Após enviar aquela mensagem para Maite, me levantei da cama e fui até o meu guarda roupas, devolvendo o vestido prateado ao cabide e pegando outro conjunto de roupa, que era um conjunto de top e saia de uma cor vermelho apagado.
E fui para o banheiro me preparar.
Tomei um banho de trinta minutos, aproveitei para me depilar, e vesti a roupa que havia separado.
Meus cabelos, que estavam de um castanho escuro quase preto, deixei-os soltos mesmo. Passei um batom vermelho na boca e calcei um par de sapatos, tomando cuidado para não ficar estranho com a roupa. Para finalizar, me enchi de perfume. Risos.
Peguei meu celular e conferi o horário, já eram quase nove horas da noite. Em seguida liguei para um taxista, marcando do mesmo me pegar em frente de casa.
Sorri enquanto jogava meu celular na cama e pegava o dinheiro do táxi. Respirei fundo antes de descer as escadas. A sala estava repleta de convidados dos meus pais, entre eles vários empresários importantes. Visualizei minha mãe perto da lareira, tomando uma taça de champanhe, juntamente com Jules e mais algumas mulheres.
Cumprimentei algumas pessoas que eu conhecia e caminhei apressada até a saída. Para minha má sorte, Mateus estava parado ao lado dela conversando com seu irmão Augusto.
— Dulce? Sua mãe comentou que você não estava se sentindo muito bem. — Falou assim que me aproximei.
— Pois é, melhorei... — Forcei um sorriso e segurei a maçaneta. Ele franziu a testa.
— Vai sair? — Mateus perguntou, parecendo surpreso. A curiosidade em excesso dele chegava a me irritar, será que não se tocava que minha vida não lhe dizia respeito?
Olhei para minha mãe e a vi me fuzilando com os olhos.
— Vou sim! Preciso ir, mas aproveite o jantar. — Ele ia falar mais alguma coisa, mas abri a porta e me preparei para sair. — Boa noite, Mateus. Augusto. — Acenei para os dois e corri até o táxi, que me esperava parado ao lado da calçada.
— Boa noite, senhora! — O taxista cumprimentou. — Qual o destino?
— Complexo do Chapadão, por favor. — Falei e sorri comigo mesma, pensando na loucura que eu estava fazendo. Estava indo para o baile!
O taxista concordou e deu partida no carro. Observei a orla da praia ao meu lado, tentando controlar o nervosismo que começava a crescer dentro de mim. Hoje eu iria provar a mim e a todos que sim, eu podia ser quem eu queria.
• • •
— Obrigada! — Agradeci gentilmente e paguei o taxista, descendo do carro e caminhando até a entrada do morro. Assim como da outra vez, ela estava com vários homens armados. Procurei por Poncho ou pelo JC, mas não os encontrei.
— Coé novinha? — Um negão chegou em mim, colocando o fuzil para trás. Respirei fundo.
— Vim para o baile, posso subir? — Respondi sem gaguejar, o que era já um milagre.
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Dono do Morro [M]
Fanfiction+18| Será possível o amor nascer entre as duas pessoas mais improváveis do mundo? Dulce jamais imaginou se envolvendo com um morador de favela, ainda mais sendo ele o dono do morro. Ela não sabia explicar o porquê de se sentir atraída por uma pessoa...