𝙲𝚊𝚙𝚒𝚝𝚞𝚕𝚘 𝟿 - 𝙰𝚗𝚝𝚎𝚜

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CINCO MESES DEPOIS

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CINCO MESES DEPOIS

— Relaxa aí, Relíquia! Tá tudo sob controle, parceiro. — Magrão garantiu enquanto me passava o baseado. Dei um trago forte, olhando o movimento da boca. Os noias logo cedo já estavam tudo doido atrás de pó. — Já molhei a mão dos cu azul ontem, pode ficar tranquilo que agora eles não vão mais embaçar para o nosso lado.

— Esses vermes tão me dando é prejuízo nessa porra! — Soprei a fumaça na cara de Poncho, que estava quieto demais. — E tu viado? Qual é a fita?

— Tem fita nenhuma não, Relíquia. — Respondeu e se levantou com o fuzil na mão. — Vou brotar lá embaixo pra ver os moleques da contenção.

— Demorou. — Fiz um toque de bandido com ele e o observei subir na sua Hornet e descer o morro.

Ouvi uma gritaria do caralho vinda atrás de mim e olhei para ver quem eram os filhos de uma puta responsáveis por acabar com a minha paz. Leco, um dos meus aviõezinhos, batia boca com um noiado que mais parecia um andarilho de tão acabado que estava.

— O chumbo aqui é grosso mermão, rala daqui antes que eu meta o pipoco nessa sua cara de drogado! — Leco gritou, sem paciência.

O noiado chega se tremia, querendo droga.

— O que tá pegando aqui, porra? — Gritei já tirando minha pistola da cintura.

— Esse lixo tá devendo uma grana preta na boca, não tem nem como pagar pelas ervas e quer que eu ainda vendo fiado. — Leco vociferou dando um tapa da cara do noiado. Ele parecia ter por volta de dezesseis a vinte anos de idade.

— Eu juro que vou pagar porra, eu vou! Dou a minha palavra! Pode ficar com minha irmã de garantia! — O noiado respondeu, o que enfureceu ainda mais Leco. Cruzei os braços e fiquei só observando aquela patifaria.

— Sua irmã tem oito anos, seu merda! — Leco deu outro tapa na cara dele.

— Foda-se, não me importo com ela! Eu só quero mais! Só isso... Preciso cheirar porra! — O noiado tentou avançar para cima de Leco, mas eu o empurrei no chão e quando tentou se levantar, dei um chute na cara dele. — Por favor, Relíquia, só mais uma... — Implorou chorando, ficando de joelhos na minha frente.

Odiava ter que lidar com esses drogados de merda. Era chato pra caralho, mas pelo menos acabava com o meu tédio. Dei um sorriso sem mostrar os dentes e encostei o cano da minha Glock na testa dele. Seus olhos estavam vermelhos e com as pupilas dilatadas, o que significava que o desgraçado já estava muito chapado, mas mesmo assim queria mais droga.

— Meu morro não é bagunça não, rapá. Tu que fez a dívida, tu que pague! — Falei e apertei o gatilho sem enrolação. O corpo do lixo caiu desfalecido no chão, sujando a porra da boca toda de sangue ruim. — Problema resolvido, caralho. — Falei para Leco, que engoliu em seco. — Agora geral circulando, quero todo mundo na atividade, porra! — Gritei para o grupo que havia se formado de frente a boca. — Magrão tira o trapo daqui e Diogo manda alguns vapores cobrarem as dívidas dos arrombados que estão no caderninho vermelho. Acabou a bagunça nesse morro, tolerância zero para os viciados!

Dono do Morro [M]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora