Poncho me carregou até a boca de fumo, Lisandra e a filha dela já estavam lá me esperando, feito duas moscas em volta de carniça. Lisandra era uma das enfermeiras que atendia no posto da comunidade, vira e mexe dava uma fortalecida ai pra gente, mas estava cotada pra ser enviada a outro morro.
Diogo e Poncho me deixaram a sós com as duas e foram ajeitar as contas lá fora.
— Relíquia, tu está bem? Fiquei tão preocupada quando soube que tinha sido baleado! — Mariene, a única filha de Lisandra, perguntou toda melosa. Aquela garota me tirava do sério, papo reto, tinha a voz de ciriguela, fina demais e cheia de frescura. Mas a sorte dela era que fazia um boquete bem gostoso, dos bons mesmo parceiro.
— Tá fazendo o que aqui, Mariene? Tô ligado que a única que pode me fortalecer é sua mãe. — Resmunguei, me sentando no sofazinho velho que tinha na sala.
— Mas tu sabe que existem outras formas de eu te ajudar... — Sorriu maliciosa. Revirei meus olhos e deixei minha pistola de lado, sem muita paciência para aquele lenga lenga de puta.
Lisandra veio até mim com uma maleta de primeiros socorros em mãos.
— É melhor tomar esse remédio aqui pra dor. — Falou, me estendendo uma pílula alaranjada.
— Meu remédio é outro, pô! — Falei e fiz Mariene pegar minha garrafa de uísque no pequeno armário que tinha ali. Bebi pelo gargalo mesmo, virando-a quase toda pela boca. A queimação no peito diminuiu um pouco a dor que vinha do meu braço.
— Vou cortar sua camisa. — Lisandra avisou antes de o fazer. Mariene só assistia tudo de camarote, sentada na mesa do Diogo de pernas cruzadas. Era uma morena deliciosa e não me negava fogo.
Lisandra cortou minha camisa e jogou ela no chão. Meu braço esquerdo estava com um buraco grande, sem nenhum rastro de bala alojada, o tiro de fuzil fazia um estrago do caralho. Foi até que rápido o curativo, mas grunhi feito um animal enquanto ela limpava a ferida e dava os pontos necessários.
Talvez fosse melhor ter aceitado aquela porra de remédio mesmo, pensei de punhos cerrados.
— Eu avisei que era melhor ter tomado o remédio. — Lisandra disse ao me ver grunhir de dor feito um animal.
— Ah... foda-se! — Praguejei, até que por fim ela terminou de enfaixar os pontos.
— Toma isso aqui de oito em oito horas, é importante para a cicatrização. — Lisandra me entregou uma cartela de pílulas. Concordei e joguei a mesma próximo da minha arma, abaixei minha bermuda jeans junto com a cueca e coloquei meu pau pra fora.
— Vem cá piranha, tô precisando relaxar! — Mandei olhando para Mariene, que mordeu os lábios e veio quase que correndo em minha direção. A puta se ajoelhou entre as minhas pernas e caiu de boca no meu pau, chupando com força e babando ele todinho.
VOUS LISEZ
Dono do Morro [M]
Fanfiction+18| Será possível o amor nascer entre as duas pessoas mais improváveis do mundo? Dulce jamais imaginou se envolvendo com um morador de favela, ainda mais sendo ele o dono do morro. Ela não sabia explicar o porquê de se sentir atraída por uma pessoa...