Capítulo 5

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Anitta narrando

O dia amanheceu acizentado e mais frio do que o normal. Acho que eu nunca me acostumaria de fato com o clima. Levantei-me sentido o chão gelado debaixo dos pés e a cada passo que eu dava eu me acostumava mais com a temperatura. Entrei no banheiro e me toquei do quanto eu estava acabada, me veio na memória lembranças da noite passada onde depois do fatídico acidente na cozinha eu vim para meu quarto e após conversar com Cherry acabei dormindo com a mesma roupa e maquiagem. Meu cabelo estava uma bagunça, assim como o resto de mim.
Tirei a roupa lentamente e entrei debaixo do chuveiro afim de tomar um banho quente pra ver se além de me limpar, a água levava embora as lembranças da noite passada também.
Depois do banho vesti uma calça jeans claro, acompanhada de uma blusinha de seda e um blazer, calcei um scarpin e peguei a minha bolsa com tudo que eu precisava.
Ouvi batidas na porta e senti meu coração gelar. Era uma das primeiras vezes que eu terminava de me arrumar no horário.
Abri a porta dando de cara com TH inexpressivo, o que me recordou da sua reação depois do empurrão que eu lhe dei ontem, mas não deixei nada transparecer.

-Bom dia TH -sorri e sai do quarto o deixando para trás-

Não obtive resposta mas senti sua mão segurar o meu pulso de forma a me fazer parar de andar.

- O que aconteceu ontem -ele começou me olhando assim que me virei-
- Foi um erro e não vai se repetir, eu já conheço esse papo. Na verdade, achava até que você não estava em sã consciência e nem ia se lembrar, mas se você se lembra então fez o que fez porque quis -arrematei ele deixando-o calado- Eu não te pedi nada TH, nem um beijo nem um relacionamento sério, nada mesmo. Não me venha com esse papo como se eu estivesse te implorando alguma coisa, poderia apenas ter agido como se nada tivesse acontecido, pelo menos seria mais digno. -após jogar as palavras em sua cara me soltei de sua mão e desci as escadas bufando-

Ótimo. Ele tinha conseguido me irritar logo no começo da manhã.
Passei direto da sala pra fora de casa, dane-se o café da manhã, eu não tinha mais humor pra me sentar na mesa pra isso, comeria qualquer coisa no meio do caminho.
Entrei no meu carro e coloquei a bolsa no banco do passageiro, fazia algum tempo que eu não dirigia o mesmo, afinal, acabava indo sempre com a equipe ou com TH.
Falando na peça, avistei o loirinho com cara de reprovação pelo retrovisor e ignorei com sucesso.
Sai dali apressada e no meio do caminho parei apenas para comprar um cappuccino e logo cheguei no trabalho.

- Chegou cedo Anitta -Luck disse ao me ver-
- Dê os créditos para o bonitão aqui -disse irônica pegando alguns papéis na bancada e seguindo para minha sala enquanto minha sombra (TH) me seguia- O que você quer? -perguntei encarando o mesmo que se encontrava do outro lado da minha mesa-
- Eu não ia dizer que foi um erro, não é bem assim.
- Claro TH, e como é afinal? -entrelacei os dedos das minhas próprias mãos e as coloquei em cima da mesa-

Vi seu corpo se deslocar até a porta e fechar a mesma, logo em seguida ele veio até mim e puxou minha cadeida a virando para si. Me fez levantar me puxando pelas mãos e me colocou sentada em cima da mesa enquanto empurrava novamente a cadeira para lá.

Uma de suas mãos veio parar na minha cintura enquanto a outra brincava de acariciar minha bochecha. Seus olhos claros penetraram minha alma e eu me via estagnada com seu toque. Novamente TH estava posicionado entre minhas pernas, seu perfume inundava a sala e sua aproximação me fazia querer agarra-lo.

- Se fosse um erro eu não estaria aqui -disse ao pé do meu ouvido- Você não faz ideia do quanto eu quero te tocar em todos os momentos, mas eu não posso, não por ser um erro, mas sim porque meu trabalho é te proteger e nada além disso. Não posso comprometer você, é perigoso e arriscado demais.

Voltou seu rosto a posição normal e me encarou.

- Então porque me provoca assim? -perguntei sobre nossa atual situação-

A mão que estava na minha cintura me puxou mais para ele e agora sim nossos corpos estavam colados.

- Eu perco o controle, a única coisa que eu deveria fazer era manter o controle, mas você me tira dos eixos Ane -proferiu meu apelido de forma sexy e me olhou-
- Não pode estar falando sério- eu balancei a cabeça negativamente-

Nesse momento senti suas mãos descerem para minhas pernas. TH as puxou mais para ele e fez com que eu as prendesse em seu quadril.
Seu membro rígido podia ser sentido quase que como se estivéssemos sem as roupas.

- Acha que isso é brincadeira Anitta? -perguntou forçando sua ereção contra mim e por puro instinto apertei seu ombro-
- TH -proferi como se pedisse para que ele não fizesse aquilo ou quem sairia dos eixos seria eu-

Suas mãos migraram para meu pescoço e o loirinho me tomou em um beijo quente e cheio de desejos ocultos. A medida que o beijo ia se intensificando eu sentia as mãos de TH correrem pelo meu corpo e eu apertava minhas pernas automaticamente o puxando mais para mim.
De repente fui tirada de cima da mesa e prensada contra a primeira parede que vi. As mãos de TH agora estavam na minha bunda me mantendo com as pernas enroscadas em seu corpo.
Sua boca brincava de conhecer a minha e seu membro era descaradamente esfregado em mim fazendo com que eu me desequilibrasse cada vez mais da corda que já estava bamba.

- Droga! -o loirinho proferiu apertando suas mãos na minha bunda e involuntariamente eu sorri vendo que de fato, eu o tirava dos eixos, não que ele fizesse muito diferente comigo- Ri mesmo Anitta -disse irônico me olhando profundamente-
- Acha que eu estou em uma situação muito melhor que a sua? -perguntei sustentando seu olhar-
- Mil vezes inferno! Porque me faz imaginar isso? -eu sorri- Pelo menos você consegue disfarçar -se esfregou em mim me fazendo arfar- Acha que eu consigo disfarçar isso?
- Você da seu jeito -pisquei e sorri-
- Você é uma abusada
- Me respeite TH
- Você é uma provocadora do caralho -disse e apertou mais meu corpo contra o dele-
- Uma provocadora do caralho que está molhada por você e você não fará nada a respeito -pisquei zombeteira e soltei minhas pernas de seu quadril as firmando no chão- Preciso trabalhar.
- Puta que pariu -foi a última coisa que ouvi de TH antes dele sair irado da minha sala-

Ri sozinha enquanto tentava controlar meu corpo mas estava se tornando quase impossível a cada detalhe que eu lembrava do loirinho.

Caprichos do coraçãoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora