61 - Luke

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Rodamos por todos os corredores daquela droga de lugar e nada de Sophia. As pessoas me olhavam assustadas e começavam a se retirar ao me ver.

- As máscaras já assustam bastante - Comentou Gustavo. - Se ao menos você não se vestisse como Blade: o caçador de vampiros...

- Eu não me visto como... o que você quer dizer com isso? - perguntei indignado.

- Óbvio que ela não está mais aqui, vamos embora. - Respondeu ele. - Estão achando que somos terroristas.

Agarrei Gustavo pela camisa e o puxei para perto de mim.

- Embora? Mas que caralho. Entregamos ela pra ele.

- Luke. Ele já nos deixou o endereço.

Soltei Gustavo e olhei ao redor mais uma vez.

- Já que estamos fazendo tudo que ele quer...

°°°°°

Quando finalmente chegamos ao local indicado por Ângelo na carta já estava anoitecendo. Gustavo parou o carro a uma distância razoável e enquanto olhava para a casa com um binóculo eu abri a mala e peguei todas as armas que eu conseguia carregar.
Trocamos de lugar e enquanto Gustavo se armava eu observei o lugar.

Era uma mansão antiga e enorme. Se estivesse com tantas pessoas quanto ela poderia esconder nós não teríamos a menor chance.

 Se estivesse com tantas pessoas quanto ela poderia esconder nós não teríamos a menor chance

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- Ele sabe viver, não é? - comentou Gustavo sentando ao meu lado.

- Ele não vive aqui... - Respondi deixando.o binóculo de lado. - há dois nas janelas. - Apontei. Gustavo acenou e engatilho a arma.

- Vamos. - Disse ele. Segurei seu braço e olhei em seus olhos.

- Estamos fazendo a coisa mais estúpida do mundo. Entrando de cara em uma casa cheia de pessoas que em menos de dez minutos vão nos matar ou nos prender, sabe disso, né? - perguntei.

- Precisamos avaliar a situação. - Respondeu ele dando de ombros.

Saímos do carro e abri o portão, sabendo ser o alvo mais fácil do mundo.

No primeiro passo para dentro do terreno tiros choveram sobre nós. Vi Gustavo se atirar ao chão em direção ao arbustos e atirar, estilhaçando as janelas. Corri para trás de uma pequena fonte, fazendo o mesmo. Conseguimos derrubar três caras, mas a cada fodido que caía outro aparecia para ocupar o seu lugar.

- Onde ele achou esses caras? - Gustavo gritou para mim com um sorriso. - num time de paintball infantil?

Ele tinha razão. Ou eles eram muito ruins de mira ou não tinham a menor intenção de nos matar.

Fiz sinal para Gustavo e após derrubarmos mais alguns avançamos correndo para a entrada da casa. Antes de chegarmos outros já os haviam substituído e um tiro passou ao lado da minha cabeça, fazendo meu cabelo esvoaçar e eu duvidar da minha teoria.

- Vamos tentar os fundos. - Gritou Gustavo se abaixando novamente. - Menos janelas, talvez.

Corri para a lateral da casa, atirando sem prestar muitas atenção. Gustavo me seguiu e os tiros cessaram.

- Ele mandou não nos matarem. - Falei para Gustavo, que se abaixou ao meu lado. - Quer só nos capturar.

- Luke, como vamos sair daqui levando ela? - Perguntou ele, colocando em palavras o que eu estava pensando. Ouvimos passos e corremos para trás da casa. Gustavo estava certo, havia apenas duas janelas e uma pequena porta. Fiz menção de ir até ela, mas Gustavo me segurou pelo ombro.

- Situação avaliada, são muitos... sinto muito. Mantenha ela viva, okay? - disse ele rápido e pulou o muro coberto de musgo, silêncio por alguns segundos depois tiros e o som do carro arrancando.

Esse maluco deu a volta e foi embora com o carro. Eu sei que ele não me abandonou aqui, mas ao menos podia me contar o plano idiota dele. Respirei fundo e ao ouvir os passos cada vez mais perto abri a porta. Dei de cara com mais dois homens me apontando armas, mas um deles se desesperou ao levar um tiro meu na perna e derrubou o outro. Atirei na cabeça dos dois e corri para o comodo seguinte. Merda. Havia mais uns quinze caras ali, eu poderia derrubar dois ou três antes de morrer... pensei em Sophia e larguei a arma, levantando as mãos em rendimento.

Eu sempre soube que esse seria o desfecho, mas pelo menos diminuí os números de Ângelo em algumas dezenas. Eu não vou tirar Sophia daqui na força bruta, isso é óbvio. Talvez eu nem consiga tirá-la, mas morrer tentando é o mínimo que posso fazer.

Um dos caras chutou minha arma para longe, mas outros dois pularam para cima de mim, contendo meus braços e arrancando todas as outras armas do meu corpo.

- Precisa de tantos homens assim pra se esconder atrás das pernas deles? - perguntei ao ver Ângelo aparecer entre eles com um sorriso.

- Eu só queria garantir que você não ia escapar. Sabe que reconheço suas habilidade, Luke... - Disse ele se aproximando. - Com dezesseis anos você matou quatro homens usando uma chave de fenda.

Dei uma risada. Matar aqueles fodidos não foi trabalho nenhum. Eu só percebi quando já estava feito.

- Ficou com inveja do seu pai e quer que eu faça o mesmo com você? - perguntei. O sorriso sumiu de seu rosto, ele fez um sinal para os dois caras que me prendiam e eu perdi a consciência.

Nota da autora: desculpem a demora. Tive que dobrar no trabalho, mas agora tenho dois dias de folga e irei postar bastante. Daqui a pouco tem outro capítulo ❤️

PrisioneiraWhere stories live. Discover now