23 - Sophia

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°°°Contém cena hot°°°

Acordei antes de Luke, o que era estranho, ele parecia estar mesmo cansado. O que ele fez ontem? E por que voltou machucado e sujo de sangue? Prefiro não pensar...

Queria preparar panquecas, mas elas estavam me embrulhando o estômago, então só comi umas frutas e decidi deixar que Luke se virasse com o próprio café quando acordasse.

O dia estava nublado, coloquei um vestido de mangas cumpridas que veio com as roupas que Lucas havia trazido a pedido de Luke e saí de casa para ir ao lago. Encontrei um carro do lado de fora, me aproximei e vi que havia sangue na lataria próximo à mala... acho que Luke matou alguém. Por que isso não está me apavorando? Olhei em direção a casa onde Luke ainda estava dormindo, suspirei e dei as costas para o carro desconhecido.

Me sentei nas escadas do lago, tirei os sapatos e enfiei os pés na água gelada. Peixinhos circulavam ao redor das plantas e pedrinhas. Ouvi um uivo ao longe, não era a primeira vez. Talvez houvesse lobos nessa mata.

Pensei em como minha situação era complicada... eu amo Luke completamente, não suporto ficar longe dele, mas também não aguento mais estar aqui, não saber sobre minha família... talvez eles pensem que estou morta. Ou será que ainda procuram por mim?

Ouvi o som da porta da casa se abrindo, e não precisei me virar para saber que Luke estava me observando. Alguns minutos se passaram até que ele resolvesse se aproximar.

- Pensativa, medrosa?

- Por que me chama assim? Não sou medrosa. - Respondi sacudindo os pés e vendo os peixinhos se afastarem. Luke sentou ao meu lado com as pernas cruzadas.

- Faz tempo que sei disso. - Afirmou, atirando uma pedrinha no lago. - É só um apelido.

- Apelidos não deveriam combinar com a pessoa?

Luke sorriu.

- Sim.

- Então pense em outro apelido para mim. - mandei, apoiando minha cabeça em seu ombro.

- Pensarei. - disse ele, afastando os cabelos que caíam nos olhos. Ele deveria ao menos aparar esse cabelo, pensei.

- De quem é o carro? - Perguntei após algum tempo.

- Comprei. - Respondeu Luke jogando outra pedra no lago. Tirei meu pés da água e deitei a cabeça em seu colo. Ele pareceu surpreso, mas apenas apoiou uma mão em minha cintura e entrelaçou os dedos da outra em meu cabelo. Como seu toque podia ser tão gentil?

- O sangue veio de brinde? - Perguntei observando as árvores refletirem na água. Senti sua respiração desregular por um segundo, mas logo retornar ao normal.

- Não. - foi só o que respondeu.

Passamos algum tempo em silêncio, com Luke acariciando minha cabeça enquanto eu observava os reflexos no lago e as nuvens carregadas que se aproximavam. Nunca havíamos passado um tempo assim, apenas sentindo a presença um do outro e as sensações que isso trazia. Olhei para Luke, com suas cicatrizes e seu cabelo despenteado, com seu atrevimento e seus olhos negros que brilhavam de audácia... e como quem desperta, percebi o que ele havia feito comigo. Pior do que me manter cativa, pior do que me pôr em risco com os inimigos que ele fez ao longo da vida, pior do que me fazer normalizar sangue e morte... eu o amava e não poderia deixá-lo. Esse foi o maior mal que ele me fez.

- No que está pensando? - perguntou, me tirando dos meus pensamentos.

- No quanto eu te amo. - Respondi, fazendo ele sorrir arrogantemente. Metido.

- Vou te fazer algumas perguntas também, Sophia. - anunciou ele, deitando e me puxando para seu peito. - Qual seu nome completo?

- Sophia Menzies. - Respondi sorrindo por ele finalmente perguntar.

- Menzies?

- Meu pai é escocês.

- Isso explica o cabelo ruivo. - exclamou, passando a mão em meu cabelo, que ele parecia gostar tanto. - E.... você gostava de alguém? Antes de... você sabe.

Ser sequestrada.

- Sim. - Respondi com sinceridade, senti seu peito rosnar levemente, mas ele logo conteve. - Eu era apaixonada por um dos amigos do meu irmão.

- Hum...

- Ficamos algumas vezes. - Continuei para provocá-lo.

- Entendi...

- Provavelmente íamos namo... - O resto da minha frase se perdeu quando Luke tampou meus lábios com os seus. Com um pouco de brutalidade ele me pôs por baixo dele, prendendo meus braços ao lado da minha cabeça. Me beijou com ferocidade até eu sentir que iria sufocar.

- Não quero mais saber. - Disse ao soltar meus lábios. - Você é minha agora!

Levantei as sobrancelhas ao ver seus olhos cerrados tão próximos dos meus, como se estivesse me desafiando a dizer o contrário. Mas como eu poderia?

- Eu sou sua. - Confirmei. Ele permaneceu me encarando, sério. Fiquei curiosa sobre o que passava em sua mente, então se aproximou e me beijou novamente, dessa vez tão suavemente que eu poderia suspirar. Algumas gotas de chuva começaram a cair e o cheiro de terra molhada circulou em nossa volta.
Luke desceu seus lábios para meu pescoço, fazendo eu me arrepiar com o toque de sua língua e então soltou uma de minhas mãos apenas para levantar o meu vestido.

- O que está fazendo? - perguntei, olhando para baixo, então vi Luke abaixar a própria calça e desviei o olhar com vergonha.

- Diga que é minha de novo. - Sussurrou ele em meu ouvido, enquanto seus dedos deslizavam por minha calcinha, a puxando para o lado.

- Eu sou... - Senti ele me penetrar e fechei os olhos. Não consegui e nem tentei conter os gemidos. Luke se mexia dentro de mim tão delicadamente como no dia em que fizemos amor pela primeira vez. - sua...

- Isso, Sophia... você é minha. - sua voz estava carregada de tesão, mas tinha algo a mais...

Ele apoiou as mãos no chão para poder se movimentar melhor, liberando minhas mãos. Aproveitei para tocá-lo colocando as mãos em sua nuca e os dedos entre seu cabelo macio. As estocadas ficaram um pouco mais fortes, mas ainda era tão... carinhoso. A chuva caía mais forte, mas Luke me cobria inteira, impedindo que a água caísse em meu rosto. Ele gozou dentro de mim mas não parou, me fazendo sentir ainda mais prazer em sentir seu pau deslizar tão facilmente devido ao líquido. Ele mordiscava e chupava meu pescoço, provavelmente me deixando marcas.

- Eu também sou seu, Sophia. - Disse baixinho me beijando intensamente em seguida. Gozamos juntos e então ele mordeu meu lábio com força, arrancando uma gota de sangue, que ele lambeu em seguida.


°°°°°°

Arrumamos nossa roupas e Luke segurou em minha mão para entrarmos em casa, mas ao chegar na varanda ouvi um som família. Soltei sua mão e olhei ao redor em busca da origem do som. Luke me olhava desconfiado. Olhei nas árvores em volta e ao redor da casa, e finalmente o encontrei escondido atrás de um arbusto completamente encharcado. Estendi as mãos para ele com grande sorriso.

- Vem bebê, vamos sair dessa chuva. - me virei para Luke com um gatinho nas mãos. Luke pareceu confuso por segundo, mas estão deu um sorriso de lado e abriu a porta para entrarmos.

Nota da autora: Teremos mais dois capítulos hoje, pois coisas sérias estão para acontecer na história. Curiosos?

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PrisioneiraWhere stories live. Discover now