Capítulo 51

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Anitta narrando

Hoje eu finalmente ia começar com as viajens para as inaugurações da minha loja. Andava tão entusiasmada com a ideia que meu cérebro simplesmente não parava.

- Ane, meu amor -Th pronunciou com calma chamando minha atenção- Respire ou vai cair dura no chão -segurou nos meus ombros me fazendo encará-lo-
- Eu estou muito chata? -ele riu e eu observei a gargalhada mais linda da minha vida-
- Não está chata, está quase explodindo de felicidade, eu não tiro sua razão, é um momento importante, mas pense comigo morena, se você explodir quem é que vai inaugurar suas lojas? -o olhei assustada com a ideia-
- Eu não vou explodir -afirmei convicta negando com a cabeça-
- Eu realmente espero que não -um sorriso de canto surgiu em seus lábios e eu o encarei já sabendo o que aquilo significava-

Th se aproximou mais ainda acabando com quase toda a distância entres nós e com uma mão em minha nuca e outra em minha cintura me puxou para um beijo.
A princípio o beijo era lento e calmo como se tivéssemos todo o tempo do mundo só para estar ali, mas as coisas esquantaram assim que o loirinho, em um gesto rápido e bruto, me tirou do chão puxando minhas pernas, prendendo em seu corpo e me colocando contra a parede. Seus lábios macios deixava um rastro de beijos da minha boca até perto dos meus seios e eu me arrepiava com a sensação.

- Tem que parar de usar essas blusas soltas -disse levantando a cabeça mas encarando parte dos meus seios a mostra-
- Achei que gostasse do fácil acesso -provoquei e recebi seu olhar firme-
- Gosto quando está somente comigo, não quero você de fácil acesso perto de ninguém -disse sério e eu ri-
- Ciúmes Alvarez? -arqueei uma sobrancelha o encarando e ele bufou me colocando no chão-
- Eu vou botar fogo em todas essas suas roupas indecentes -afirmou indo para o sofá-
- Eu recrio novas amor -falei irônica me ajeitando-
- Eu coloco fogo em todos os seus modelos -eu ri de sua falta de paciência e fui em sua direção-
- Então -coloquei uma perna dobrado em cima do sofá ao lado de Th- Quer dizer que vou ter que andar nua por aí? -indaguei o olhando enquanto colocava a perna esquerda do outro lado e me sentava no colo dele-

Seus olhos claros me encararam e eu sabia que estava testando a única gota de paciência com que este homem veio ao mundo.

- Não brinque comigo Ane, se um dia te pego nua andando por aí te dou belas palmadas nessa sua bunda -apertou minha cintura-
- Não andaria, é atentado ao pudor -falei como se fosse a única justificativa-
- Então se não fosse a porra do atentado ao pudor você andaria pelada por aí? -pareceu incrédulo e eu caí na gargalhada-
- Eu andaria pelada só em seu apartamento loirinho -disse assim que cheguei perto de seu ouvido-
- Pois está nele, o que ainda faz de roupa?
- Achei que gostaria você mesmo de tirar -dei de ombros e senti seu corpo ficar tenso-
- Ane, Ane...

Vixi, usou o tom de aviso, tô ferrada.

- Se eu não te conhecesse como conheço diria que está me testando
- E por que eu faria isso? -me fiz de boba-
- Porque gosta de ver como eu fico na corda bamba por você
- Gosto de ver como fica excitado por mim -corrigi o olhando e ele forçou meu corpo contra o dele com um sorrisinho sexy-

Senti seu membro enrigecido e me praguejei por provocá-lo, eu tinha que ir para casa arrumar minhas coisas, não dava pra passar mais um dia revirando a casa com ele.
Respirei fundo e ele me olhou já sabendo que fugiria e o deixaria na mão.

- Maldita!
- Não me xinga loirinho dos olhos mais lindos -disse me levantando de seu colo- Eu preciso arrumar minhas coisas
- Eu ajudo se me conceder o que quero -disse se levantando e me abraçando por trás roçando seu mebro rigido em mim-
- Está tentando me comprar com sexo?
- Creio que não preciso -disse me virando e segurando em minha cintura-

Dei um sorrisinho concordando mentalmente e ele sorriu lindamente já sabendo do que se tratava.

- Passo na sua casa a noite para te pegar -avisou me olhando-
- Tínhamos combinado algo?
- Não, mas vai dormir comigo
- Não vou dormir com você
- É o que vamos ver -me deu um selinho e me soltou-
- Eu não vou dormir com você -repeti assim que ia saindo-
- Se quiser que sua família inteira escute seus gritos de prazer durante a noite, tudo bem, a gente pode ficar por lá mesmo -sorriu sacana me olhando e eu parei incrédula-
- Você não vale um real Th -entrei no elevador e o olhei-
- Eu nunca disse o contrário -a porta ia se fechando mas ele impediu- João vai te levar, qualquer coisa me avise -disse sério agora-
- Como se minhas sombras já não fossem te informar de qualquer coisa -revirei os olhos-
- Não são sombras, são seguranças e é necessário, nem pense em fugir deles que te acho e essa foda que está me devendo vai ter que pagar em dobro
- Opa -fiz cara de pensativa- Tava mesmo pensando em fugir
- Não era esse o intuito da ameaça -concluiu vendo minha ousadia-
- Não ofereça uma foda então -dei de ombros e mandei beijinho no ar-
- Diabo de mulher atrevida -disse vindo em minha direção e me beijou se despedindo- Te pego mais tarde -saiu do elevador-
- Espero que sim -provoquei antes que a porta se fechasse completamente-

Que homem!
Era o que eu sempre pensava ao olhar Thiago, não sabia explicar a sensação que ele me causava. Sabia que obviamente esse fogo, essa atração que eu sentia por ele muitas outras mulheres também sentiam e cotidianamente eu pegava alguma se insinuando para ele, me dava nos nervos, mas apesar de tudo Th sempre me colocava a frente, me puxava e mostrava para qualquer um que era comigo que estava, e eu gostava de sua atitude. Gostava de uma forma descabida.

Caprichos do coraçãoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora