Capítulo 54

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Anitta narrando

Não precisou de muito para me tirar da loja, eu confiava em Th e se ele disse que precisávamos ir eu sabia que era isso que tinha que fazer. Me despedi rapidamente de Tom e lamentei por não conseguir me despedir de outros conhecidos.
Th abriu a porta do passageiro para mim e se pôs do meu lado como motorista.

- O que houve?
- Nós precisamos conversar
- Pode dizer
- Não agora
- E por que não?

Ele não respondeu e eu sabia que não conseguiria tirar nada dele naquele momento. Assim que chegamos no hotel um de seus homens apareceu avisando que estava tudo limpo, Th me guiou até o quarto e tirou sua camisa assim que chegou lá.
Me limitei a uma breve olhada e me direcionei para o banheiro, eu precisava de um banho relaxante naquela banheira.
Em menos de cinco minutos ouvi a porta ser aberta e assim que abri os olhos dei de cara com um loirinho sério e bem sexy só com sua calça encostado no parapeito da porta degustando um whisky.
O analisei de cima em baixo e um sorriso safado dançou em seus lábios.

- Disse que sentiu minha falta no banho
- Não sinto tanto mais -dei de ombros fazendo charme e ele riu-
-Que mulher atrevida
- Foi você que invadiu o banheiro enquanto estou nua -acusei-
- São seus melhores momentos -deu um sorriso de lado e largou o copo de whisky levando as mãos ao botão e zíper da calça-
- Achei que precisássemos conversar
- Nós vamos, assim que você me pagar por tudo que me falou hoje
- Eu não me lembro de nada -me fiz de inocente enquanto observava seu membro exposto-
- Teve uma perca de memória repentina Ane? Eu te ajudo com isso -disse entrando na banheira e se sentando do lado oposto ao meu-
- E como vai fazer para que eu me lembre?
- Venha até aqui -fez um gesto com os dedos me chamando e eu atendi prontamente-

Seus dedos deslizaram pelo meu rosto acariciando e desceram fazendo caminho até meus seios onde brincou com a ponta de meus mamilos me fazendo arrepiar. A luxúria em seu olhar me deixava mais excitada e doida para atacá-lo, mas sei que ele me impediria.

Mordi meu lábio inferior tentando conter o gemido quando ele chegou nos países baixos e massageou deliciosamente.

- Vire-se -disse sério e esperou que eu fizesse o que mandou-
Quando me virei senti seus braços rodearem meu corpo e ele me puxou para seu colo, enquanto suas mãos massageavam meus seios, sua boca distribuía beijos e pequenas mordidas pelo meu pescoço, colo e orelha, seu membro rígido era esfregado em mim lentamente. Ele estava me fazendo pagar cada maldita letra.

- Você é minha -disse em um sussurro com a voz carregada de desejo-

Sem que eu esperasse ele me penetrou duro e fundo me fazendo gemer de surpresa e satisfação. Enquanto me bombardeava com seu membro uma de suas mãos brincava com meu clitóris e a outra permanecia no meu seio.

- Geme pra mim Ane -disse no pé do meu ouvido me fazendo arrepiar-

Ele nem precisava pedir, esse homem era minha perdição e eu sempre gemeria para ele.

Chegamos ao ápice juntos e eu encostei meu corpo no dele ainda sentindo seu membro dentro de mim.

Depois de recuperarmos o fôlego Th me deu um beijo terno no topo da cabeça e eu sorri adorando nossas mudanças repentinas de pura luxúria para proteção e carinho.

Assim que terminamos o banho nos vestimos e finalmente íamos ter a tal conversa.

- O que aconteceu na loja? -perguntei me sentando na cama e o olhando-
- Mandaram um cara atrás de você
- De novo?
- Enquanto não conseguirem o que querem ou morrerem não vão parar Ane
- Era o cara com quem estava conversando antes de me tirar de lá não é? -ele apenas me olhou- Por que ele não tentou nada?
- Está analisando o chão que pisa primeiro, Hernandez não é bobo, conseguiu coletar informações suficientes minhas e já sabe o meu ponto fraco, precisamos ter cuidado
- O que ele sabe sobre você?
- Tudo -disse e passou as mãos na cabeça, isso o preocupava-
- E o seu ponto fraco? -me olhou-
- Preciso dizer? Ele quer você Ane, nós ainda não sabemos o porquê e nem sabemos quem realmente está por trás de tudo isso, mas não vão encostar um dedo em você
- Eu quero ajudar
- Não, é muito arriscado e eu quero você longe de qualquer alvo
- Eu posso servir como isca Th
- Não, e não insista, será perca de tempo. Nunca usaremos você como isca, entendeu bem? -disse me olhando e eu bufei-
- Eles vão me matar -soltei meu corpo na cama me deitando e encarando o teto-
- Nem brinca com isso Anitta, ninguém vai fazer mal algum a você
- Mesmo? Já invadiram minha loja antes e eu fui parar no hospital, mesmo que não tenha sido nada grave, nada nem ninguém garante que da próxima será a mesma coisa
- Isso foi um descuido meu, não vai acontecer de novo
- Não foi um descuido seu Thiago, você não tem culpa de terem aparecido lá, estava ocupado com suas coisas, além do mais eu me lembro
- O que?
- Você esteve lá, mesmo em desespero eu não deixaria de reconhecer sua voz, eu sei que não me deixaria de verdade
- Eu nunca faria isso -afirmou se deitando do meu lado e acariciando meu rosto-
- Foi uma pena ter levado uma pancada antes de poder te ver, mas seu cheiro estava em minha roupa
- Achei que estivesse com a roupa do hospital -estreitou os olhos-
- Estava, mas tive que pegar a minha quando fui embora, foi quando senti, você esteve lá não é?

Seu silêncio confirmava minha pergunta

- Por que não me esperou acordar?
- Não era para ter ouvido minha voz, sabia que se eu aparecesse sem mais nem menos você me odiaria, então saí antes que pudesse me ver. Fui eu quem te levei para o hospital, Ian me ameaçou de morte por sair sem falar com você -sorri-
- Eu amo você Thiago
- Eu sei que sim -disse calmo e colou seus lábios nos meus-

Caprichos do coraçãoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora