𝙲𝚊𝚙𝚒𝚝𝚞𝚕𝚘 𝟷𝟺 - 𝙰𝚗𝚝𝚎𝚜

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Botei minha

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Botei minha .40 na mesinha de frente para o sofá e comecei a dichavar a maconha. Depois, joguei tudo na seda, enrolei uma piteira na ponta e terminei de bolar.

— Caralho, esse baile tá muito bom! — Anahí gritou escandalosa como sempre, enquanto dançava com o novo lanchinho do JC, que eu sequer me lembrava do nome. Passei a língua para selar o baseado, observando as duas rebolarem a bunda ao som do menor Leozin e acendi. A brisa não demorou muito para bater, era sempre assim. Libertador. — Ah, vai começar! — Falou quando o MC mandou um papo sobre escolher uma parada de musa, sei lá o que mais.

Levantei, observando a fumaça sair pelo meu nariz, e me inclinei na grade do camarote para ficar de visão. Não demorou muito e Sabiá colou do meu lado, segurando sua arma de cano longo. Depois de mim, ele era o cara mais barra pesada do morro. Não ficava de mimimi e o caralho a quatro, matava sem dó e nem piedade mesmo. Já vi ele pipocar a cabeça de muita gente a sangue frio, era um gênio quando o assunto era torturar.

As piranhas da pista foram à loucura quando Leozin falou que ia começar a escolher as mais gatas. Hoje em especial tinha subido muita mina boa do asfalto, mas também cada canhão que só por Deus.

— Não sou nem besta de perder meu título. Bora lá Mai, tu é mais linda que muitas biscas daqui! — Anahí disse, puxando a garota pelo braço, mas ela negou com a cabeça e se desfez do aperto da boca de veludo.

— Obrigada Any, mas não curto muito essas coisas. — O lanchinho do JC respondeu. Pelo que fui informado há meses atrás, a peituda era da pista, de Leblon. Soube disso por que ninguém subia o morro sem minha autorização, precisava ficar esperto com essas crias. — Mas vamos lá, vou descer também para procurar o JC. O doido foi buscar uma bebida e até agora nada.

Mina otária da porra... Ainda não se ligou no papo do comédia. JC estava era comendo uma buceta em algum canto daquela quadra.

Minha atenção se voltou para o palco onde a puta da Rayane gritava que nem uma demente. Anahí estreitou os olhos para aquilo.

— Ah, mas agora mesmo que eu vou. Vem! — E saiu correndo. A morena peituda foi atrás dela que nem um cachorrinho.

— Essa é pra tu amorzinho! — Rayane apontou para mim no camarote. O baile inteiro parou para olhar. Puta que pariu, ela ia pagar muito caro por isso. Mais tarde iria dar uma cossa tão grande nela que essa puta ia ficar sem andar por uma semana, papo de sujeito homem.

— Mina de fé essa ai, hein patrão. — Leozin zombou, olhando para minha cara, pô. Cuzão do caralho. Sabiá soltou uma risada e começou a pesar na minha mente também. Ah, mas meu braço pesaria sem dó naquela vagabunda. — Sobe aqui morena! — Chamou logo em seguida por Anahí. Só observei de camarote a treta entre Rayane e ela, duas galinhas brigando pra ter faminha.

Dei outro trago no baseado e soprei a fumaça para o alto. JC apareceu do nosso lado, segurando uma caixa cheia de birita. Abri uma cerva e dei um golão.

Dono do Morro [M]Where stories live. Discover now