𝙲𝚊𝚙𝚒𝚝𝚞𝚕𝚘 𝟺𝟷 - 𝙰𝚗𝚝𝚎𝚜

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Felipe não se afastou e me ajudou no resto do caminho. Já estávamos descendo o escadão perto da casa de Anahí, quando eu decidi parar de andar e me sentar em um degrau. Em sã consciência eu jamais faria isso, aquele escadão devia estar poluído de bactérias.

— Tudo de boa ai? — Felipe perguntou, me encarando. 

Confirmei com a cabeça e olhei em volta do local escuro. O sentimento de que ali não era o meu lugar ainda estava presente no meu peito, mas já estava bem mais conformada com aquela realidade do que meses atrás estaria.

Acompanhei com os olhos Felipe se sentar ao meu lado e sorrir para mim.

— Você é tão legal comigo, muito obrigada... — Agradeci com lágrimas nos olhos. Ele era diferente dos outros homens daqui, não me tratava e nem me olhava como se eu fosse um mero objeto sexual.

— Que isso broto, assim tu me deixa até sem graça. — Ele disse e enrubesceu de leve.

— Ai que fofinho, você corou! — Gargalhei escandalosamente e Felipe pareceu ainda mais envergonhado do que antes.

— Para com isso mano! — Reclamou, revirando os olhos. — Não vai parar não? — Neguei com a cabeça e ele começou a fazer cócegas em mim. 

Comecei a rir tanto, tentando me desvencilhar das suas mãos, que até pensei que faria xixi nas pernas.

— Está bem, eu me rendo! Bandeirinha branca! — Gritei pedindo para ele parar. Felipe atendeu meu pedido, ainda dando risada, mas não tirou as mãos da minha cintura.

Olhei com atenção para o seu rosto, reparando pela primeira vez em como Felipe era bonito. O rosto com traços fortes, as inúmeras tatuagens pelo seu corpo, seu único dente de ouro. Ele era lindo e eu jamais havia percebido isso até agora, como pude ser tão distraída? 

Ofeguei quando Felipe segurou delicadamente meu rosto, aproximando o rosto do meu. Coloquei a mão em seu peito e o empurrei de leve, uma parte da minha consciência dizendo que eu não podia fazer aquilo... que era errado.

— Não posso, se Relíquia descobre ele... — Sussurrei, levantando apressada e me afastando um pouco dele.

FP interrompeu meu discurso de como estaríamos ferrados caso Relíquia se quer desconfiasse de que isso estava acontecendo.

— Ele não vai ficar sabendo, pode confiar! — Puxou-me para perto dele, me beijando. Estava sentindo um ódio mortal por Christopher e se ele podia ficar com outras pessoas eu também poderia.

Enlacei os braços em torno do pescoço dele e correspondi o beijo do jeito que pude. As duas mãos de Felipe desceram para minha bunda, me puxando ainda mais para perto. Conseguia sentir o seu pau roçando em minha barriga, completamente duro. Gemi alto assim que seus beijos passaram para o meu pescoço, me lambendo.

— Bora colar na minha goma? — Felipe perguntou, afastando-se um pouco para me encarar nos olhos. Pensei um pouco antes de concordar com a cabeça.

Felipe me segurou pela mão e foi me guiando o caminho inteiro enquanto nos beijávamos muito. O álcool nas minhas veias estava com um efeito mais forte, me deixando zonza e com muito tesão.

Não me lembrava de mais nada depois daquilo.

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Dono do Morro [M]Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon