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Aquela mina tava tirando com a minha cara, vir folgar pra cima de mim assim e ainda comigo bêbado, só podia estar querendo morrer. Ia colocar ela no lugar dela já já. Senti um puxão e me virei na hora, rápido demais e perto demais. Ela era baixinha, de salto ainda batia no meu nariz, pude sentir o cheiro do seu cabelo, e porra que cheiro gostoso, mesmo suada cheirava bem pra caralho. Respirei fundo e então perguntei:

- O que foi agora caralho? Tô perdendo a paciência, porra – dando um passo para trás.

- Eu não sei sair daqui, por favor. – ela me olha sem graça e alisando um dos braços como se estivesse com frio.

- E eu com isso? Não mandei vir e muito menos se perder da sua amiguinha – ela me olhou incrédula.

- Ok então, muito obrigada. Vou esperar eles por aqui mesmo – saiu e pegou outra bebida e foi pra grade rebolar aquela bunda grande e gostosa. 'Porra' passei minha mão no queixo, 'Quero comer essa mina'.

Vejo um marmanjo se aproximar dela, e então por um impulso vou até ela, pego a bebida de sua mão entrego pro cara que ia chegar nela e a pego pelo no colo, colocando ela em meu ombro.

- VOCÊ TÁ LOUCO? ME SOLTA PORRA – começou a socar minhas costas.

- Fica na sua caladinha, que hoje quero o estrago – senti o corpo dela estremecer. Sorri comigo mesmo.

- ISSO É SE... SEQUES... SEQUES ... PORRA NÃ... NÃO CONSIGO FALAR.

- Sequestro? – Pergunto rindo.

- ISSO, ISSO MESMO ENTÃO ME LARGA AGORA - continuou com seus socos que mais pareciam tapinhas em minhas costas.

- Meu morro, minhas regras minha pequena. - dei um tapa em sua bunda. 

- EU NÃO SOU SUA PE... PEQUENA. NÃO SOU NADA SUA, ME SOLTA CACETE – deu mais alguns socos, até que desistiu.

Coloquei e no chão e subi na moto, ela viu que não tinha muitas escolhas então logo subiu atrás. Dei partida, ela segurava na moto e depois de uns minutos subindo o morro percebo que ela ta com os braços pra cima e sorrindo como se sentisse a liberdade. Acelerei e ela soltou um riso. 'Caralho, que mulher é essa?' sorri dando algumas olhadas pelo retrovisor. 

Dei mais algumas voltas pelo morro até chegarmos em minha casa, guardei a moto na garagem.

- Eu te pedi pra me levar pra fora do morro e não pra uma casa. Aliás, de quem é essa casa? - cruzou os braços e levantou uma sobrancelha, a deixando mais sexy do que podia ser.

- Eu não vou te levar pra lugar nenhum, não sou seu motorista particular, queria vir pra minha casa e aqui estamos. Tu pode ficar aqui e esperar sua amiguinha que tá ai na casa do lado. Você que subiu na moto por vontade própria. - ela arregalou os olhos.

- EU? - apontou pra si mesma. - EU SUBI POR VONTADE PRÓPRIA? Subi pq não tinha pra onde ir, e muito menos saberia sair desse inferno. - bufou e voltou a cruzar os braços. 

- Olha como tu fala do meu morro caraio. - revirou os olhos e olhou pro lado. - Vou entrar vai ficar ai? - apenas concordou com a cabeça. - Então tá.

Me virei ficando de costas pra ela, e em um movimento rápido me virei e fui pra cima dela a  peguei colocando em meu ombro de novo, isso era divertido. Abri a porta e a pus no chão que caiu tropeçando nos próprios pés. Segurei pela cintura, ela me olhou sério e me estapeou se soltando.

- Me solta, eu t... to muito bem, sei me virar.

- Tá bom.

Me aproximei dela e ela deu um passo pra trás, torcendo o pé e caindo no chão.

- AI CARALHO, OLHA QUE O QUE VOCÊ FEZ – começo a rir, estendo a mão pra ela e bate na mesma – Não preciso de ajuda. Eu só quero ir embora. 

- Você tem muita coragem de me enfrentar – deu meio sorriso amarelo e deu de ombros. – Bom vai ter que esperar sua amiga aparecer com o Lipinho pra poder ir embora, pq eu não vou te levar do outro lado do Rio e muito menos descer e deixar você pegar um táxi nessa situação.

- Que situação meu filho? - foi se levantando, mas quase caindo.

- Essa situação, bêbada. Mal consegue se levantar sozinha. - peguei em sua mão e puxei pra fazendo se levantar. 

Ela me deu um tapa e saiu rebolando a bunda dela. 

- Oxe, eu to ótima. Eu só preciso de um copo de água – falou se sentando no sofá e tirando os saltos.

Sai pra cozinha e fui buscar o tal copo de água, quando volto pra sala ela já ta roncando baixo no meu sofá.

- Tá de tiração com a minha cara, agora que eu ia te comer tu dorme porra. Pqp. - coço os olhos com uma mão só como pedisse paciência e bebo o copo d'água. 

Volto pra cozinha deixando o mesmo na pia e volto pra sala. Como um cavalheiro, peguei ela no colo e subo até o quarto de hospedes 'Respeitar as mulheres, eu sei que isso seria a primeira coisa que tu me ensinaria mãe'. Abandono ela na cama e volto pro baile, já que aqui não ganharia nada. 

HERDEIROWhere stories live. Discover now