Acordar em seus braços, era algo tão bom.
Ele ainda dormia e aproveitei pra contemplar aquele rosto tão lindo e que enquanto dormia parecia até um anjo. Passei minha mão em sua barba e fiquei acariciando a mesma, como eu amava essa barba. Fiquei ali um bom tempo gravando em minha memória cada pedacinho do seu rosto, cada pintinha, cada pêlo (ta isso foi exagero), mas perdi completamente a noção do tempo até sentir o ronco em meu estômago.
Levantei com todo cuidado e trabalho para tirar suas mãos de mim. Desci para cozinha e preparei café, peguei pães, geléia, e algumas coisas que tinha. Coloquei na mesa e comecei a comer, alguns minutos depois Gringo apareceu.
- Hm, bom dia dorminhoco. – se aproximou e deu um selinho.
- Bom dia. Que cheiro bom de café. – pegou uma xícara e se serviu. – Posso me acostumar muito rápido com isso. Café pronto e uma gostosa na cozinha todas as manhãs. – sorriu debochado.
- Eu não sou sua empregada seu otário. – bati em seu braço e o mesmo riu.
- Conversou com a Carine? – levou a xícara até a boca tomando um gole.
- Sim. – assenti. – Resolvemos colocar a casa para alugar e com o dinheiro a gente tenta se manter aqui, mas estávamos pensando em abrir uma lojinha de roupas. O que acha?
- Acho legal, tem várias por ai, mas as mulheres sempre adoram uma coisa nova. – sorriu e tomou mais um gole.
- E queríamos ver uma casa também.
- Queríamos quem? – me olhou.
- Carine e eu.
- Você vai morar aqui comigo Giovanna. – apoiou os antebraços na mesa e me encarou.
- Gringo, não acho que ...
- Você não tem que achar nada. – me interrompeu. – Eu não vou te deixar longe, não estamos seguros nem aqui na minha casa e você acha que eu vou te deixar em outra, sozinha com a Carine? Não mesmo. – bufei.
- Eu não estou a fim de discutir a essas horas da manhã. – apoiei os cotovelos na mesa e deitei minha cabeça em minhas mãos.
- Ótimo, por que não tem o que falar sobre isso, já está resolvido. – se levantou.
Foi na sala e logo voltou com seu fuzil nas costas e sua arma na cintura.
- Eu vou lá na boca, não sei que horas volto. – se aproximou e deixou um beijo em meus cabelos e saiu.
*
Desço até a garagem subo em minha moto e dou partida pra boca. Depois dessa invasão as pessoas estão com medo, inclusive eu.
Chego e encontro Perninha na salinha.
- Até que fim cinderela. – levantou e veio fazer toque.
- E ai. Giovanna, bixo, essa mulher me tira do sério.
- Então ela é a mulher pra você parceiro. – caiu na risada. – Uma mulher que tira você do sério e tu não faz nada, com certeza é a certa pra você.
Sorriu com o que diz.
- Chama o Lipinho, Feijão e o kJ no rádio, quero falar com vocês. – assentiu e saiu.
Sentei e peguei o celular que era próprio para ligações internacionais e não podia ser rastreado. Ligo e falo com meu contato de EUA para saber sobre as armas que encomendei no dia da invasão. Depois da invasão tivermos perdas de algumas armas, e alguns dos nossos foram preso, além de precisar resgatar preciso de armas que esses vermes não tenham, e só consigo isso de fora. Ele me diz que está tudo certo e só preciso confirmar a entrada. Claro que pra isso tudo eu tenho policiais e alguns mais poderosos no meio disso, nada que o dinheiro e drogas da melhor qualidade, não compre esses vermes.
YOU ARE READING
HERDEIRO
Teen FictionHerdeiro de um dos tronos mais temidos do Rio de Janeiro, herdeiro do tráfico, herdeiro querendo ou não do Morro do Alemão. Mas o que ele não sabia é que esse não era seu único trono. Filhinha única, mimada, teimosa e um tanto rebelde. Procurava pe...