sua pele enquanto ele não tirava os olhos de mim.

- Pronto! - Avisei cortando a linha. Fui até o banheiro pegar outra toalha para limpá-lo, mas ele me seguiu e apagou a luz do banheiro, arrancou a toalha das minhas mãos, tirou a máscara e me beijou.
Por um segundo não tive reação, mas era bom. Apoiei levemente minhas mãos em seu peito e acho que ele entendeu isso como um sinal positivo, pois me suspendeu e me pôs em cima da pia, me beijando com mais ferocidade.

Então de repente ele parou o beijo. Estava escuro, eu só conseguia enxergar sua silhueta.

- Luke? - Chamei receosa. Ele não respondeu, apenas me desceu da pia com delicadeza.

- Tome um banho, te sujei de sangue. - Mandou com a voz um pouco rouca, então se virou e saiu do banheiro.

Fiquei ali no escuro, confusa e suja de sangue. Os lábios formigando pelo beijo agressivo que ele me roubou. Então tirei e roupa e entrei no chuveiro.

*****
Luke

Vê-la nervosa e com as mãos sujas do meu sangue, mas ao mesmo tempo segura do que estava fazendo me deixou excitado, mas eu não devia tê-la beijado. Comecei a recolher as coisas sujas de sangue na sala quando ouvi o som do chuveiro ligado. Lembrei da imagem dela usando apenas roupas intimas e a curiosidade para vê-la completamente sem nada e molhada era grande. Me repreendi pelo impulso, terminei de limpar o sangue espalhado e fui para o meu quarto tomar um banho em meu banheiro.

Havia um motivo desse prédio cheio de criminosos estar localizado nessa cidadezinha de merda sem segurança nenhuma. É claro que o dono tem influência com grandes autoridades que fazem vista grossa para o que acontece aqui em troca do rolo de grana que ganham. Existem pessoas dispostas a pagarem muito para praticar o seu sadismo livremente, e existem pessoas dispostas a receber esse dinheiro. Eu estava seguro aqui, mas o que fiz hoje foi perigoso. Matar um cara na rua e em frente à uma testemunha... apesar dela ser apenas uma criança.

Tomei um banho e avaliei a costura que Sophia fez em meu corte. Parecia bom, talvez ela tenha experiência com isso. Mas se tem porque deixou a porra do próprio machucado inflamar?

Sophia... não sei nada sobre ela e mesmo assim me sinto atraído por essa garotinha medrosa, não tenho como negar. Mas não me relaciono mais com nenhuma mulher que não seja apenas para me satisfazer e nunca mais vê-la. Deixarei claro para Sophia que esse beijo não irá se repetir

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