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Já era sábado e Gringo me ligou me chamando pra um churrasco na casa do Perninha, e obvio que eu ia ver meu homem, né.

Nos arrumamos e partimos pro Morro. Chegando lá não fomos nem barradas, pois Carine já era conhecida dos vapores. Subi até a casa do Lipe e deixei o carro lá, já que a mesma tinha o controle do portão, ela tinha Lipe na palma da mão e ele parecia gostar disso.

Entramos na casa e era muito bonita, nunca tinha entrado aqui. Ele desce as escadas só de bermuda e agarra Carine e beija. Tusso mostrando que estou ali.

- E aaaaiiii Pequena – vem em minha direção e me abraça tão forte que quase perco o fôlego. – ta bem? Senti sua falta por aqui. – sorrio um pouco sem graça.

- Que alegria em me ver, haha. To bem sim.

- Alegria não vai ser a minha não, vai ser de outra pessoa. Bora la que o churras já ta começando.

Enquanto a gente ia saindo Lipe falou no rádio com alguém. Desceu até a garagem e subiu com a moto, abriu o portão e quando saímos damos de cara com Gringo em sua moto, sem camisa. Respirei fundo, ele tava lindo demais e minhas pernas já ficaram bambas.

Sorri assim que o vi e ele retribuiu o sorriso.

- Bora? Sobe ai Pequena. – assenti.

Subi em sua moto, me segurando no apoio que tinha na moto. Ele pegou minhas mãos e passou por sua cintura, o apertei e me encostei nas suas costas inalando seu cheiro maravilhoso. Deu partida e chegamos numa casa que não era tão grande quanto a deles, mas era muito bonita. A garagem tava aberta já, eles entraram com as motos e estacionaram. Descemos e fomos em direção a área da piscina que era bem grande, onde tinha churrasqueira e umas mesas e várias cadeiras, já tinha algumas pessoas e o som rolava alto, uma pagode qualquer ai. Estava cheio de mulheres bonitas e traficantes claro. Em cima das mesas várias armas, drogas, bebidas e até bolos de dinheiro. Algumas mulheres dançavam pros traficantes, enquanto outras estavam na piscina. Os caras bebiam e falavam de tráficos e mulheres. E algumas mulheres olharam torto pra mim e Carine, acredito que com raiva por estarmos com os chefes. 

Me senti um pouco desconfortável lá, jamais havia ido numa festa assim, apenas nos bailes que frequentei aqui, mas pra uma festa de casa era meio estranho. Carine que me conhecia mais que eu mesma, chegou perto de mim e segurou minha mão apertando e me mostrando seus dentes brancos e perfeitos me dizendo que estava tudo bem e que ela estava aqui comigo. Acho que relaxei mais depois disso.

Sentamos em uma mesa que se encontrava Feijão e o tal de Perninha, ele era alto negro, um pouco magro, mas todos definido, tinha varias tatuagens e um dente de ouro assim como as correntes que haviam em seu pescoço. Assim que nos viu abriu um sorriso enorme.

- E ai meus chapas. Patrão – deu um toque com Gringo. – Patrão dois – deu toque com Lipe. – Caca meu amor – abraçou a mesma, até pareciam íntimos. Então ele olhou pra mim, colocou a mão no queixo e sorriu. Eu me encolhi e dei um sorriso sem mostrar os dentes.

- Essa deve ser então a rainha do morro – gargalhou e Gringo deu um tapa em sua nuca. Veio me abraçando e me cumprimentando com beijos nos rosto. – Prazer sou o Perninha.

- Prazer Perninha, Giovana, mas pode me chamar de Gi. – sorri.

- Ou pode chamar de Patroinha mesmo – Feijão disse dando risada revirei os olhos e balancei a cabeça negando. Perninha apenas riu.

No começo estava um pouco quieta, mas Carine foi logo me entupindo de bebida e fui ficando mais solta e começando a conversar mais com o pessoal da mesa, que estavam Gringo, Lipe, Carine, Feijão e Perninha.

- Bora dar um mergulho? – Carine vira pra mim.

- Vamo, ta muito calor. – virei meu ultimo gole de cerveja e levantei.

Estávamos com biquíni por baixo da roupa, então nos despirmos ali mesmo na frente de todos.

- OBRIGADO PAI POR ESSA VISÃO MARAVILHOSA JESUS – Perninha gritou e todos riram, quase todos. Lipe e Gringo o fuzilaram e ele caiu na risada.

- Mais respeito caralho. – Lipe bateu com tudo na mesa bufando. – Você não acha que esse biquíni ta muito pequeno não Carine?

- Não mesmo amor, peguei até o maior que eu tinha. – ela sorriu descarada. Gringo apenas me fuzilou com raiva. Dei de ombros e a puxei pra entrarmos na piscina.

Pulamos e demos alguns mergulhos e depois saímos voltando pra mesa, claro que chamamos atenção de alguns caras das outras mesas, apesar de ter mulheres lindas lá Carine chamava mais atenção, ela era linda demais. Mas como estávamos na mesa dos chefes, ninguém mexia com nós. Sentamos e abrimos mais uma latinha.

Gringo jogou meu short no meu colo.

- Veste. – franzi o cenho e ignorei voltando a atenção pra Carine.

Ele pulou de cadeira e sentou do meu lado pegou pelo meu cabelo, me puxou pra perto dele. Me arrepiei toda, a calcinha que já estava molhada agora tava encharcada.

- Mandei você vestir a porra do short, você ta surda ou o que? Não quero marmanjo babando no que é meu. – sussurrou no meu ouvido. Mordi meu lábio em um sorriso safado. Ele percebeu e segurou o riso, fingindo estar bravo. Acabei rindo.

- E ai carai, safadeza na minha frente não, vão pro quarto. – Feijão abriu a boca estragando o clima. Revirei os olhos, me levantei e coloquei o short deixando o botão e o zíper aberto.

- É bom tu vestir o seu também Carine, falo nada. – ela riu e fez o mesmo.

Voltei a conversar com a Carine quando começou a tocar funk, e não pensamos duas vezes nos levantamos e começamos a dançar, rebolar a raba e ir até o chão com a latinha de cerveja na mão. 

- É HOJE QUE EU MORRO MEU DEUS - novamente Perninha gritando e provocando os meninos.

HERDEIROWhere stories live. Discover now