5

44.6K 3.7K 508
                                    

BRUNO

Sento na cadeira do escritório e escuto o barulho ensurdecedor da música lá fora. Isso era um estresse para mim.

Olho para o vidro com partículas jateadas e vejo os velhos tarados babando nas dançarinas do poli dance.

Nossa família sempre teve negócios variados, mas o bordel com certeza é meu favorito.

Pego meu copo de cima da mesa e bebo o whisky enquanto assisto de camarote elas dançando. Confesso ter minhas favoritas.

Escuto uma voz atrás de mim e rapidamente identifico quem é.

— Boa noite senhor Bruno — Viro a cadeira e olho a lingerie que Rebeca vestia.

— Por que não bateu na porta? — Ela se aproxima de mim com um sorriso no rosto.

— Me desculpa — A loira senta no meu colo e percebo suas intenções rapidamente.

Aquele pedaço de renda que ela usava não cobria muito, principalmente na área da bunda.

— Soube que você levou a Paula ontem — Ela começa a beijar meu pescoço e vejo seus seios fartos naquele sutiã.

— Por que isso é problema seu? — Ela leva as mãos até meu cinto.

— Não é problema meu, só que hoje você pertence a mim — Solto uma risada baixa.

— Que bonitinha, acha mesmo que têm algum poder sobre mim? — Ela pega a caixinha de cigarro no meu bolso e tira um maço.

— Lógico que não — Ascendo o cigarro dela e a puxo para mais perto.

Ela tira meu cinto e levanta do meu colo, a observo se ajoelhando na minha frente.

— Pode segurar? Por favor — Rebeca estende o cigarro e eu pego de sua mão.

Trago uma vez enquanto a observo preparar meu membro pra sua boca.

Puxo seus cabelos e a faço ir até o fundo da garganta, sua cabeça começa a se movimentar e eu a deixo esfolar meu pau com sua boca.

Fumo enquanto ela paga um perfeito boquete pra mim.


LUCAS

Abro a porta e entro dentro de casa, aquele silêncio era tudo que eu precisava.

Tiro meu blazer e vou em direção a sala, preciso tomar um banho e dormir.

Ligo o interruptor e me assusto ao ver minha noiva sentada no sofá. Não me lembrei que ela estaria aqui.

— Boa noite, meu amor — Ela levanta e vejo seu vestido justo, ficava lindo nela.

— Verônica? — A morena se aproxima e me beija com delicadeza — O que tá fazendo aqui?

— Eu disse que ia vim ver sua sobrinha — Esqueci desse detalhe.

Ela segurou minha mão e me puxou até o sofá. Fui obrigado a sentar.

— Como foi seu dia? — Ela perguntou enquanto pegava uma bebida para mim.

— Bom — Não gosto de encher a cabeça dos outros com meus problemas.

— Eu falei com sua sobrinha.

— O que achou dela?

— Ela foi super simpática, mas acho que se privou um pouco, deve ser o luto — Peguei o copo de sua mão e bebi um gole do whisky.

— Só isso? — Minha mulher sentou no meu colo e passou as unhas no meu cabelo.

— Eu não imaginava que ela era tão parecida com a Sabrina... Como Bruno reagiu a isso tudo?

— Como uma criança birrenta, era de se esperar — Senti seus beijos no meu pescoço.

— Ela é bonita, a Leticia — Ela parecia uma adolescente normal pra mim.

Verônica colocou as pernas em cada lado da minha cintura e vi seu vestido levantar.

— Eu tô cansado.

— Eu te ajudo a relaxar — Ela abaixa minha calça e vejo sua calcinha minúscula.

— Verônica...

Meu volume crescia dentro da cueca com aquela cena. Fiz ela apressar as coisas.

— Senti saudade de você — Minha noiva disse enquanto se posicionava.

— Você pode matar a saudade agora.


Deixei que a morena se acostumasse com meu membro dentro de si e quando vi que já era a hora, começei a foder sua buceta.

Segurei as coxas dela e a fiz subir e descer, sua cabeça se apoiou no meu ombro e eu senti aquelas sensações maravilhosas.

— Ahh! — Não pareciam gemidos forçados, mas odeio quando ela fica tão escandalosa.

Beijo sua boca para abafar seus gritos.

Senti um par de olhos em nossa direção e olhei para o arco da porta.

Meu irmão me observava com ódio e eu não me dei o trabalho de parar o que estava fazendo. Verônica não tinha percebido que ele nos assistia.

Bruno apenas segurou o blazer e saiu andando pelas escadas.

Me concentrei em terminar as coisas com minha noiva.


...


Subo o zíper da minha calça e me sinto muito mais aliviado depois de conseguir relaxar.

Verônica levanta e coloca suas mãos em volta da minha cintura, reparo em suas unhas grandes pintadas da cor branca.

— Você foi incrível como sempre — Ela me elogia e eu sinto meu ego inflar.

— Acho melhor irmos dormir — Me afasto dela e passo pela porta.

— Você ainda tá estressado?

— Não, só preciso dormir.

Me afasto sem deixar que ela diga nada e ando pelas escadas, seus saltos barulhentos indicava que ela me seguia.

Passei por todos os degraus e quando parei no corredor, vi a ruiva encostada na parede.

— Verônica, vai para o quarto — Falei para minha mulher e ela observou a jovem.

— Vou tomar um banho — Ela me dá um selinho e muda de direção.

Leticia me olha de cima a baixo e dá um sorriso. Será que ela ouviu o que estávamos fazendo?

— Tá tudo bem? — Perguntei para ela.

— Só tive um pesadelo — Coloquei as mãos no bolso e a analisei.

— Precisa de alguma coisa? — Ela me olhou por tempo demais, como se falasse algo internamente.

— Não se preocupe.

A ruiva se afastou da parede e andou até a porta do quarto, evitei olhar para coisas inapropriadas

— Leticia — Ela parou a mão na maçaneta e me olhou — Você começa a estudar amanhã.

Minha sobrinha ficou petrificada, percebi um indício de irritação no seus olhos, mas seu tom de voz não combinava com o que ela aparentava sentir.

— Como assim?

— Sua mãe me disse que não completou o último ano do ensino médio.

— Mas eu já tenho 18.

— Por isso é melhor estudar para começar a fazer algo da vida.

Andei em direção ao meu quarto e senti os seus olhos verdes sobre mim. Não me importei.

100 Camadas De DesejoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora