Capítulo 63

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Anitta narrando

Após o almoço nós retornamos para a sala e ficamos jogando conversa fora até que o Loirinho me fez uma proposta.

- Quero te levar em um lugar -disse enquanto acariciava meus cabelos-
- Outro? -indaguei me levantando de seu colo e observando seus olhos-
- É aqui perto, topa?
- Sim -disse estreitando os olhos e ele riu-
- Vamos

Th se levantou e foi rumo a porta de entrada da casa e eu o segui em silêncio tentando decifrar onde iríamos.
Não entramos no carro, ao invés disso o loirinho tomou rumo as inúmeras árvores que ficavam atrás do imóvel e segurou minha mão me guiando pelo caminho.

- Sei que não é uma criança, mas tome cuidado por favor -pediu num tom armonioso e eu ri com seu comentário-
- Sim senhor -exclamei o fazendo me olhar rapidamente com um sorrisinho-

O caminho era repleto de árvores e pedras, os únicos barulhos que se ouviam era de alguns bichinhos que se escondiam dentre as plantas. Um pouco mais a frente comecei a ouvir barulho de água caindo e já podia imaginar que havia uma cachoeira por perto.

Segui os passos do loirinho ansiosa pra ver a paisagem e por sorte não demorou muito para que chegássemos. Era tudo tão bonito que eu mal podia descrever.

Senti as íris azuis me fitando depois de soltar a minha mão, mas eu estava observando cada canto do lugar.
Já tinha visitado muitos lugares bonitos, mas cada um tinha suas características únicas, esse não fugia a regra.
Pela cachoeira destrinchava uma água tão clara que era impossível olhar para o lago e não querer entrar.
Sorri sentindo uma brisa leve bagunçar meus cabelos e finalmente olhei para Th.

- É lindo -falei empolgada e ele sorriu-
- Imaginei que fosse gostar

Avistei uma pedra na beira da água e me sentei sentindo a gelidão até metade das minhas pernas

- Vem cá -chamei me virando pro loirinho que ainda me observava-

Assim que Th sentou do meu lado tomando cuidado para não levar um baita escorregão, eu selei nossos lábios como um gesto de agradecimento por ele me proporcionar momentos tão incríveis. Senti seu sorriso tomar conta do rosto assim que terminamos o beijo e sorri junto pensando em como as coisas podiam mudar de uma hora pra outra.

- Qual a chance de alguém aparecer aqui? -indaguei o olhando-
- Não morena -jogou a cabeça para trás- Você vai acabar comigo -concluiu soltando o ar-

Não pensei duas vezes antes de retirar meu vestido ficando apenas com minha calcinha rendada e jogando a peça de roupa em uma pedra mais distante da água.
As safiras azuis me fitaram com desejo e eu sabia que brincava com fogo quando se tratava de Th. Entrei na água e dei um mergulho antes de voltar para a superfície e me virar para Thiago

- Você vem?
- Se eu vou? Ta brincando comigo?

Indagou como se aquilo fosse quase um insulto enquanto tirava sua roupa ficando apenas com uma boxer branca e eu não perdi tempo em admirar o conjunto da obra.
Um sorriso de canto se formou em seu rosto ao perceber meu check up nele e eu devolvi o sorriso na mesma proporção sabendo que teria volta.

Th deu um pulo para dentro da água e antes que eu conseguisse o enxergar debaixo da agitação da água ele já estava perto o suficiente de mim, mais um pouco e seu corpo subiu a superfície bem próximo do meu, mas sequer um dedo foi encostado em mim. Seus olhos pareciam mais intensos do que antes e a profundidade do seu olhar me afetava de uma forma inexplicável.
Seu semblante estava firme e ele permanecia me encarando. Não hesitei em o encarar de volta, foi dessa forma que pude ver o momento exato em que seus olhos desceram pelo meu rosto para enxergar o que estava dentro da água e eu sorri vendo que no fim das contas fui eu quem consegui manter a pose.

- Mil vezes inferno! -balbuciou quase inaudível voltando o olhar para o meu- Ri mesmo morena, isso vai ter volta.
- Eu espero que não demore -falei o provocando e me afundei na água mergulhando rumo a cachoeira-

Consegui chegar nas pedras abaixo da cachoeira e me sentei em uma onde a água cobria quase metade do meu corpo.
Quando Th chegou até mim eu apenas senti suas mãos levantarem meu corpo e me puxarem pra dentro d'água de novo me prendendo pela cintura. Não demorou muito mais para que nossas bocas estivessem juntas em um beijo preciso e urgente.
Th me colocou cuidadosamente contra a pedra onde eu havia me sentado minutos antes, só que com as costas apoiadas em uma de suas mãos para evitar que eu me machucasse, enquanto isso a outra mão, que antes estava na minha cintura, agora descia para a minha coxa puxando minha perna para cima como uma indicação para que eu prendesse as duas pernas no quadril dele, o que sem pestanejar eu fiz.
Com uma das mãos na lateral do corpo dele e a outra em sua nuca eu o puxei mais para mim sentindo o corpo dele com mais riqueza de detalhes. Nossos lábios se separaram e Th começou a distribuir beijos pelo meu pescoço me fazendo arfar.
A água fria junto com a mistura de sentimentos que me invadiam naquele momento me causaram um arrepio que fez os meus seios ficarem ainda mais enrijecidos. O loirinho não perdeu tempo em me puxar mais para cima e atacá-los sem dó nem piedade, mas eu não reclamava, estava adorando.

Sua mão livre agora migrava da minha bunda para a renda nada protetora da minha calcinha. Por cima do tecido fino e consideravelmente pequeno eu senti seus dedos me acariciarem e soltei um gemido levando a cabeça para trás.
Eu estava esperando pelo toque dele, mas eu queria mais do que aquilo, precisava senti-lo.
As safiras voltaram a me encarar demonstrando toda a luxúria que o envolvia naquele momento e eu o beijei ainda sentindo suas carícias por cima da minha calcinha, mas isso não durou muito mais. Th puxou a minúscula calcinha a levando pro lado e esfregou dois dedos em mim sentindo a diferença das temperaturas da água para minha excitação. Logo em seguida e sem aviso prévio seus dedos foram introduzidos em mim fazendo com que meu gemido saísse mais alto e forte dessa vez. Vi um sorrisinho sacana sambar nos lábios do loirinho antes que ele iniciasse um vai e vem maravilhoso.

- Th -chamei, mas soou mais como uma súplica- Eu preciso de você -falei extasiada-
-Para que amor? -perguntou no pé do meu ouvido com a voz carregada de tesão e eu arfei sem conseguir responder- Vamos, me diga Ane
- Para me foder -pronunciei sentindo o seu corpo apertar o meu e ele depositou um beijo rápido próximo da minha orelha-

Não precisou de mais nenhum som para que Th tirasse o seu membro da cueca e me penetrasse deliciosamente devagar. Eu conseguia sentir cada pedacinho dele entrando em mim e isso me deixava ainda mais excitada.
Os movimentos que se seguiram foram pra me deixar no fim do juízo. Meus gemidos ora abafados pela boca de Th, ora suficientemente audíveis para qualquer um que passasse ali perto deixava claro o quão bom era aquilo. Depois de boas estocadas foi necessário só mais um gemido de Th para que eu atingisse meu ápice e explodisse em um orgasmo libertador sentindo logo em seguida o gozo do loirinho me invadir.

Caprichos do coraçãoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora