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Já tem uma semana da ligação de Murilo, o único que sabe é Lipinho. Feijão me trouxe a ficha completa dele, mas estava errada eu sei. Na mesma dizia que ele era enfermeiro, morava em Minas e se mudou pra cá atrás de emprego. Mas porque um enfermeiro iria me ameaçar? Aquela ameaça não foi simplesmente por querer Giovanna de volta, eu sei que ele gostava dela só pelo olhar dele nela, mas até ai eu tava suave. Ela estava comigo, morando comigo, transando comigo, gemendo meu nome, e eu estava 24h de olho nela.

Minha cabeça estava um caos. Não achei o x9 e agora mais essa, um merdinha vem me ameaçar.

Não posso simplesmente ir lá e dar um tiro no meio da testa dele, Giovanna me mataria já que ela acredita que ele é seu amigo. Amigo de cu é rola, esse otário vai me pagar e caro. Precisava de provas contra ele e pra isso precisava de tempo, o que não estava tendo agora.

Minha cabeça agora estava no aniversário da Giovanna que estava próximo, e segundo Carine ela não curte muito, mas gosta de aproveitar com os amigos.

- E ai cara. – Lipinho entra na sala e faz toque. – Já resolveu algo da vida?

- Não mano, não sei o que ta sendo mais difícil, descobrir o que o Murilo quer e o que ele é ou o que fazer no aniversário da Giovanna. Mina chata da porra, fui falar de fazer uma festinha e a Carine disse que ela não gosta. Quem não gosta de festa de aniversário maluco? Só aquela chupa cabra mesmo, só dificulta minha vida. – cocei os olhos jogando a cabeça pra trás e Lipinho se acabou na risada.

- Olha quem fala né, tu também nem curte o teu irmão. Mas mano, leva ela pra jantar e essas paradas de casal ta ligado. Faz tempo que tu não sai do morro e não deixa ela sair, vai dar um volta. E na volta a gente espera aqui com um bolo e parabéns só pros chegados.

- Caralho mano, tu é ligado nessas parada mesmo né. Pode crê, vou fazer isso mesmo. Até já sei onde vou levar aquela passa fome. E meu caso é totalmente diferente e tu tá ligado. 

Bateram na porta e mandei entrar.

- E ai chefia, ta ligado no Roberto. – Feijão já entrou mandando o papo, Lipinho e eu ficamos atento.

- Solta.

- Então, ele disse que não avisou porque não sabia, que o pessoal responsável pela invasão não é do departamento dele. Falou pra se preparar porque vai vir bomba, que se ta no sigilo é algo grande.

- Merda. – soco a mesa, mais uma pra cabeça. – Valeu pela visão e traz um verde pra mim, preciso relaxar.

- Traz dois, e pega uma breja na geladeira. – Lipinho disse se sentando no sofá, e Feijão saiu e logo trouxe o que pedimos. – Caralho mano, o bagui ta doido.

- Nem lembra minha cabeça ta a milhão. – acendi o baseado e puxei.

alguns dias depois

Acordei e deixei Giovanna ainda dormindo, hoje era o aniversário dela e a levaria para jantar e na volta Carine disse que iria preparar um bolo pra eles cantarem parabéns. Havia preparado uma surpresa pra ela, espero que a mesma goste. Passei o dia inteiro na boca pra noite poder estar cem por cento livre.

Chego em casa e escuto uma cantoria no andar de cima, já sei que a bonitinha está por lá. Deve estar se arrumando. 

Entro no quarto e encontro a melhor visão do planeta, ela está terminando de colocar um meia lá que vai até a coxa estando apenas de langerie branca.

- Puta que pariu, acho que meu jantar vai ser aqui mesmo.

- Ai que susto filho da puta. – ela põem a mão no coração e depois pega uma almofada e taca em mim. – Seu cu, se tu não me levar pra jantar, vai ficar um bom tempo sem comer. OUVIU BEM?

Agarro ela pela cintura e passo meu nariz pelo seu pescoço, sentindo seu cheiro, subo até seu ouvido e sussurro. – Gostosa.

- Feliz aniversário minha delicia. – ela passa suas mãos pelo meu pescoço e logo tomo seus lábios em um beijo apertando-a em mim.

Ela começa a me bater e sai do beijo.

- Para Guilherme, vai se arruma, sério. Se a gente continuar aqui vamos parar na cama e não vamos sair. Eu quero ver o Rio de novo, quero sentir um ar diferente. – me empurra e sai em direção ao seu closet e eu vou pro banheiro, tomar meu banho.

Já estava na sala esperando a mesma, incrível que eu cheguei ela estava se arrumando e eu já estou pronto e nada dela. Depois de mais alguns minutos ela desce num vestido longo preto, a coisa mais linda desse mundo.

Estendo minha mão quando ela já está nos últimos degraus.

- Puta que pariu, mal vejo a hora de voltar pra cá e arrancar esse seu vestido e te chupar todinha. – ela sorri ficando sem graça.

- Ai para. Você também não está nada mal – ela sorri e a guio até o carro e abro a porta, sigo pro lado de motorista e dou partida.

- Ah, não acredito que tu ta me trazendo aqui Gui. – diz quando estaciono num dos melhores restaurantes do Rio de Janeiro.

- O melhor para a melhor. – pego sua mão depositando um beijo.

- Você sabe que não combina nesse papel de romântico né!? – ela ri.

- Depois não fala que eu não tentei esse caralho. – ela revira os olhos e eu saiu do carro entregando a chave pro manobrista e indo em sua direção para abrir a porta.

- Você é um fofo. – ela se estica toda e me puxa pra baixo para depositar um beijo em minha bochecha.

- Baixinha.

- Otario.

- Olha a boca caralho.

- Cala a boca porra, finge que é da alta sociedade.

- Toma no cu.

- Vem fazer eu tomar.

- Não me obriga a te levar de volta pro carro arrancar esse vestido e enfiar meu pau no seu cu.

- Não é nem loco, seu cuzão.

- Olá, boa noite. Tem reservas? – olhamos pra mulher e seguramos o riso.

- Temos sim, Guilherme Octa.

- Ah sim, está certo. Mesa para dois, só meacompanhar. - entramos e seguimos a mulher até um uma das mesas que ficava de frente pra uma grande janela, mostrando uma parte de uma praia.

HERDEIROWhere stories live. Discover now