- Oi meu amor – me pareceu que ele deu ênfase no "meu amor", acho que ele tava com ciúme e eu nunca tinha visto Murilo com ciúme.
Me abraçou e me deu um selinho.
- Desculpa ter chegado tão tarde, perdi você cantando, mas nada que impeça de você cantar pra mim mais tarde né. – me deu outro selinho. Gringo já tinha se afastado de mim.
Balanço a cabeça concordando é tudo que eu consigo fazer.
- Então Murilo, é que estávamos combinando de ir num barzinho, né Gi? – Carine me olha mandando eu concordar com ela.
- É... É Murilo, vamos? – ele me olhou nada satisfeito, mas concordou.
- Pq você tanto me chama de Murilo, não gosto, gosto quando me chama de amor. – ri nervosa.
- Nada não, sei lá – passei uma mecha de cabelo atrás da orelha, e olhei pro pessoal.
Carine revirou os olhos, Lipe segurou a risada e Gringo pareceu estar enfurecido, travou a mandíbula, se eu tivesse certeza que ele gostava de mim apostaria um milhão que ele atiraria agora em Murilo.
- Ok, ok, vamos então, chega desse lenga lenga. – Carine pegou meu braço e foi me puxando. – Ela vai vir comigo no meu carro – me empurrou pra frente e voltou pra dizer algo pra Murilo, quase não entendi o que era – nós vamos no Galeto Viva Flor.
Saímos do salão e seguimos até o estacionamento.
- Eu deixei meu carro ali pra trás, vão indo eu alcanço vocês – Murilo diz saindo indo em direção do carro.
- Vai tarde querido. – Carine dá tchau pra ele quando o mesmo já foi. – Não gosto dele, não sei porque você ta com ele se é do Gringo que tu gosta.
- Cala a boca Carine – dou um tapa em seu braço e ela sorri. - Me lembre de te matar por esse fato inclusive. Como que tu traz ele pra cá? Você é louca? Bixo eu quase travei e não consegui cantar.
- Trouxe pra você parar de gracinha com o Murilo, que por mais que eu não goste dele não merece ser enganado sendo que tu gosta do Gringo e isso ta estampado na sua cara. Trouxe pra ver se tu acorda de vez.
Tudo que fiz foi revirar os olhos, pois ela tinha razão.
Entramos no carro e seguimos caminho. Eu mexia no celular enquanto íamos e percebi que tava demorando muito pra chegar.
- Onde estamos indo mesmo?
- Pro Carioca da Gema – franzi o cenho.
- Você não disse que íamos no Galeto?
- Oxe, não, ta doida. – bufou e me olhou rapidamente, voltando sua atenção para a estrada.
- Nossa eu to bem surda então. - voltei a atenção ao celular onde passava o dedo vendo postagens no facebook.
- Acho que se chama efeito Gringo mesmo viu – ela ri.
- Vai se fuder Carine, por favor e me deixa. – ela ri mais ainda. – Mas porra, tinha que ta tão gostoso, vai se fuder caralho. – gargalhamos.
Continuamos conversando coisas aleatórias que se chamava Gringo até chegarmos ao barzinho, Carine estacionou e logo sai do carro.
- Gi, me empresta seu celular por um segundo, o meu descarregou, vai entrando com os meninos que eu já vou.
- Tá bom. – entreguei meu celular e segui pra encontra os meninos.
- Carine já vem, disse pra gente ir entrando.
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HERDEIRO
Teen FictionHerdeiro de um dos tronos mais temidos do Rio de Janeiro, herdeiro do tráfico, herdeiro querendo ou não do Morro do Alemão. Mas o que ele não sabia é que esse não era seu único trono. Filhinha única, mimada, teimosa e um tanto rebelde. Procurava pe...