13 - Sophia / Luke

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Sophia

Recuperei minha consciência lentamente e aos poucos minha visão entrou em foco. Minha cabeça doía pra cacete. Algo incomodava na minha testa, imaginei ser um filete de sangue seco.
Tentei avaliar minha situação sem entrar em pânico, mas isso era quase impossível. Eu estava sentada em uma cama de madeira com um colchão velho, minhas mãos estavam amarradas para cima, em um gancho na parede. Não havia mais nada no quarto exceto outro gancho na parede de frente e uma porta.
Pensei em Luke, meu coração estava quase saindo pela boca. Essas pessoas estavam atrás dele? Se estavam, porque me pegaram? Será que ele estava bem?
Comecei a chorar e as lágrimas pareciam eternas, devo ter chorado por horas, meus braços doíam loucamente e eu estava morrendo de sede.
Horas e horas se passaram, cochilei algumas vezes de exaustão. Já devia estar ali à mais de um dia, eu não tinha noção do tempo.
De repente ouvi passos do lado de fora do quarto e uma mulher apareceu na porta cercada por dois homens máscarados.

- Olá, querida! - Disse ela com um enorme sorriso. Eu a acharia bonita, se não fosse o vestido vermelho vivo colado ao corpo e a maquiagem forte. Desse jeito ela parecia um personagem. - Desculpe ser uma má anfitriã e te deixar esperando. - Disse ela. - Mandei meus homens na frente para te buscar, mas acabei precisando resolver algumas coisas antes de vir lhe receber.

Franzi o cenho confusa. Essa mulher é maluca? Nunca a vi na vida.

- O que você quer comigo? - perguntei com a voz fraca.

O sorriso dela sumiu e ela fechou a porta atrás de si, nos deixando a sós.

- Ora... quero apenas descobrir se você é uma isca boa o suficiente para trazer Luke até mim.

*****
Luke

Mandei as coordenadas para a equipe de limpeza e entrei no carro alugado. Saí daquela floresta ridícula e liguei para Mathias.

- Olá, padrinho.

- Tudo feito, meu rapaz? - Perguntou ele com a voz alegre de sempre.

- Sim.

- Eu mesmo estou com seu dinheiro, vou te mandar a localização para me encontrar. - repondeu ele e desligou.

Recebi a localização e me dirigi até lá, não era longe. Ele sabia onde o filho da puta estava escondido, então deve ter vindo ao meu encontro.
Cheguei ao local marcado e estacionei. Era uma rua bem movimentada e ele estava próximo à um carro cercado por dois de seus "seguranças", que usavam roupas normais para não chamar atenção.
Puxei meu capuz e sai do carro.

Ao me ver ele abriu os braços, como sempre. O abracei e ele fez sinal para que eu entrasse no carro com ele.

- Seu pagamento, rapaz. Eu mesmo estou dando metade da quantia. A maravilhosa mulher que ele matou era amiga de minha esposa. Tomava chá conosco as tardes. A família dela está pagando o restante. - Falou ele me passando uma maleta.

- Esse foi o último. - Falei, recebendo a maleta. - Não me chame mais para esses negócios. Tenho dinheiro o suficiente para viver bem e praticar meus hobbies de graça.

- Ho ho, está planejando viver com a mocinha, não é? - Perguntou ele dando tapinhas em meu ombro. - Você é quem sabe, meu rapaz. Se precisar de mim sabe onde me encontrar, contando que não leve rastros até minha casa, você sempre será bem vindo.

- Eu não estou planejando nada. - Menti. - Eu só não quero pôr meu nome na lista de vingança de mais pessoas.


Nota da autora: Capítulo curtinho da madrugada. Uhul
Hoje ainda vai ter mais. Bjoo

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