𝙲𝚊𝚙𝚒𝚝𝚞𝚕𝚘 𝟻 - 𝙰𝚗𝚝𝚎𝚜

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Depois que Maite e eu pegamos nossas bebidas no bar improvisado, ela colocou na cabeça que queria dançar

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Depois que Maite e eu pegamos nossas bebidas no bar improvisado, ela colocou na cabeça que queria dançar. Primeiramente eu neguei, mas quando vi que ela iria do mesmo jeito e me deixaria ali sozinha, tive que ir atrás.

— Vem Dul, não fique ai parada. Se mexe! — Maite falou enquanto descia até o chão ao som de um funk que eu desconhecia. Arrisquei dar alguns passinhos, imitando as meninas a minha volta, mas meu corpo não colaborava em nada.

— Toma, bebe isso aqui! Já deu pra sacar que tu cem por cento sóbria não é nada legal. — Falou uma garota de olhos azuis e cabelos castanhos, me estendendo um copo vermelho de plástico.

Olhei para o líquido dentro do copo, ele era transparente cristalino, e cheirei. Era forte demais, puro álcool.

— É vodka pura, bebe. Vai te ajudar um pouco a se soltar! — Disse sorrindo. Decidi arriscar e bebi um gole, fazendo uma careta logo em seguida. O gosto era horrível. — Mas beba tudo.

Fiz o que ela pediu e virei o copo de uma vez na boca. Agora era rezar para não estar batizada aquela bebida.

— Obrigada! — Agradeci, ainda franzindo a boca.

— Tamo junto. — Sorriu de novo e piscou um olho. — Sou Anahí, satisfação.

— Dulce. — Respondi. Ela deu risada do meu nome, não gostei, mas decidi relevar.

— Quer que eu te ensine? — Apontou para a dança que as meninas faziam a nossa volta. Era basicamente mexer a bunda. Ruborizei, mas concordei com a cabeça. — Sua amiga parece que já manja.

Olhei para Maite, que rebolava encostada em um homem de barba. Ele a segurava pela cintura enquanto a mesma dava risada e descia até o chão, roçando nele. Meu Deus, minha amiga era uma depravada!

— Olha pra mim, tu começa assim, mas no ritmo do pancadão. — Anahí falou e começou a remexer a cintura. Ela era definitivamente boa naquilo. — Depois tu pode arriscar a descer. — Fez uns movimentos estranhos com a bunda e foi descendo até o chão.

Sorri e tentei imitá-la. Anahí aplaudiu e passou a dançar comigo.

— Hey, Di! Pega duas biritas para mim, favor! — Anahí gritou para um menino que passava ao nosso lado.

— Demorou, gata. — lhe respondeu e saiu em direção ao bar. Alguns minutos depois voltou com mais dois copos plásticos. Anahí sorriu e beijou a bochecha dele, pegando os copos de suas mãos.

— O seu... — Entregou-me um dos copos. Agradeci e bebi um gole, era vodka de novo. — E o meu. — Gargalhou e fizemos um brinde.

Ficamos dançando juntas por um tempão. Anahí era muito legal e pelo que descobri era moradora daqui do Chapadão mesmo. Ela não ficou impressionada quando contei que era do Leblon. Pelo contrário, disse que era normal as pessoas de classe média e alta subirem o morro em dia de baile, procurando por diversão e uma noite alucinante.

Dono do Morro [M]Where stories live. Discover now