58 - Luke

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Revirei a casa e não achei Sophia. Comecei a ficar nervoso, até encontrar duas cartas que ela deixou em minha cama. Uma endereçada a mim e outra para Gustavo. Deixei a dele de lado e abri a minha.

"Irei começar dizendo que te amo e te perdoo. Me perdoe também por ir embora sem me despedir, mas acho que ao contrário não teria forças para ir.
Preciso da minha antiga vida, e se você estiver disposto a entrar nela as portas estarão abertas.
Não irei me prolongar. Não somos disso.
Te amo..."

Em baixo ela escreveu um endereço, dizendo ser a casa dos seus pais.

Sophia esperava que eu arrumasse minha vida e a seguisse, como eu disse que faria. Mas agora eu não poderia fazer isso com Ângelo tão perto.

Péssimo momento, leãozinho...

Sentei na cama e suspirei.

Seguir aquela garota pra porra de uma vida normal... é exatamente o que eu quero. Mas para isso vou ter que me livrar de qualquer risco que possa me seguir e talvez machucá-la.

Me levantei e fui até Gustavo, levando a carta dele no bolso. A entreguei e ele leu sem me dizer o que tinha escrito nela, depois nos trancamos no porão acústico da casa dele para fazermos planos.

Nos dias que se seguiram Gustavo se livrou dos dois caras que o seguiam. Fomos até o endereço de Sophia, disfarçados e armados, apenas para ter certeza que ela estava lá.

Ví através de uma janela Sophia sentada em um sofá, abraçada com uma mulher, que devia ser sua mãe enquanto assistiam TV. Senti uma vontade absurda de sair do esconderijo e falar com ela, mas me contive, óbvio

Pouco tempo depois coloquei minha casa a venda, Gustavo fez o mesmo e juntos passamos a nos esconder entre os hotéis de área neutra, onde as vezes encontrávamos amigos. Em um deles, dois meses depois encontrei Sarah, que obviamente tentou me levar para cama.

- Você me fez um grande favor na última vez que nos vimos. - falei para ela. - não me faça ser grosso com você.

- Você ainda está com a menina, afinal? - perguntou ela. Engoli em seco ao lembrar de Sophia.

- Não. Mas não quero ficar com ninguém.

Sarah revirou os olhos mas parou de insistir. Conversamos bastante durante a noite e pedi que ela entregasse um recado ao meu padrinho, justificando minha falta de contato, mas segundo ela ele já sabia que Ângelo estava em minha cola. fui me deitar e vi Sarah e Gustavo entrarem no quarto dele entre risadas e beijos.

A essa altura eu já havia matado seis homens de Ângelo, Gustavo matou nove. Obviamente ele estava brincando de nos manter acuados, pois poderia ter mandado uma quantidade considerável de caras para acabar logo com isso.

Nesses dois meses fui ver Sophia apenas mais uma vez, Gustavo me cobriu para garantir que eu não fosse seguido. Vê-la de longe era torturante, mas melhor do que nada.

Ângelo queria vingança porque matei seu pai... ele iria tentar me matar pessoalmente. Pelo menos era com isso que eu estava contando.

Nota da autora: Esse capítulo era maior, mas estou desde 22 horas tentando postar e está dando erro. Dividi em dois. Hoje terá 3 capítulos por conta disso, dois normais e a outra metade desse.

PrisioneiraWhere stories live. Discover now