𝙲𝚊𝚙𝚒𝚝𝚞𝚕𝚘 𝟺 - 𝙰𝚗𝚝𝚎𝚜

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Consegui brotar no baile por volta das onze da noite, tive que resolver umas paradas lá no Vidigal com Escobar, o grandão estava bolando a fuga de uns soldados nossos que pegou 157 ano passado

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Consegui brotar no baile por volta das onze da noite, tive que resolver umas paradas lá no Vidigal com Escobar, o grandão estava bolando a fuga de uns soldados nossos que pegou 157 ano passado. O movimento na quadra já estava intenso e a segurança do morro reforçada. Os vermes que tentassem invadir o Chapadão naquela noite, tanto os inimigos quanto os canas de cu azul, iriam se foder legal.

— Tem gente pra caralho! — Ouvi Poncho falar ao meu lado enquanto entrávamos na quadra, chamando a atenção de geral, que abriu caminho para que pudéssemos passar. — E muita mina gostosa, nossa papai... — Murmurou todo emocionado, olhando descaradamente para uma garota ruiva que rebolava a bunda até o chão ao som de um funk de apologia ao Comando Vermelho.

— Tu é um arroz do caralho, não é viado? Deixa a boca de veludo te ouvir falando isso. — Zombei e Poncho me mandou foder. Dei risada e soquei seu ombro de leve, não estava a fim de desmontar ele.

— Fala tu aí para o Relíquia das gatas que subiram o morro hoje. Era cada uma, chefia... — JC falou com malícia, mordendo os lábios e esfregando os olhos vermelhos. — Especialmente uma mandada da boca grande, respondona pra caralho, papo sério, mas do jeito que eu gosto pra domar.

— Bom saber que estamos bem servidos essa noite... — Falei distraído e subi para o camarote junto com os dois. O vapor que estava de segurança liberou de imediato a nossa passagem. — Traz uma birita pra gente, Neguinho! — Pedi a ele, caminhando para a grade que sustentava o camarote. Observei as pessoas de lá de cima.

— Demorô, patrão! — Neguinho concordou e saiu para buscar as bebidas.

Meus olhos se cravaram em uma mina que dançava dura demais no meio da multidão. Era até engraçado a diferença da maneira de ela se portar em comparação a Rayane, por exemplo, uma das minhas putas fixas que dançava logo ao lado. Com certeza a patricinha veio do asfalto, levando em consideração o modo como ela não tirava os olhos desconfiados da sua bolsa e das pessoas a sua volta.

— Nem adianta parceiro, é mina de responsa essa ai. — Poncho falou do meu lado, me entregando um copo de cerveja.

Dei um golão e sorri de lado.

— Eu sei, pô. — Falei e continuei a olhando. Era desajeitada, mas bem gostosinha por sinal. Faria um estrago fácil, fácil. — Tu conhece? — Apontei com o queixo. Poncho deu risada e bebeu um gole da sua birita.

— Dei uma fortalecida mais cedo, fiquei doidão na dela também, mas JC disse que as duas eram da zona sul, tudo riquinha metida a besta. Tem amor a vida não umas porras dessas. — Poncho respondeu. Dei de ombros, olhei para ela uma última vez e fui em direção aos manos, que conversavam com algumas putas no colo.

Me sentei no banco, estendi a mão e peguei um baseado em cima da mesinha. Tirei o isqueiro do bolso e o acendi, dando um trago tão forte que me senti até meio aéreo.

— Relíquia, sua fiel tá causando treta lá embaixo. — Poncho avisou e logo em seguida gargalhou, sendo acompanhado pelos outros cuzões.

— Já falei que aquela vadia não é porra nenhuma minha! — Retruquei, irritado. Estava para nascer à mulher que iria ser minha fiel, minha relação com aquelas vagabundas eram estritamente sexual. — Chuta a bunda dela pra fora daqui e problema resolvido!

Dono do Morro [M]Where stories live. Discover now