"Sophia ouviu o som de uma explosão e gritos antes de desmaiar, e ao acordar acabou nas mãos de um assassino"
ATENÇÃO: CONTÉM SEXO, ASSASSINATO E CONTEÚDOS QUE PODEM GERAR GATILHO.
PLÁGIO É CRIME!!!
Eu observava pela janela do quarto enquanto Luke e Pedro entravam e saíam do carro carregando caixas de presente e embalagens de comida. Sorri para a cena. Todo ano Luke tentava me surpreender, mas a personalidade falante e empolgada dos nossos filhos o impedia de conseguir. Pedro comemorava a cada nova caixa que Luke o permitia carregar.
Me afastei da janela e voltei a deitar na cama, fingindo dormir e esperando pela minha "surpresa".
Vários minutos depois, talvez uma hora ou mais, ouvi a porta do quarto ser aberta com suavidade. Mantive os olhos fechados e segurei o riso. Segundos depois senti meu ar fugir dos pulmões quando uma criança, uma adolescente e um adulto pularam em cima de mim gritando "Feliz dia das mães!"
- Um dia desses vocês vão realmente conseguir me esmagar. - Falei sorrindo.
Luiza sentou ao meu lado e beijou minha bochecha.
- Te amo, mãe!
Acariciei o cabelo dela. Ruivo, como o meu, olhos verdes como os meus... mas suas feições e personalidade eram todas de Luke. Ela estava com dezesseis anos agora, e cada vez parecia mais com ele.
- Eu também te amo, princesa!
- Mamãe, vamos descer. Vem,vem... -Disse Pedro agitado, descendo da cama e correndo porta a fora saltitando. Ouvi os passos dele na escada. Luiza suspirou e o seguiu.
Quando ficamos sozinhos Luke se inclinou e me deu um beijo.
- Você já sabe, não é? - perguntou ele. Sorri e afirmei. Ele suspirou. - Vou ter que mudar minha estratégia ano que vem.
Ele então se levantou e me estendeu a mão. Descemos a escada juntos e ao chegar na cozinha as crianças gritaram para comemorar. A mesa estava posta com um café da manhã lindo. E em cima do balcão havia uma pilha de presentes. Luke nunca fazia a menor questão de economizar.
- Vem, mamãe. - Disse Pedro colocando todos os tipos de doces em um prato para mim. Luzia segurou o braço dele.
- Quer matá-la com diabetes?
Luke riu e me puxou pela cintura, fazendos nossos ombros se tocarem. Susurrou no meu ouvido.
- Obrigada por ser a mãe dos meus filhos, leãozinho...
》••••••《
Depois de um loongo dia de comemoração percebi que Luiza sumiu. A bateria social dela acabava rápido. Mais uma herança do pai...
A procurei por todos os cômodos até finalmente encontrá-la.
- Luiza? - perguntei confusa ao vê-la de roupa dentro da banheira, com aparência de quem chorou. Ela me olhou em silêncio.
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Fechei a porta e me aproximei dela. Sentei na tampa da privada e a olhei.
- O que houve, filha?
- Mãe, o quanto você é capaz de julgar os erros de uma pessoa?
Fiquei em silêncio por um momento, absorvendo a pergunta repentina. Devido ao histórico da nossa família a resposta era bem difícil.
- Não sou ninguém para julgar os erros de alguém. Por quê?
- Acho que fiz algo terrível...
Meu coração deu uma cambalhota, mas me mantive calma.
- O que poderia ser tão ruim?
- Me apaixonei.
Olhei para ela ainda mais surpresa e fiquei mais calma. Adolescente são sempre tão dramáticos?
- Não é terrível se apaixonar, Luiza.
- É terrível ter me apaixonado pela pessoa que eu me apaixonei.
Suspirei novamente. Eu deveria perguntar? Claro que deveria.
- Quem?
- Não vou te contar, mãe...
- Por que não? Não vou contar para o seu pai...
- O problema não é esse. Você vai me julgar por tê-lo beijado. Eu nunca deveria ter feito isso. Eu sou uma pessoa horrível. - Ela se inclinou para a frente na banheira e escondeu o rosto nos joelhos.
- Se me contar eu posso tentar te dar conselhos... ou ao menos te confortar, meu amor. Eu sei como é difícil se apaixonar quando você sente que isso é errado...
- Não, mãe. - A voz dela falhou enquanto ela começava a chorar.
- Filha... - Me ajoelhei ao lado dela e ela me abraçou, molhando minha roupa com água gelada.
- Eu beijei ele, mãe... eu bebi naquela festa e ele me buscou e eu beijei ele... eu sei que é errado. Mesmo quando estava bêbada eu sabia que era errado.
Arregalei os olhos quando ouvi isso. Luiza bebeu no último fim de semana e seus amigos me ligaram. Pedro estava com febre e para que Luke não brigasse com ela precisei pedir para uma pessoa buscá-la...
- Eu beijei o tio Gustavo... - Choramingou Luiza no meu ombro.