Levei um susto, e olhei pra trás envergonhada, não por ter acordado, mas pela noite passada. Só de lembrar meu corpo estremesse, sinto todos meus pelos se arrepiarem.
- Onde cê ta indo? – pergunta se sentando na cama e coçando os olhos, logo ele boceja.
Fiquei paralisada olhando aquela cena, que homem, até com remela nos olhos consegue ser um Deus Grego. Com o cabelo bagunçado, pelado e todo pra mim. 'Opa, pra mim não Giovana, oxe, se liga.'
- Hein. - coloca meio sorriso em seus lábios como se estivesse avisando que sabia que eu estava babando por ele, babando seria um apelido, estava caindo uma cachoeira da minha boca.
- Ah... Vou embora, tenho coisas pra fazer hoje. – me levanto indo em direção a porta. Ele levanta correndo e pega pela minha mão me puxando pra ele.
- Tão rápido, nem vai se despedir? Quem vai te levar? – me concentro em não olhar pra baixo e olhar só pro rosto dele.
*
Percebi que ela tava tentando se concentrar em não olhar pra baixo, riu com a atitude dela. Podia ser bruta como fosse, mas as vezes parecia só uma menininha assustada perto do lobo mal. Me aproximo e te dou um beijo calmo, coloco minha mão em sua nuca e subo dando uma leve puxada em seus cabelo, sussurro ainda próximo a sua boca:
- Quero mais de você Pequena, aquilo não foi o suficiente – vejo ela sorrir. "Ahhh já ganhei essa".
- Vamos tomar um café pelo menos, e eu te levo – ela assenti com a cabeça e me viro pegando um cueca e colocando uma bermuda qualquer.
*
Ele falava as coisas e eu não conseguia responder, tava embriagada com sua beleza, com seu cheiro. Aquele cabelo loiro bagunçado me tirava toda atenção. 'Que homem gostoso' era tudo que eu conseguia pensar, a todo o momento.
Descemos e Lipe e Cah estavam lá me esperando.
- Carai, conseguiu acordar o urso mano – disse Lipe rindo.
- Acordei ele tropeçando na quina da cama batendo meu dedinho, se eu soubesse que era tão fácil assim tinha feito antes da gente ter todo aquele trabalho.
- Que trabalho vocês tiveram? - franze o cenho.
- De te tirar de cima dela, o que cê acha? - ele junta mais as sobrancelhas como se fosse grudar uma na outra.
- Vocês me viram pelado? - coça a barba.
Carine e eu nos entreolhamos e logo viramos um pimentão. Eu nem sei pq eu estava com vergonha.
- Você viu ela pelada? - lançou um olhar matador pro Lipe.
- Ei, foi só pra te tirar de cima dela carai, e logo fechei os olhos. Para de neurose doida ai irmão. - Lipe deu um tapa no ombro dele e foi indo em direção a cozinha puxando Carine com você.
Ele apenas levantou uma das sobrancelhas e me encarou, eu só consegui abaixar a cabeça e seguir aqueles dois.
Tomamos um café com o que tinha no momento e depois os meninos nos deixaram em casa. Super agradeci por termos ido de moto, além do meu grande amor por esse veiculo chegamos rápido. Ninguém merece o transito do Rio.
Chegando na frente do condomínio, vou tirando o capacete e Gringo faz o mesmo.
- Tchau, muito obrigada – digo com a voz baixa que quase não sai e lhe entregando o capacete. Não sei pq, mas to me sentindo envergonhada com ele. Acho que é pq ele é lindo demais e eu não to acostumada a pegar homens tão bonitos e bom de cama.
YOU ARE READING
HERDEIRO
Teen FictionHerdeiro de um dos tronos mais temidos do Rio de Janeiro, herdeiro do tráfico, herdeiro querendo ou não do Morro do Alemão. Mas o que ele não sabia é que esse não era seu único trono. Filhinha única, mimada, teimosa e um tanto rebelde. Procurava pe...