Capítulo 59: Beijo.

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Meu corpo se arrepiou de uma forma que eu não esperava, enquanto as mãos de Axel me apertavam contra ele e seus beijos se tornavam mais urgentes do que das últimas vezes. Minhas mãos estavam grudadas nos cabelos negros, na sua nuca e em todos os lugares que eu conseguia tocar. Axel afastou os lábios dos meus, o suficiente para que eu conseguisse respirar um pouco.

Abri os olhos, vendo as luzes piscando ao nosso redor. A música alta tinha sumido por alguns segundos, mas agora estava de volta. Encarei os olhos de Axel, vendo ele deslizar a mão pelos meus cabelos, pela minha nuca, me fazendo ficar arrepiada de novo.

—Isso... isso não significa nada. —Consegui dizer, com a voz um pouco falha. Axel abriu um sorriso largo, continuando com a carícia na minha nuca.

—Não? —Ele mordeu meu lábio, deixando o local formigando. —Você é uma péssima mentirosa, Kay.

—No que eu estou mentindo? —Tentei parecer confusa. No fundo eu só não queria confirmar que queria beija-lo de novo. E de novo. E quantas vezes fosse possível. Porque os beijos de Axel eram uma droga perfeita pra mim.

—Que isso não é nada. —Ele gesticulou com a mão entre nós dois. —Que me odeia e que não gosta dos meus beijos.

—Eu te odeio. —Afirmei. —Isso não é mentira.

—Eu também te odeio, se é o caso. —Ele roçou o nariz no meu e involuntariamente eu ergui o queixo, esperando que ele me beijasse de novo. —Mas isso não significa que não podemos desejar um ao outro. E, merda, Kayla, eu desejo muito você.

Mordi o lábio, agarrando os fios de cabelo negro de Axel, o que resultou em um gemido vindo dele. Aquilo pareceu ascender mais o fogo que estava queimando dentro de mim.

—Não gosto dos seus beijos. —Afirmei, desejando não dar o braço a torcer. E também, era divertido provocá-lo. —Foram os únicos que eu tive, então...

Dei de ombros, vendo os olhos dele ficarem nublados e as estrelas neles brilharem mais. Engoli em seco, quando ele apertou minha cintura, me fazendo ofegar. Ele colocou os lábios nos meus de novo, só por um segundo, antes de girar meu corpo e me fazer ficar com as costas coladas no seu peito.

—Quer tirar a prova, Kay? —Sussurrou no meu ouvido e eu engoli o gemido que quis sair, quando senti a respiração dele no meu pescoço. Uma de suas mãos circulou minha cintura, me mantendo no lugar. A outra subiu, segurando meu pescoço de uma forma que deixava ele no controle de tudo. —Kenji?

Soltei o ar com dificuldade, vendo todos os meus sentidos ficarem em alerta, expectantes, pelo que veria a seguir. Kenji estava ali, no meio de todas aquelas pessoas que dançavam, que se esfregavam umas as outras no meio da música. Observei ele se aproximar, com os olhos fixos nos meus. As luzes piscando o tempo todo pareciam ter mudado completamente meus sentidos.

Kenji parou na minha frente. Eu encarei seus olhos azuis, intensos demais, vidrados em mim. Eu parecia uma boneca de pano nas mãos de Axel. Ele ergueu meu queixo, fazendo meu rosto ficar mais próximo de Kenji.

—Não gosto de dividir, Kay. Mas vou abrir uma exceção pra você, só hoje. —Declarou, roçando os lábios no meu pescoço. Meu corpo foi tomado por uma energia diferente, vibrante e ansiosa. —Beije-o!

—Você quer, Kay? —Kenji segurou meu rosto, roçando o nariz na minha bochecha. Axel não se afastou de mim com aquilo. Pelo contrário, seu corpo estava grudado em mim, ainda me segurando daquela forma possessiva. Mas agora eu estava presa entre ele e Kenji, sentindo os dois mais próximos do que eu achava ser possível.

Ergui o queixo, sentindo a mão de Axel no meu pescoço, e rocei meus lábios nos de Kenji, o suficiente para que ele tomasse o restante da coragem. Seus lábios se grudaram aos meus. Eram macios e quentes. Diferente de Axel, que tinha um beijo desesperado e quente, Kenji era calmo e carinhoso. Havia um gosto adocicado nos lábios dele, enquanto sua língua brincava com a minha. Só então percebi que o gosto de Axel era muito mais delicioso que aquele. Mas ainda sim, Kenji beijava bem demais.

Me afastei apenas quando senti Axel morder meu pescoço. Abri os olhos e encontrei Kenji com um sorriso divertido nos lábios molhados. Ele deslizou os dedos pelos meu rosto e então se afastou um pouco, olhando para Axel.

—Seu sortudo de merda! —Declarou e eu acabei abrindo um sorriso, vendo ele se afastar aos poucos, com os olhos ainda em nós dois. Até então desaparecer no meio de todo mundo.

—Então, Kay? —Axel me girou de novo, me fazendo ficar cara a cara com ele de novo. Meus lábios estavam formigando para provar o gosto dele. —Quem beija melhor?

—O Kenji. —Provoquei, sentindo os dedos dele infiltrando por baixo da camiseta. Sem eu querer, um gemido escapou pela minha boca quando ele alisou minhas costas.

—A é? —Ele riu, mordendo meu lábio de novo. —Vou perguntar mais uma vez...

—Você. —Sussurrei, sem conseguir esperar que ele perguntasse de novo. Eu queria. Eu precisava dele.

—O que? —Ele soltou um suspiro falho, grudando a testa na minha.

—Você beija melhor. Eu quero... —Agarrei a nuca dele, agarrando os cabelos macios. —Eu quero você, Axel. —Consegui dizer, vendo os olhos dele queimarem sobre mim. —Agora... eu quero você agora.

Axel me apertou contra ele, beijando meus lábio com mais intensidade que antes e eu gemi ao sentir o gosto dele. Sim, aquilo definitivamente era muito melhor. Era a coisa mais certa que meus lábios adoravam provar. Senti as sombras se enrolando em mim, me puxando mais para Axel. E eu simplesmente esqueci onde estávamos. Mas Axel parecia saber, já que quando ele se afastou de mim para que pudéssemos respirar, eu já estava deitada em um cama, em um quarto silêncio e havia apenas nos dois ali.

—O Kenji... —Axel grudou os lábios nos meus de novo, mordendo e tirando tudo que queria de mim naquele beijo.

—Não quero ouvir o nome do Kenji ou de nenhuma outra pessoa saindo dos seus lábios agora, Kayla. —Afirmou, com os lábios fazendo cócegas nos meus. —Eu quero você só pra mim.



Continua...
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Gente eu tô um pouco ocupada esses últimos dias. Não tô tendo tanto tempo pra escrever e nem pra publicar capítulos. Então talvez demore um pouco pra eu atualizar essa e as outras histórias.

Uma Conjuração de Magia / Vol. 1Onde histórias criam vida. Descubra agora