Giovanna
Faz alguns dias desde que o encontrei na casa dele e meu Deus, seu cheiro ainda se encontra em mim, é como se ele tivesse me tocado, mas não chegamos nem a 10cm de distancia um do outro.
Hoje é domingo, dia de almoçar na Carine, sempre fazemos almoço em família e eu estou morrendo de medo dele estar lá, eu não vou saber me comportar, não vou saber fingir que está tudo bem. Suas palavras ainda doem e saber que ele não sente o mesmo por mim, dói mais ainda.
Estou na frente do espelho olhando para ver se a roupa está boa, já troquei mais de setenta vezes e nenhuma ficou legal. Quero estar no mínimo bonita.
Agora coloquei um vestido acima do joelho, solto e florido. Solto meu cabelo e passo um batom claro.
- É, ficou legalzinho. – dou uma voltinha olhando no espelho. – Meu Deus estou horrível, como é que eu não tenho uma roupa bonita, será que vou ter que sair pra comprar uma? – a ideia não me parece ruim.
Respiro fundo.
- Giovanna você está exagerando, é só um almoço e você nem sabe se ele estará lá. – repito pra mim umas três vezes até estar convencida que do jeito que estou está bom.
Saiu de casa e vou em direção a casa da Carine, moramos em uma distancia de nem 5min, o que eu agradeço muito, pois é a salvação da minha fome.
- Dinnndaaaa. – vejo aqueles cachos correrem pra mim e me abraçar.
- Oi meu amor. Meu Deus você está enorme e tem só três dias que não te vejo você pretende ficar maior que eu? Não é justo. – faço cócegas nela e ela ri se saindo das minhas mãos.
- Claro que vou ser maior que você, você é muito pequena. – entorto a cara pra ela e mostro a língua. – MÃE, a Dinda me mostrou a língua. – ela ri.
- Cala a boca pirralha. – faço cócegas nela.
- É O QUE GIOVANNA? ENSINANDO COISA ERRADA PRA MENINA? – Carine sai da cozinha e vem na sala.
- Você é a coisa mais errada na vida da menina, me poupe. – Luíza se acaba de rir e Carine me bate com o pano de prato.
- Ai porra. – passo a mão no meu braço.
- Olha o palavrão caralho. – ela me bate de novo.
- LOUCA. – e saiu correndo com Luíza que está se acabando de rir.
- O Dindo vai vir hoje, sabia? – sinto minhas pernas tremerem.
- S...Sério?
- Sim. – ela abre o maior sorriso do mundo.
Fico feliz que eles se dão tão bem.
Estou na área da churrasqueira com Carine e Lipe, Luíza está no quarto brincando com sua amiga que irá almoçar conosco.
- Está preparada? – Filipe se senta na mesa onde costumamos almoçar quando o tempo está bom.
- Para que? – finjo demência, pois sei do que, ou melhor, quem ele está falando.
- Para ver o Guilherme, de verdade dessa vez né. Acho que vocês vão consegui se falar. – ele rir.
- Sua vagabunda. – dou um tapa em Carine, pois só tinha comentado com ela que não trocamos nenhuma palavra. Ela ri e dá de ombros.
- Ele é meu marido, falamos de tudo um para o outro.
- Vocês são duas fofoqueirinhas isso sim, suas velhas. – eles riem e de repente o interfone toca.
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HERDEIRO
Teen FictionHerdeiro de um dos tronos mais temidos do Rio de Janeiro, herdeiro do tráfico, herdeiro querendo ou não do Morro do Alemão. Mas o que ele não sabia é que esse não era seu único trono. Filhinha única, mimada, teimosa e um tanto rebelde. Procurava pe...