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Oi pessoal, primeiramente quero pedir mil perdões pra vocês por ter sumido. 

Esse ultimo mês foi doideira. 

Arrumei um freela de duas semanas na madrugada e durante o dia só sabia dormir.

E por conta disso nessas duas ultimas semanas fiquei muito doente, fiquei bem mal. Ainda não estou 100%, mas estou bem melhor.

Me perdoem, o livro já está na reta final. Então vamos lá terminar né <3 

Obrigada por continuarem aqui, lendo e tendo a paciência.


Elisa

Ficamos um pouco mais de uma hora conversando sobre quase tudo, foi incrível como Guilherme se entregou tão fácil a mim. Só de comentar algumas histórias com Rita no meio, e praticamente saímos daquela sela e viajamos no tempo.

Rita o criou do mesmo jeitinho que me criou, deu o mesmo amor senão mais. Fico tão agradecida por Rita ter cuidado dele como se fosse dela, eu queria tanto poder dar um abraço, apenas um e dizer que a amava tanto. Como sinto falta dessa mulher.

Estamos deixando o presídio agora, e daqui irei direto à casa do amigo de Guilherme, Filipe, através dele devo achar Jotinha que deve saber toda a história e estou ansiosa pra isso e tirar meu filho da cadeia.

- Elisa, se prepare. A imprensa inteira está ai na frente. – Roberto me desperta dos meus pensamentos.

- O que? Como assim? Como souberam?

Não pode ser.

- Provavelmente alguém aqui de dentro tem contato com algum jornalista. Sabe como eles são, sempre atrás de notícias, não perdem uma. Bom, já pedi para a polícia fazer uma escolta até o carro, pelo jeito a coisa está feia lá fora. – respiro fundo.

- Não acredito, queria manter isso fora dos jornais. – tampo meus olhos com minhas mãos e massageio a testa, implorando mentalmente por um pouco de calma antes que eu atacasse o primeiro que viesse com perguntas idiotas.

Seguimos até a saída e antes mesmo de abrir o portão já se podia ouvir o barulho do lado de fora. Antes de abrirem o portão, policiais nos cercaram pra conseguirmos sair.

Abaixo minha cabeça e só escuto o barulho do portão e então uma onda de flashs e gritaria, levando a cabeça para olhar um pouco pra cima e vejo câmeras e mais câmeras, diversos microfones e gravadores e perguntas que não param.

- Senhora Riquiezzi, é verdade que a senhora tem um filho preso? Como o mundo nunca soube desse filho? Sua família sabe? Como eles reagiram ao saber?

- Riquiezzi, como foi ter um filho fora do casamento e esconder ele do mundo? A senhora teria vergonha de seu filho ser marginal?

- Segundo seu pai, você foi estuprada pelo então Dono do Morro, Magrão, e teria engravidado e deixado a criança com ele. Isso é verídico?

- Não tenho nada a declarar. Por favor deixe-me passar para chegar em meu carro. – peguei meu casaco que estava em minhas mãos e passei pela minha cabeça, para poder me cobrir dos flashs.

E o caminho que duraria menos de três minutos até o carro, foi feito em uns vinte minutos, já que estava impossível de passar.

- Eu não quero acreditar que meu pai inventou aquela historinha pra imprensa, que vontade de matar ele. – disse assim que passei o cinto de segurança por mim. – O pior, sabe qual é o pior? – olho para Roberto. – Que eu não posso processar ou sequer desmenti, como vão acreditar em mim? Uma pessoa que "abandonou" – uso as aspas. – um filho, que deixou uma criança com um criminoso. Ao invés de acreditarem um homem bem sucedido, de grande nome e como eles acreditam "bom caráter". Quero matá-lo com minhas próprias mãos. – soco a porta do carro e sinto algumas lágrimas caírem. – Bom, Roberto, siga para o endereço que Guilherme nos passou quero encontrar logo Filipe e saber do resto da história.

HERDEIROOù les histoires vivent. Découvrez maintenant