9 - Luke

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Sophia estava levemente alterada pelo álcool e não parava de umedecer os lábios com a língua, isso estava me deixando louco. Por que eu fui trazer ela pra esse baile quando eu poderia estar sozinho com ela naquele apartamento?

Paramos de dançar e a deixei perto da mesa de doces e mandei que comesse para cortar um pouco o efeito do álcool. Quero ela sóbria para o que farei com ela hoje. Ela olhou desconfiada para o grupo que eu disse ser da Máfia, deu de ombros e atacou a mesa... ela é mesmo uma incógnita. E eu nem sei se eles são mesmo da Máfia.

Avistei o homem responsável pelo meu quinto convite pra esse baile fodido e fui cumprimentá-lo, mas sem tirar os olhos de Sophia. Ele era um general do exército, seu nome era Mathias, um senhor baixo e simpático que me conhecia desde criança, além de adorar o fato de que matei seu irmão. Ao ver eu me aproximando abriu um sorriso e os braços.

- Luke, achei que não viria dar um abraço nesse velho. - Disse ficando de pé e recebendo meu abraço.

- É Mike, não esqueça. - Respondi me sentando ao seu lado. - Como eu poderia deixar de falar com meu padrinho?

- Bah. Essas drogas de nomes falsos. - Disse sacudindo uma das mãos. - Não vou usá-los pra me dirigir diretamente à você.

Me ofereceu uma dose de conhaque que estava em sua mesa, aceitei vendo um dos babacas que estava em minha mesa antes se aproximar e puxar assunto com Sophia. Ele não era importante, apenas um parceiro de "projeto secreto" do Ângelo. Aquele que fez a piada sobre eu ser bipolar.

- Está acompanhado esse ano, não é? - Perguntou Mathias com os olhos brilhando, vendo para onde eu olhava. - Ela é muito bonita. Vi vocês dançando.

- Não é nada demais. - Respondi.

- Eu vi como se olhavam... - Começou ele.

- Ainda assim, não é nada demais. - Interrompi, fazendo ele suspirar e dar uma palmada em meu braço.

- Eu gostaria de te ver seguindo em frente, meu amigo! Sei que faz o que faz por vingança, mas você tem talento, poderia estar fazendo apenas por dinheiro e seguindo em frente com uma mulher bonita como aquela.

- Eu ganho dinheiro, na maioria das vezes.

- Graças as minhas indicações, e eu também mantenho seu nome rodando, apesar de não ter grandes feitos... por escolha sua, aliás.

- Não quero ser um peça nesse tabuleiro de bandidos. - Respondi, meus olhos brilhando de raiva ao ver o cretino se aproximar para falar algo no ouvido de Sophia.

- Mas você é, de qualquer modo. Já matou a mando dos jogadores reais, isso fez de você uma peça.

Não gostei de ouvir isso, mas sabia que era verdade. Sabia também que ele não estava dizendo isso para me deixar com raiva. Ele realmente achava que ser um assassino de aluguel para caras muito ricos era um bom futuro para mim.

- Já tenho dinheiro suficiente para continuar fazendo apenas o que gosto. - Respondi querendo encerrar logo a conversa, pois estava vendo o babaca colocar a mão na cintura de Sophia e ela retirar e dar um passo para trás. - De qualquer forma, com meu rosto desse jeito não posso me infiltrar em muitos lugares, só posso pegar trabalhos pequenos.

- Uma cirurgia resolveria isso, já disse.

- Mas não quero, uso essas cicatrizes para manter minha memória viva sobre o que aconteceu. - Respondi ficando de pé, ele também ficou e me estendeu a mão.

- Marcela não iria querer isso. - disse segurando minha mão.

- Ela não iria querer muitas coisas. - Respondi e ele soltou minha mão, suspirando.

- Bom, vai lá soltar sua namorada das garras daquele sujeito.

Olhei e vi que o cara estava tentando beijá-la, ela o empurrava pelos ombros e estava encostada na mesa por recuar dele. Rosnei e me dirigi até lá, mas antes disse para Mathias:

- Ela não é minha namorada. - Ao que ele respondeu com uma gargalhada

Era proibido brigas em terrenos neutros como esse, então apenas contive minha raiva e apertei o ombro do sujeito.

- Será que você não percebeu que ela está acompanhada? - falei baixo o suficiente para que apenas ele e ela me escutassem. - Não gosto que encostem no que é meu, então que tal tirar as mãos de cima dela antes que eu as arranque?

O fodido parecia já estar bem bêbado.

- Me desculpa. Ângelo me falou que eu poderia chegar nela, que ela é só uma prostituta que você resolveu trazer.

Sophia parecia prestes a bater nele, então passei o braço por sua cintura e a puxei para longe. Ângelo vai me pagar qualquer dia desses...

- Eu tenho cara de prostituta? - Ela me perguntou indignada, me fazendo perder a raiva e sentir vontade de rir.

- Não. - Respondi e a guiei para o jardim.

- Aonde vamos?

- Embora. Cansei dessa festa, e ainda preciso punir você por me bater, não é? - pisquei para ela, que corou e olhou para o chão.

Havia uma fileira de carros iguais ao que viemos do lado de fora do jardim do baile. Dei meu cartão carimbado para um dos motoristas, que abriu a porta para entrarmos. Seguimos viagem em silêncio, Sophia mal respirava. Eu estava achando graça de seu nervosismo. É claro que se ela não quisesse fazer nada eu não iria forçá-la, mas também não deixaria isso claro para ela.

Chegamos em casa, peguei sua mão quando entramos no elevador e percebi que ela estava tremendo. Essa garota não disse que não tem medo de mim? Quando abri a porta do apartamento ela entrou arrancando as sandálias.

- Vou tomar banho. - Disse e tentou entrar no banheiro mas eu a segurei.

- Vamos tomar banho juntos. - Falei e a puxei para meu quarto. Soltei ela e tirei a parte de cima do meu smoking e tirei a máscara. Sophia parecia uma estátua, e estava vermelha igual um tomate.

- Luke... - Ela falou baixinho, me aproximei dela, coloquei as mãos em sua cintura e a puxei para mim.

- O que foi? - Perguntei dando beijos suaves em seu pescoço, fazendo ela se arrepiar. - Você não quer?

- Eu... - Ela suspirou. Coloquei as mãos por baixo do seu cabelo e soltei à máscara dos seus olhos, então abaixei as alças do seu vestido enquanto beijava seus ombros. O vestido caiu aos seus pés me dando a linda visão do seu corpo.

- Se você não quiser, Sophia...

- Eu quero. - Ela respondeu. Porra, isso pra mim é o suficiente! Beijei sua boca com toda a vontade que tive que segurar a noite toda, empurrei ela contra a parede e a suspendi o suficiente para ela enrolar as pernas em minha cintura. Carreguei ela para minha cama e beijei todo seu delicioso corpo. Ver ela arrepiada com meu toque me deixava cada vez com mais tesão. Tirei o restante de nossas roupas apreciando o quanto ela era submissa. Eu poderia beijá-la a noite toda, mas eu não aguentava mais não estar dentro dela. Apertei sua coxa e a penetrei devagar fazendo ela gemer. Caralho... tão apertada. Eu queria ser bruto com ela e cumprir a promessa que fiz de puni-la, porém....

- Sophia, você era virgem? - Perguntei usando todas as minhas forças para não me mexer e machucá-la. Ela confirmou mordendo os lábios. Saber e sentir isso me deixou satisfeito. Ela era minha e nunca foi de mais ninguém! Aproximei meus lábios de seu ouvido e sussurei:

- Relaxa seu corpo pra mim, amor. Eu não quero te machucar. - Ela suspirou e relaxou aos poucos, passando os braços por cima dos meus ombros. Beijei seus lábios e comecei a me mexer dentro dela, devagar e depois um pouco mais rápido. O gemido dela me deixava com um puta tesão e eu gozei mais de uma vez mas não parei enquanto ela não estivesse satisfeita.
Quando acabamos a puxei para meus braços, ela se enroscou em meu peito e dormiu. Fiquei observando a cascata de seus cabelos ruivos na cama até cair no sono também.

PrisioneiraWhere stories live. Discover now