72 - Luke

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Respirei fundo e toquei a campainha. Fui atendido por um garoto ruivo que obviamente era o irmão de Sophia. Eu o havia visto no noticiário quando ela estava desaparecida.

- Oi. - Disse ele sorrindo e me estendendo a mão. - Você é o Luke, não é? Minha mãe tem falado de você. Sou Tiago.

Forcei um sorriso e confirmei. Era engraçado que ele tivesse ouvido falar de mim através da mãe e não da irmã. Fui guiado para dentro de casa, fiz menção de ir para a sala de jantar mas Tiago me indicou o quintal dos fundos. Me surpreendi com o que os pais de Sophia haviam preparado como um "simples jantar".

Havia uma enorme mesa no centro do jardim, coberta com velas e louças finas. Eles também haviam coberto as árvores e plantas com pequenas luzes. Chamava atenção, mas ao mesmo tempo entendi o que eles quiseram fazer... aquilo combinava extremamente com a personalidade de Sophia.

- Ainda não chegou ninguém? - Perguntei entregando um vinho em suas mãos

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- Ainda não chegou ninguém? - Perguntei entregando um vinho em suas mãos.

- Ah, parece que seu amigo chegou antes de você. - respondeu Tiago colocando o vinho sobre a mesa. - Está conversando com meu pai na cozinha. Eles se dão bem, não é?

Me segurei para não revirar os olhos. Eu nunca gostei de estar cercado de pessoas, no entanto nunca tive dificuldade em fazer com que gostassem de mim. Mas aparentemente o pai de Sophia não era tão facilmente manipulável.

- E Sophia?

- Está com nossa mãe, logo chega. - Respondeu. A campainha tocou e ele pediu licença pra atender. Olhei ao redor reparando no tamanho do jardim, era grande mas nada absurdo, os pais de Sophia tinham bastante dinheiro, mas não eram pessoas extravagantes.  Me apoiei em uma árvore, esperando...

Vi Tiago regressar com os amigos de Sophia e mais duas pessoas que eu não conhecia. Pediu que todos aguardassem apenas mais uns minutos e saiu. Vanessa, Júlia, Caíque e Leonardo se aproximaram de mim, enquanto as duas outras pessoas sentaram na mesa.  Me fizeram perguntas bobas como "tudo bem?" " Esperando a muito tempo?" "Conhece Sophia de onde?" E Vanessa perguntou mais de uma vez se eu tinha namorada, ou se estava interessado em Sophia.

- Não tenho namorada ainda. - Respondi e ela sorriu enrubescendo. Acho que ela me entendeu errado... pigarreei e pedi licença ao ver Gustavo chegar com o pai de Sophia. Ao me ver ele veio até mim sorrindo tolamente como sempre.

- Eu poderia me acostumar a conviver com pessoas que não vão tentar me matar um dia. - Comentou ele.

- Você vai acostumar, não é? É nossa vida agora. - Respondi mal humorado. Eu estava bem desconfortável. Ninguém ali apresentava ameaça, então por que eu preferia estar armado?

Sophia e sua mãe chegaram e cumprimentaram todos. Era incrível como ela conseguia ficar mil vezes mais linda quando estava feliz. Me surpreendi quando ao invés de apertar minha mão como ultimamente fazia na frente dos pais, ela simplesmente se atirou em mim, me abraçando com força.

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