60 - Luke / Sophia

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Luke

Fomos até a casa de Sophia, sabendo que isso era uma armadilha, mas nossa única opção era cair nela.

Estacionamos nosso carro perto de sua casa e vigiamos até amanhecer.

Perto das sete da manhã vimos seu pai sair de casa e entrar no carro dele, poucos minutos depois Sophia fez o mesmo.

Senti meu coração bater forte ao vê-la.

Estávamos longe um do outro havia sete meses... ela com certeza devia pensar que desisti dela. Merda... como eu queria essa garota nos meus braços novamente. Gustavo me olhava desconfiado.

- Não é seguro falarmos com ela agora. - Avisou ele.

- Eu sei. - Respondi.

Gustavo ligou o carro e os seguiu.

- Agora que sabemos que Ângelo não a pegou o que vamos fazer? - perguntou ele.

- Esse filho da puta nos fez mostrarmos o caminho até ela... se ele estiver nos seguindo vai tentar pegá-la.

- A opção que temos agora é tentar impedir... - concluiu Gustavo. - Porém somos dois contra... sei lá quantos caras ele vai mandar.

A cada minuto eu ficava mais nervoso. Não conseguia pensar num modo de proteger Sophia. A desvantagem numérica era grande.

Estacionamos perto do campus onde ela provavelmente estudava e observei ela se despedir do pai. Passamos metade do dia ali... observando ao redor, armados e em alerta. Não vimos ninguém suspeito.

- O que vamos fazer? - perguntou Gustavo ao ver a massa de alunos saindo ao mesmo tempo após o som do sinal. Em silêncio observei jovens saírem com suas mochilas, tagarelando e rindo até o campus ficar vazio... nem sinal de Sophia. Merda.

Saí do carro, seguido por Gustavo e entramos no prédio.

°°°°°

Sophia

No intervalo da aula decidi ir para a biblioteca estudar. Eu me sentia uma burra ao não conseguir acompanhar as aulas direito. Além disso as pessoas me olhavam como uma aberração. Até meus amigos estavam um pouco estranhos comigo... parece que na minha ausência eles chegaram a fazer um velório para mim. E aqui estava eu... a garota zumbi.

Me sentei na biblioteca e espalhei os livros na mesa. Não tive muito tempo para me concentrar, pois um rapaz loiro sentou ao meu lado.

- Olá. - Disse ele com um sorriso, se apoiando na mesa.

 - Disse ele com um sorriso, se apoiando na mesa

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Me afastei, desconfortável com a proximidade.

- Olá. - Respondi. Ele sorriu novamente.

- Qual o seu nome? - perguntou e percebi que ele tinha um forte sotaque.

- Ham... Sophia.

Ele deu uma risada e se sentou um pouco mais afastado.

- Desculpe, acho que te deixei desconfortável. - Disse ele. - Vi você chegando com essa enorme quantidade de cadernos e livros e não resisti em puxar assunto. Qual área você estuda?

Seu tom era cordial, e me repreendi pelo desconforto. Talvez eu estivesse mesmo com alguns traumas.

- Enfermagem. - Respondi. - E você?

- Ah... eu não estudo mais. - Respondeu sacudindo a cabeça. - Meus interesses aqui não são acadêmicos.

Talvez ele estivesse ali para financiar algum projeto... parecia alguém com dinheiro, pelo modo como se vestia e agia. Não entendi o motivo de puxar assunto comigo, mas não havia motivo para ser hostil com ele, apesar de querer.

O encarei por um instante, sentindo que ele me era vagamente familiar.

- Eu te conheço? - perguntei, sem me importar se isso pareceria grosseiro

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- Eu te conheço? - perguntei, sem me importar se isso pareceria grosseiro. Ele sorriu mais uma vez.

- Talvez você tenha me visto uma vez... - Respondeu. Bati os dedos na mesa, procurando um modo de dispensá-lo para poder estudar. Ele olhou para meus livros e depois para mim, e como se soubesse o que eu estava pensando disse:

- Sinto muito, não posso te deixar em paz agora. - Disse. Franzi as sobrancelhas. Esse cara era muito estranho.

- Desculpe... - falei gentilmente. - eu preciso colocar as matérias em dia.

- Entendo... - Respondeu. - Mas veja bem, Sophia... eu também tenho assuntos para colocar em dia... com o Luke.

Arregalei os olhos e meu coração acelerou. De repente eu me lembrei... quando vi esse cara pela primeira vez ele estava usando máscara.

- Ângelo... - Exclamei recuando. Fiz menção de levantar mas ele segurou em meu pulso com força.

- Não tente fugir, querida... não vai conseguir. - Disse suavemente. - Sabe... Luke está lá fora com o amiguinho dele, Gustavo. Eles acham que podem te proteger, mas tudo que fizeram foi me mostrar como chegar até você. E agora... - Ele se pôs de pé e me puxou. - você vai vir comigo, como uma boa garota. Não chame atenção ou eu posso ser bem cruel com seus pais, com seu amigo e principalmente com seu namoradinho...


Nota da autora: Meus leitores lindoos. Como vocês são ansiosos eu estou postando mais de um capitulo por dia, então ao clicar na notificação de capitulo novo lembrem-se de conferir se leram o anterior para não se perderem na história. ❤️

PrisioneiraWhere stories live. Discover now