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'Não pode ser sério isso, hoje não Deus, hoje não. Que seja só uma conversa saudável mesmo'. Fui mentalizando pra tudo dar certo do portão até minha casa.

Cheguei e fui entrando e dando passagem pra ele entrar. Fechei a porta e quando vi ele já tava subindo as escadas, acredito que indo pro meu quarto. 'Além de tudo, é folgado'. Revirei os olhos.

Carine fez cara de pergunta e eu fiz sinais com as mãos dizendo que depois explicava e fui atrás do mesmo. Entro no meu quarto e ele tava na sacada, meu coração acelerou por um momento só de imaginar aquele homem sendo meu. Respirei fundo, tirei essa ideia da cabeça e então tomei coragem. Fechei a porta e perguntei:

- E então, o que tu quer falar?

Ele se virou, entrou no meu quarto novamente veio em minha direção, dei um passo pra trás e bati com as costas na porta, ele colocou cada mão em cada lado da minha cabeça, se aproximou do meu rosto e disse:

- Repete o que tu disse lá fora.

Meu coração já parecia uma escola da samba, dava pra ver meus peitos subirem e descerem, minha respiração estava fora de ordem, eu nem conseguia raciocinar. Aqueles olhos esverdeados em cima de mim, seu cheiro entupindo meu nariz, sua voz que parecia me preencher. Ele se aproximou mais deixando nossos narizes encostados.

- Repete o que tu disse – ele sussurrou.

Coloquei minhas mãos em seu peitoral e fingi tentar empurrar, já que eu mal conseguia respirar, quem dirá ter forças pra tirar ele de onde eu não queria que saísse.

- Para Gringo, para.

- Eu não to fazendo nada – a cada palavra ele aproximava mais seus lábios dos meus – só quero que tu repita que não me quer.

- Eu nunca disse isso.

Não sei pra quê terminei essa frase mal acabei de pronunciar o 'o' do isso e ele me beijou. Um beijo desesperado. E eu como uma boa controladora de sentimentos que sou, já fui passando meus braços envolta de seu pescoço.

Ele já foi me arrastando pra cama, e me deitando, e nossos lábios não se desgrudavam por um segundo se quer. Senti uma coisa vibrar e não era o pau dele, até porque vibrava no meu bolso.

Dei risada e tentei pegar o celular pra saber quem me ligava, geralmente esse horário num domingo era sempre minha mãe.

- Espera Gringo, me deixa ver quem ta me ligando – tentei afastar ele de cima de mim e fui pagando o celular do bolso da minha saia jeans.

- Pra que? Não é ninguém de interessante, a pessoa mais interessante pra você já ta aqui contigo – ele disse beijando meu pescoço e descendo os beijos até o colo dos meus seios.

Gargalhei e fazendo com que ele soltasse uma leve risada, a mais gostosa que já tinha ouvido dele e de qualquer pessoa, um riso leve.

Puxei o celular e vi no visor o nome "Mamy".

- Pera Gringo, é minha mãe, preciso atender. Licença – empurrei ele pro lado e atendi.

IDL

Gio: Alô? Mãe?

...

Gio: Eu to bem, e a senhora como ta? Tô morrendo de saudades.

...

Senti uma mão descendo pela minha barriga até o botão da minha saia jeans. Tentei me levantar ou sair dali, mas Gringo subiu em cima de mim, me prendendo. Arregalei os olhos e implorei com o olhar que não fizesse nada do que ele tava pensando em fazer.

HERDEIROWhere stories live. Discover now