87 - Luke

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°°contém hot e linguagem imprópria°°

Sophia jantou em silêncio e depois se trancou em meu quarto novamente. Como se eu estivesse errado em ficar com raiva dessa situação...

Guardei a louça e bati na porta do quarto.

- O que você quer? - perguntou ela sem abrir.

- Vamos sair para comer uma sobremesa. - falei. - saia desse quarto. Vou te esperar no carro.

Com o tempo descobri muitos modos de manipular Sophia, e os mais eficazes eram sexo e comida. Em poucos minutos ela apareceu no meu carro.

- Quero qualquer coisa que tenha chocolate. - disse ela.

- O que você mandar, amor... - Respondi sorrindo.

Levei Sophia para uma doceria no shopping e aguardei enquanto ela escolhia todos os pedaços de tortas e bombons que poderia carregar.

- Vai comer aqui? - perguntei sacando o cartão para pagar.

- Não. Podemos ir pra casa e eu vou comendo no carro. - Respondeu sorrindo.

- Quer comprar alguma coisa? - Ofereci, satisfeito em ver que ela já estava alegre novamente.

- Não, obrigada. - Respondeu, aparentemente ansiosa apenas para poder comer em paz. Eu poderia pagar pela maioria das coisas que ela pudesse pedir, mas ela nunca me pedia nada além de lanches. Sophia tinha uma vida confortável com os pais, estava acostumada a ter coisas boas, mas nunca foi exigente com nada.

- Como você se sustentava quando morava sozinha? - perguntei curioso. Eu nunca havia me questionado sobre isso antes. Sophia me olhou desconfiada.

- Tá insatisfeito em pagar pelos doces? - perguntou cerrando os olhos.

- O que? Claro que não. Só percebi que nunca perguntei isso antes. Seus pais te ajudavam?

- Fui morar sozinha aos dezessete, arrumei um emprego de meio período na época para não atrapalhar os estudos. Meus pais já pagavam minha faculdade, não precisavam me sustentar. - Respondeu mal-humorada e se virou para sair da loja. Revirei os olhos e a segui. - Vivo com eles agora porque fui mantida em cativeiro por mais de um ano, eles me queriam por perto quando voltei.

- Não interprete minha pergunta errado. - falei enfiando as mãos nos bolsos. - Quando estiver vivendo comigo também não vai precisar trabalhar.

Sophia me olhou de boca aberta por um instante e depois voltou a marchar com pressa para o estacionamento.

- O que foi? - perguntei.

- E quem disse que eu não vou querer trabalhar? Ou que vou viver contigo?

- Você pode trabalhar se quiser, mas você vai viver comigo.

Agora eu estava quase correndo atrás de Sophia. Cada vez que eu abria a boca ela ficava mais zangada. Porra, é tão difícil manter uma conversa?

- Sophia...

- Na sua casa conversamos.

E pensar que um dia eu iria correr atrás de uma garota emburrada no shopping...

- Me desculpa. - Falei. - Está muito difícil conversar com você ultimamente. Você sempre foi chata, mas é mais difícil lidar com isso agora.

Sophia parou e me olhou, avaliando minha expressão.

- Agora que você não pode simplesmente sair e me deixar sozinha presa em um apartamento ou em uma casa na floresta por vários dias enquanto se acalma?

PrisioneiraWhere stories live. Discover now