Safe Haven.

Hands of love.

"Quando eu subi ao quarto de Lauren estava surpresa o suficiente com tudo que tinha rolado. Quase enfraqueci o cheiro da Lauren estava naquele lugar todo, e eu abracei um moletom dela que estava em cima de sua cama, um cheiro tão doce e tão bom, que nem quando nós ficávamos juntas, sem se importar com nada ou com ninguém. Mas uma coisa me chamou atenção tinha um rabisco em cima da mesa e eu fui olhar e me lembrei, franzi o cenho e passou um flashback de tudo quando Lauren tomou o desenho da minha mão no jantar que o seu pai deu pra gente. Sou eu! Meus olhos estavam marejados, eu já tinha visto isso mas não tinha tocado em mim tanto assim eu estava frágil demais sem a Lauren eu ficava mais frágil do que o que era antes, eu não sou nada sem Lauren Jauregui.

- Lolo... Eu te amo! - Disse sem pensar quando ela chegou no quarto mesmo ainda estando fria o suficiente. Ela não tinha falado nada, estava calada com os lábios entre abertos e eu já tinha me arrependido de ter falado estava indo de contra as minhas regras.

- Me dê meu desenho, e saia do meu quarto. As coisas não vão ser como você quer. - Disse Lauren olhando pra baixo e minha boca foi aberta, isso não podia estar acontecendo. Foi como se o mundo tivesse caído em cima de mim e e eu não pudesse me defender.

Então eu joguei o desenho dela e sai correndo descendo as escadas, estava envergonhada. Eu nunca tinha sido tão humilhada, meu ego está ferido. A Lauren não podia fazer isso comigo, estava tudo tão perfeito, trabalho, escola, relacionamento... Mas ela tinha que jogar tudo no lixo como sempre, eu não vou me rebaixar. Eu vou ficar bem e ser essa Camila nova, nunca ser a antiga pois em seus momentos de fraqueza ela acaba se machucando."

- Camila? Você está chorando? - Dinah estava na cozinha quando desci e eu abaixei a cabeça enxugando as lágrimas e fiz que não com a cabeça.

- Preciso ir embora, e por favor Dinah me deixe. - Disse e Dinah me olhou preocupada mas apenas assentiu, ela sabe respeitar minha privacidade.

Fui até o portão dos Jauregui e Clark me olhou apreensivo mas com um olhar caridoso. Eu apenas dei um sorriso e já estava saindo quando ele me disse algo que chamou atenção.

- Srta. Cabello, as coisas parecem ser difíceis no início, mas tudo um dia vai melhorar. Já diz um grande livro que todos conhecem chamado Bíblia, o choro pode durar uma noite mas a alegria vem pela manhã. Tenha uma boa tarde. - Disse Clark abrindo o portão e eu enxuguei a última lágrima que havia escapado e sussurrei um obrigada, ele apenas assentiu com a cabeça.

Resolvi pegar o caminho mais longo de casa, era um caminho que passava pela praia. Eu precisava refletir um pouco, e pensar porque as coisas tem que dar errado quando você menos espera, e eu não saber lidar com isso. Enquanto via aquelas folhas balançarem por conta do vento, fiquei pensando que somos do mesmo jeito, as coisas nos balançam e a gente nem espera. Meu pai me enviou pra Miami no intuito que eu estudasse e tivesse uma vida melhor, e claro isso ele conseguiu, mas sempre vem algo que te marca de maneira maior e isso foi com Lauren, ela me prendeu ela foi a vida melhor que eu precisava, ela que me deixava forte e que me levou pra um local melhor, me transformou em uma mulher e me deixou confiante, eu não me arrependo de nada que vivi com Lauren, e se for pra acabar aqui eu acabo com uma felicidade dentro do meu peito, porque ela me fez viva.

O frio da praia estava aumentando, e eu já tinha caminhado tanto que mal estava sentindo minhas pernas e nada parecia passar, nem a dor que eu estava sentindo e muito menos o tempo pois ainda estava bem claro pra um fim de tarde. Resolvi me sentar na areia e ver aquela brisa e sentir o que Lauren dizia sobre como é bom o vento batendo em você e eu senti isso hoje, foi como se eu estivesse a beijando e a tivesse comigo de uma maneira pura e sensata como era antes. Eu estava bem ali com ela em meus pensamentos, onde não existia faculdade, emprego, futuro e nem nada eu estava novamente me sentindo bem.