A noite já tinha chegado e eu logo tratei de ir me arrumar, queria ir pra esse baile, queria estar de novo nos braços e na cama do Gringo.
Tomei um belo de um banho demorado lavando o cabelo, sai enrolada na toalha e cuidei primeiro do cabelo, dando uma leve secada apenas. E fui pro guarda roupa procurar uma roupa, peguei uma saia colada preta, que ficava uns três dedos abaixo da minha bunda, e vesti um cropped listrado preto e branco de alça colado também e sem sutian, fiz uma make simples. Passei no quarto de Carine e a mesma estava com um vestidinho curto e colado no corpo cinza, e um salto verde escuro, linda e gostosa como sempre.
- Fiu fiu hein delicia – fingi o assobio e ela deu risada.
- Como estou? – disse dando uma volta.
- Deliciosa como sempre né meu amor, e eu?
- Maravilhosaaaa – dei risada e nos apressamos pra sair, pois o baile já teria começado. Fomos pra garagem e pegamos seu carro.
Demorou um pouco muito pra chegarmos até o Morro. Quase uma hora. Assim que chegamos ela subiu até a casa do Lipe, como era dia de baile deixava o pessoal subir de boa.
- Que cê ta fazendo aqui? – perguntei.
- Você não acha que eu vou deixar meu carro em qualquer lugar desse morro né? – dei risada e concordei.
Já tinha um tempo que eles ficavam, praticamente namoravam pq ela tinha o controle da garagem dele, ela sempre vinha no baile com ele e me chamava e eu nunca aceitava, até o maldito dia que aceitei.
- Como é que tu tem o controle da garagem dele?
- Eu pedi pra ele hoje quando ele disse que não ia nos buscar. – deu de ombros.
Descemos até a quadra que tava rolando o baile, e como sempre geral nos encarando e provavelmente se perguntando o que fazíamos ali, duas "patricinhas".
Carine pegou meu braço e me puxou direto pro camarote. O cara nem pensou duas vezes e abriu caminha pra gente subir, quem é que ia pensar né com a Cah na frente. Subimos e logo encontramos os dois. Eu não sabia como agir com Gringo depois dele praticamente me ignorar.
Lipe logo agarrou a Cah e deu um super beijo, como se não se vissem a meses. Olhei pro Gringo que tava com um copo na mão, provavelmente whisky, e me aproximei dele.
- Oi – dei um sorriso.
Ele me olhou, deu meio sorriso.
- Oi – se virou pra frente e continuou bebendo.
Olhei incrédula pra ele 'Eu não acredito que ele ta agindo assim, ah não comigo bb'. Dei um sorriso grande e fui pro bar. Pedi duas doses de tequila 'Hoje é o dia que tu vai conhecer estrago bb' virei uma atrás da outra, voltei até a Cah e fui dançar. Ela me acompanhou.
Rolava funk, começou no mesmo momento a música da Naiara e Mc Kevinho, como eu sabia? Pergunte a Carine que não deixa ninguém em paz com essas músicas.
Sorri na hora pq essa música era perfeita, me aproximei de onde ele poderia me ver e então comecei a dançar. Rebolava e arrochava nas outras partes. Sentia um par de olhos esverdeados em mim, e eu tava como? Tava nem ligando, se ele ia agir daquela forma, pode ter certeza que eu seria bem pior.
Logo começou outra do Mc Kevinho com o Léo Santana, ai mesmo que eu me acabei, peguei o copo do Lipe e praticamente virei o que tinha dentro.
- Vai com calma Pequena – ele disse pegando o copo da minha mão, dei risada.
- Eu to mais calma que mar sem onda bb, hoje eu só quero me divertir, relaxa – pisquei pra ele.
- Essa é minha prima, essa é da minha família – gritou Cah, e bateu na minha mão, fazendo a gente volta a dançar e descer até o chão rebolando.
Sai e fui no bar pegar mais bebida, peguei um copo de vodka com soda. Voltei e começou a tocar 'Fazer falta'. De tanto que a Cah escutava lá em casa eu até gostava das músicas. Voltei a dançar e rebolar a bunda até o chão e dava umas olhadas pro Gringo, ele tava de boa como se não tivesse acontecendo nada, isso me deu mais raiva.
Puxei a Cah pra ir na grade do camarote, logo a gente chamou bastante atenção e muita inveja também né haha. Então olhei de novo e vi que ele fechou a cara, logo dei uma risada e voltei ao que fazia melhor no momento, rebolar a bunda.
A noite foi passando e eu já tava muito bêbada, nem prestava mais atenção. Senti uma mão na minha cintura, me virei e dei de cara com um cara muito lindo, sorri pra ele e ele retribuiu o sorriso que era lindo. Me virei novamente e comecei a rebolar a bunda no pau dele, e não demorou muito e senti o volume e que volume viu. Ele se inclinou e disse que ia pegar uma bebida pra nós, apenas assenti a cabeça.
- Que gato primaaaaa – Carine gritou do meu lado e eu apenas ri.
Senti uma mão em minha cintura, mas essa mão não era mesma de antes, essa era maior e mais grossa, apertou minha cintura com força, não tive tempo nem de virar senti meu cabelo sendo puxado.
- Você ta querendo me provocar? – ah tinha que ser ele, me arrepiei toda e só de ouvir sua voz já fiquei molhada, mas não ia deixar fácil assim. Soltei uma risada alta.
- Me solta, eu quero dançar – disse tentando me soltar dele.
- Dança no meu pau caralho, não no pau dos outros, você é minha – dei mais risada ainda.
- Não sou não, quem te faz achar que eu sou? – gargalhei mais ainda, eu tava muito fora de mim.
Mal terminei a frase e ele me soltou, achei que tinha me livrado dessa, mas em questão de segundos ele me virou pra ele e me pegou pelo ombro. Novamente essa cena ridícula. Foi me puxando pra fora do baile.
- Me solta Guilherme, eu to de saia curta caralho. – disse sem nem pensar duas vezes.
- Cala a sua boca, e não me chama assim. Quem mandou vir com um pedaço de pano desses. - deu um tapa forte em minha bunda e ficou com a mão na mesma.
Dei risada.
- VOCÊ É RIDICULO, SIMPLESMENTE RIDICULO, você sabia disso, ridículo do caralho – falava enquanto ria, nem me dei o trabalho de socar ele, sabia que seria em vão.
Levantei meu olhar e vi que já estávamos fora do baile, e ele continuava caminhando.
Senti uma tontura 'Puts, vou vomitar'.
- Me põe no chão Gringo, sério.
- CALA A BOCA – ele gritou e desferiu outro tapa na minha bunda.
- EU TÔ FALAN... – não consegui terminar e vomitei nas costas dele mesmo. Essa hora a gente já tava passando por um beco vazio.
No mesmo instante ele parou e me jogou com tudo no chão, me segurei na parece pra não cair.
- VOCÊ É – abaixei e vomitei mais ainda. Senti ele segurar meus cabelos.
Quando reparei vi que tinha vomitado no tênis dele, 'Agora que você morre Giovana, primeiro nas costas e agora no tênis' comecei a ter uma crise de risos e soluços.
- Eu não acredito que você além de vomitar nas minhas costas, vomitou no meu tênis, SUA FILHA DA PUTA – ele puxou meu cabelo com força fazendo encarar ele.
Eu não sabia fazer outra coisa a não ser rir, eu nem sabia mais o que acontecia.
Ele soltou meu cabelo e tirou a camiseta com cuidado e jogou num canto, pegou meu braço e me puxou.
Dei uma boa olhada naquele tanquinho potente onde eu queria lavar minha calcinha e olhei maliciosamente pra ele.
- Vamo, preciso de um banho e você também.
- EU NÃO VOU TOMAR BANHO COM VOCÊ, EU NÃO VOU TRANS – ele tampou minha boca.
- CALA A BOCA CARALHO, se não quiser que eu cale de outro jeito.
Meu corpo se arrepiou todo, esse jeito dele me deixava louca.
Mordi o lábio inferior num sorriso bem safado e segui, ele apenas deu risada da minha atitude.
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HERDEIRO
Teen FictionHerdeiro de um dos tronos mais temidos do Rio de Janeiro, herdeiro do tráfico, herdeiro querendo ou não do Morro do Alemão. Mas o que ele não sabia é que esse não era seu único trono. Filhinha única, mimada, teimosa e um tanto rebelde. Procurava pe...