19 - Sophia

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°°°contém cena hot°°°

Passei uma maquiagem simples, então pintei por cima de minhas sardas mini estrelinhas douradas e enchi meu rosto de iluminador. Eu não estava realmente disfarçada assim, mas porque eu deveria ajudar Luke a me esconder do mundo?

Quando desci as escadas desconfortável por causa do vestido curto e da longa bota de couro Luke já me aguardava no sofá. Ao me ver se levantou e me ofereceu um capacete.

- Você está parecendo uma fada gótica. - Comentou me guiando até sua nova moto.

- Parece que a namorada do Lucas tem um gosto ousado para roupas. - Reclamei com dificuldade para subir na garupa.

- Suas pernas estão em volta de mim, Sophia. Ninguém vai ver sua calcinha além de mim mais tarde! - Falou Luke com impaciência. Fiquei em dúvida se era uma ameaça real ou só mais uma das várias provocações que ele tem me feito ultimamente.

Andar de moto na floresta, com os braços em volta de Luke e o frio e a escuridão da noite nos engolindo me deixou assustada, mas era uma sensação boa. A mesma sensação que Luke me trazia. Me perguntei como ele estava conseguindo achar a estrada de terra nessa escuridão, ele realmente parecia conhecer esse lugar como a palma da sua mão.

Depois do que pareceram horas, saímos em uma estrada real, com pouco movimento de carros, dali até a tal vila foi bem rápido.

Era uma sensação gostosa ver tantas pessoas em um só lugar, conversando alto, dançando, comprando bebidas e lanches... havia música vindo de diversas partes.

Luke me ajudou a descer da moto. Olhava ao redor com um brilho no olhar e um sorriso malicioso. Senti cheiro de cachorro quente e salivei de tanta saudade em comer um lanche de rua.

- Vamos circular. - Disse ele pegando em minha mão e fechando a cara para um rapaz que assobiou para mim.

Passamos por um grupo de jovens que riam alto, me lembrei dos meu amigos e dos tiros no dia que fui sequestrada. Sinto tanta falta deles. Senti Luke apertar minha mão, olhei para ele e vi que me observava.

- Não sou o suficiente pra você, não é? - perguntou voltando seu olhar para frente. Continuamos caminhando entre as pessoas que se divertiam, sem que eu pudesse lhe dar uma resposta.

Crianças corriam de um lado para o outro nas ruas pouco iluminadas, com fantasias fofas e com os pais em seus encalços. Todos os bares pareciam lotados e se não fosse pelo lugar desconhecido eu me sentiria no Carnaval do Rio.

- Luke, estou com fome...

Ele parou sem me responder e olhou ao redor, então apontou para uma fileira de barracas de lanches.

- Serve pra você?

- Com certeza. - Sorri e ele sorriu também. Fiz com que comprasse um cachorro quente, um crepe de frango, uma lata de refrigerante e um sorvete de morango. Sentamos no banco de uma praça próxima e Luke me observou comer, com diversão em seus olhos.

- Não tem medo de engordar? - perguntou zombeteiro.

Dei de ombros. - Não ligo pra isso.

Quando terminei Luke pegou as embalagens e jogou no lixo, depois me estendeu a mão com um sorriso malicioso.

- Vamos procurar uma bebida.

Andamos bastante procurando um bar que estivesse razoavelmente vazio. Uma mulher sorridente parou em minha frente pegando em minhas mãos para dançar e me fez rodopiar. Luke parecia impaciente mas não disse nada, eu sorri para ela e me desvencilhei de suas mãos educadamente. Passamos por dois homens cheirando a bebida e cigarro.

PrisioneiraWhere stories live. Discover now