Capítulo 76: Barreira Magica.

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Alguns séculos antes...

A Rainha das Rainhas

Não havia nada mais decepcionante e desgastante do que lidar com outros reinos que fazem de tudo para te tratar como uma criminosa. O uso da magia não deveria ser considerado um crime. Não importa de onde ela venha. Eu aposto que se eles pudessem, também teriam feito o mesmo que eu faço. Não estou tirando vidas. Estou preservando ela.

—Vossa majestade? —Continuei andando, ignorando a voz irritante de Daphne. O corredor estava vazio e o barulho do meu salto ecoava por cada canto. —Vossa majestade?

—Agora não, Daphne! —Ergui a mão para dispensa-la e continuei andando. —Ah não, aproveitando que está aqui, onde está meu filho?

—Ele saiu, senhora. Com o filho do Sr. Devlon. —Daphne continuou a correr atrás de mim, enquanto eu suspirava, cansada.

—Mande alguém atrás dele. Não quero ele lá fora enquanto eu não resolver essa questão com os outros reinos. —Afirmei, começando a descer as escadas de pedra que davam para o salão dos feiticeiros.

—Vossa majestade... —Eu abri a porta, entrando na sala e então deixando Daphne do lado de fora, falando sozinha. Não queria ter que lidar com reis idiotas agora.

—Como estão as coisas? —Andei pelo salão, vendo a magia roxa que fluía do centro do salão, no círculo dourado pintado no chão de pedra. Magia antiga e muito, muito poderosa. Os feiticeiros se viraram, fazendo uma longa reverência.

—Estamos conseguindo captá-la, vossa majestade. Se tudo der certo, colocaremos ela em um cajado e a senhora poderá usá-la quando quiser. —Um deles respondeu, mostrando a magia que estava contida agora, em uma esfera, nas mãos dele.

—Vou poder fazer o que eu quiser? —Questionei, olhando maravilhada para todo o poder que ele tinha nas mãos. Os feiticeiros riram.

—A senhora já transformou todo o reino humano em imortal. —Ele caminhou até mim, com as esfera de magia roxa cintilando nas suas mão. —Não imagino o que mais poderia desejar. Mas sim, poderá fazer o que quiser. É magia das trevas, vossa majestade.

—Um poder dos Deuses. —Afirmei, sentindo meus dedos coçaram para tocar toda aquela magia. —Termine aqui. Temo que precisarei disso em breve.

—Trabalharemos até conseguir o que a senhora deseja. Não ficará decepcionada. —Afirmou e eu assenti, abrindo um sorriso radiante. Deixei eles ali, trabalhado no poder que iria me transformar na maior rainha de todas. Não pretendo governar todo o mundo. Mas eu quero poder. Desejo poder. E não a nada de errado nisso.

—Vossa majestade! —Daphne exclamou, assim que abri a porta para voltar ao castelo. —Graças a Deus!

—O que você quer, Daphne? —Resmunguei, desejando que um dia ela ficasse velha e morresse. —Tenho uma reunião para me preparar. Não posso perder tempo com bobagens.

—É sobre isso que eu vim falar, senhora. —Parei no meio da escadaria, olhando para baixo para encontrar Daphne pálida. —A reunião dos reis já aconteceu.

—O que? —Me virei, agarrando a saia do vestido com força. —Como já ocorreu?

—Eles se reuniram a alguns minutos. —Daphne ficou em silêncio, abrindo a boca e tentando falar, mas não conseguindo.

—Fale de uma vez, Daphne! —Exclamei, assustando-a. —O que está acontecendo?

—Eles fizeram uma votação, senhora. Todos eles concordaram que vossa majestade está usando magia negra para matá-los e governar os outros reinos. —As mãos dela que carregavam um punhado de papéis começou a tremer. —Eles trouxeram os magos e... vão puni-la por isso. Vão punir todos nós.

—Como? —Comecei a subir as escadas, correndo enquanto começava a ouvir os sinos tocando. Corri pelo corredor, segurando a saia do vestido, enquanto via pelas janelas, meus súditos correndo do lado de fora. —O que está acontecendo? —Exigi saber, quanto mais ouvia os sinos tocando.

Os guardas começaram a correr também, vindo ao meu redor. As portas do salão do trono foram empurradas por eles, me permitindo entrar lá. Corri até a varanda, vendo o céu noturno se iluminar com alguma magia muito poderosa.

—O que eles fizeram? —Falei, levando a mão ao peito, com meus olhos fixos no céu, brilhando e clareando. Esperei que as estrelas aparecessem. Que eu pudesse ver a sombra do mar no horizonte. Mas não havia nada. —O QUE ELES FIZERAM?

—Nos aprisionaram. —Daphne afirmou, com a voz não passando de um sussurro. Me virei para ela, meus olhos ardendo pela raiva, enquanto meu sangue esquentava. —A entrada pro mundo inferior está bloqueada também. E o príncipe... estava no continente, vossa majestade. Temo que não conseguirá retornar mais.

Olhei para a varanda, para a barreira mágica que se erguia ao nosso redor. Eles haviam me aprisionado. Aprisionado todos nós. Meu filho estava lá fora.

—Eles não podiam ter feito isso! —Exclamei, a raiva trasbordando de mim, enquanto meus joelhos cediam e eu caia de joelhos. —Eles não podiam ter feito isso!



Continua...

Uma Conjuração de Magia / Vol. 1Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin