100 Camadas De Desejo

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LUCAS

Sua boca era deliciosa, o sabor da sua língua era com certeza a minha nova sobremesa favorita, a forma como ela dividia os beijos entre mim e Bruno era a única coisa que me importava.

Mantive ela deitada na cama e senti a rigidez dentro da minha calça querendo ela, puta que pariu. Os dedos de Bruno subiram aquela camisola e foi quase uma tortura olhar a calcinha minúscula que ela usava. Como que faz para não tirar isso sem rasgar?

O desejo gritava alto, era bem perceptível, mas um neurônio meu conseguiu me fazer sair de cima dela. Respirei muito fundo para me controlar.

— Espera aí — Bruno largou nossa noiva e eu olhei os dois — A gente não pode.

— Ah, não — Ela me puxou de volta e me beijar — Não estraga as coisas.

Eu sabia que seria uma péssima idéia dormimos na mesma cama. Era para ter sido só um sorvete e cada um para seu quarto, até Leticia nos convencer de dormimos juntos e causar grandes efeitos no meu corpo.

Foi a madruga toda sendo torturado por ter que sentir o cheiro dela, o cheiro dos dois, e simplesmente não poder fazer nada. E foi pior ainda acordar com ela praticamente nua pedindo qualquer coisa que envolvesse nossos paus para fora.

Por Deus, se fosse por mim casariamos  hoje mesmo.

— Não, não, não — Consegui me afastar dela — Temos um juramento para cumprir.

— Bruno... — Ela olhou para o moreno ao seu lado em uma forma de súplica.

— Foi mal rainha, mas ele tá certo.

Ela bufou e pulou da cama. Foi difícil se concentrar nas reclamações enquanto olhavamos seu corpo, por deus por que ela vestia um negócio tão transparente?

— Vocês dois só podem está querendo me matar.

— Acha que não é difícil para gente? — Bruno perguntou enquanto deitava com os braços atrás da cabeça.

— Se fosse difícil já estariam resolvendo isso.

— Leticia, só mais duas semanas, não é difícil.

— É fácil dizer isso quando vocês não estão na minha situação, tô a um ano sem nada.

— Você transou com a gente semana passada.

— Exato, só isso, vamos relembrar tudo.

Ela engatinhou até a gente na cama e foi um grande desafio esquivar do seu beijo.

— Nada disso, você só deve tá no cio — Levantei da cama e me afastei deles. Isso era o inferno.

— Você não tá tão necessitado quanto eu, tinha a Verônica para trepar quando quisesse.

— Por que vamos tocar no assunto da Verônica agora?

— Porque sim.

— Tá legal, vamos tirar o dia de folga hoje para podermos ficar juntos — Bruno disse sentando na cama — Podemos fazer um piquenique.

— Isso é algum motel temático?

— Não, Leticia — A garota revirou os olhos.

Ela levantou e olhou nos dois como se fosse nos matar. Era tão ruim ficar sem sexo?

— Ok então, já que não vão me dá o que eu quero, então não vão tocar em mim até o dia do casamento.

— Sério isso?

— Muito sério.

Ela saiu do quarto e olhei o moreno, estava tão incrédulo quanto eu.

— Acho que criamos um monstro.