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Eu sorria a toa durante o caminho de volta para o morro, além da noite maravilhosa de sexo que tivemos eu mal podia acreditar que ele havia dito que me amava. Eu nunca gostei muito de aniversários, mas com certeza esse se tornou o melhor aniversário, além de ter recebido o melhor presente de todos. Só de lembrar essas três pequenas palavras saindo de sua boca meu corpo se acendia numa chama que só ele poderia apagar, podia sentir o arrepio por cada pêlo de meu corpo.

Era isso que ele fazia comigo, ele me tirava da orbita. Mais do que nunca eu precisava ter ele do meu lado.

Algumas horas na estrada, num carro diferente do qual estávamos e com roupas estranhas, para talvez não sermos reconhecidos, chegamos ao Morro, por uma estrada que eu nunca havia visto e muito menos o lugar onde entramos.

Assim que abrimos a porta de sua casa uma multidão voou em cima de nós.

- Puta que susto caralho, como cês tão? – o primeiro a se pronunciar foi Lipe.

- Caralho cuzão, achei que ia perder vocês. AI PATROINHA REPRESENTOU ATIRANDO NOS TIRA HEIN CARAI. – Perninha veio me abraçando.

- Como cês sabem? – pergunto ainda confusa com aquele pessoal reunido ali.

- Estava sendo transmitido ao vivo na TV, mas eles não falaram nada sobre você. Mas e ai, como é que acharam vocês? – Lipe pergunta.

E antes da gente conseguir se pronunciar vejo uma cabeleira voar em cima de mim.

- PRIMA MEU ANJO, MEU AMOR, MEU DEUS. – me abraçou e me apertou. Passou as mãos em meu rosto e me olhou nos olhos. – Você está bem? Achei que iria ser presa e ia precisar levar comida pra você na cadeia. O que aconteceu? VOCÊ FICOU LOUCA EM ATIRAR NOS POLICIAIS, VOCÊ PODERIA MORRER SUA TONTA. – só pude rir. – AINDA RI DESGRAÇADA. – e me abraçou novamente.

- Nos dêem espaço pra entrar, vamos nos sentar e conto o que aconteceu. – fomos todos pros sofás da sala de estar e quando todos estavam sentado. – Murilo é da policia...

- QUE? – Lipe grita interrompendo Gringo.

- FILHO DA PUTA, EU SABIA QUE TINHA COISA ERRADA COM ESSE VERME. – Perninha esbraveja e dá um soco no ar.

- CARALHO MALUCO – a vez de Feijão se manifestar espantado. – Troquei mó ideia com o maluco mano.

kJ apenas arregalou os olhos e quando achei que todas as manifestações tinham acabado para que Gringo pudesse continuar a história, vem uma risada histérica de fundo e já até sei quem é.

- AAHHH EU SABIA. – riu mais ainda. – Caralho você não quis acreditar que tinha algo errado com ele. Eu sabia. – e sua risada estava me incomodando já.

- Já entendi Carine. – revirei os olhos.

- NÃO. – gritou e parou na minha frente apontando o dedo. – Isso serviu pra você aprender a ter mais confiança quando eu digo as coisas. Merda. – volto pro seu lugar e cruzou os braços séria. – Agora pode continuar.

- Então. Ele colocou um rastreador no celular da Giovanna, por isso eles sabiam exatamente a localização da casa e onde eu provavelmente estaria no dia da invasão, e inclusive o x9 só me restou a ser o Orelha, pois só nós que estamos aqui sabemos o que Giovanna fez com o Jucelio, e ele sabia, e era ele que estava na entrada no dia da invasão com certeza facilitou para que eles entrasse, bom como já ta morto por conta disso já é uma preocupação a menos. Ele era o único fora nós que sabia e que não é de 100% da minha confiança. Murilo nos rastreou no restaurante e começou a perseguição, mas fui pro esconderijo e bom aqui estamos. Agora eu queria descansar.

- Que doideira. – Perninha disse se levantando. – Mas to feliz que vocês estejam bem, passamos o maior sufoco aqui esperando notícias. – fez toque com Gringo e bagunçou meu cabelo me fazendo sorrir.

- Ainda bem que vocês estão aqui. – Lipe fez toque com Gringo e me deu um beijo na testa. – A gente precisa descansar também, amanhã conversamos direito.

Carine pegou na minha mão me puxando fazendo com que ficasse em pé, me abraçou forte.

- Desculpa, mas eu queria jogar na sua cara que eu estava certa. – acabei rindo e apertei mais ainda no abraço.

- Eu te amo sua Mané.

- Otária, te amo. – me deu um beijo no rosto e foi em direção ao Lipe.

Feijão e kJ se despediram e seguiram pra saída junto com todos.

Gringo se levantou e veio em minha direção, me abraçou por trás e encaixou seu rosto na volta do meu pescoço, arrastou seu nariz até a altura do meu ouvido me fazendo arrepiar e sussurrou.

- Vamos pra cama, quero deitar. – terminou a frase me pegando no colo, sorri em resposta e dei um beijo em seu rosto passando minhas mãos ao redor de seu pescoço.

Ele entrou em nosso quarto, me colocou na cama e quando ia se dirigindo ao banheiro eu o chamei.

- Gui... – ele se virou e levantou a sobrancelhas, esse mania chata de dizer que posso continuar falando. Incrível como ele conseguia se comunicar só com essas malditas e lindas sobrancelhas. – Me perdoa.

- Perdoar pelo o que? – ele veio em minha direção e se sentou na minha frente.

- Quando te pedi perdão lá com Murilo, não era porque ia te abandonar. Estava te pedindo perdão por colocar Murilo na sua vida, por ter trazido o mesmo aqui, por tornar sua vida um caos mais do que já era e sei muito bem que a partir de agora não será nada fácil. Então me perdoa, não desiste de mim. – peguei uma de suas mãos e olhei em seus olhos. – Eu prometo não desistir de você.

- Ei Pequena, não precisa pedir perdão eu jamais colocaria a culpa das coisas em você. – acariciou meu rosto. – Sua única culpa é de deitar com aquele verme e ele fazer questão de lembrar na minha frente. – dou risada.

- Isso você não precisava lembrar. – ele rir.

- Eu tenho vontade de matá-lo só de pensar que ele tocou em você e que te usou pra isso ... – colocou minha mão em seus lábios.

- Não vamos lembrar isso, por favor. – pulo em seu colo e o abraço.

- Já passou, agora somos apenas nós Pequena. Vem, vamos dormir. – se deitou fazendo com que eu deitasse com ele e quando eu nem percebi já estava sonhando.

- GIOVANNAAAA ACOOORDAAAAA... GIOVANNAAA – escutava aquela voz que parecia ser da Carine, mas meu sono estava pesado demais pra abrir os olhos.

Ouvi a porta do quarto abrir com tudo e alguém me sacudir.

- Giovanna pelo amor de Deus acorda. – abri os olhos e a vi toda descabelada e de pijama ainda, estiquei minha mão pela cama e vi que Gringo já tinha levantado e então pra ela ta aqui assim aconteceu algo.

- O que houve? – consegui me sentar e a vi procurando algo, até pegar o controle e ligar a TV.

- Você não vai acreditar, assiste.

Olhei pra TV e não pude acreditar li e reli aquela maldita coisinha que ficava embaixo informando sobre o que era a reportagem. Minha boca secou, perdi completamente as forças, minha cabeça parecia ter ganhado 100kg a mais pois pesava como tal, minha respiração ficou falha, e antes que tudo escurecesse eu só consegui dizer.

- Foi ele.    



* 

Próximo cap. é de quem vocês tanto estavam esperando, hehe. 


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