TSCOG - A segunda vinda da gula

Capítulo 55. Pode ser feito, não pode ser feito (2)

Seol Jihu viu a lâmina do machado. Esse foi o fim.

No momento em que colidiram, uma terrível mistura de ruído desorientador ecoou em torno de seus canais auditivos, e sua visão escureceu rapidamente. A parte de trás de seu nariz parecia mesquinha e quente por algum motivo. As outras sensações que percebeu simplesmente desapareceram.

O guincho metálico não pôde mais ser ouvido. Ele também não sentia que estava sendo cortado. Foi como se o tempo tivesse sido interrompido.

Mas, isso durou apenas um breve momento.

"...."

A dor horrível....

"... Ah."

... Veio bater tardiamente.

'Huuaaaaakkk !!'

Se pudesse, teria gritado alto o suficiente para rasgar suas cordas vocais. No entanto, a dor grave e paralisante não permitiu que ele abrisse a boca.

Isso poderia ser descrito como a dor sentida pelo sangue fluindo ao contrário? Com certeza parecia que todos os seus ossos haviam se quebrado e sua carne explodido em pedaços. A sensação dos músculos do ombro sendo retalhados e dilacerados era uma dor em outra dimensão, uma tortura que não podia ser colocada em meras palavras.

O que o deixou ainda mais desesperado foi o fato de não sentir nada em ambos os braços.

Não como se ele não pudesse mover os braços, não - não, era mais como se eles nem existissem em primeiro lugar. Ele até acabou pensando que seus braços devem ter sido arrancados com a força da colisão.

'Eu não deveria ter intensificado ...'

Arrependimentos surgiram tardiamente. Se ele foi contratado como porteiro, deveria ter ficado discretamente atrás. Por que ele teve que subir aqui?

'Eu morri?'

Ele só agora percebeu que o ambiente também havia ficado silencioso. Tudo era ensurdecedor, como se ele estivesse ouvindo debaixo d'água.

Ele estava ficando surdo ou morreu? Seol Jihu estava pensando assim, mas então, ele percebeu que algo estava errado.

Se ele estava realmente morto, não deveria estar sentindo dor. Já que ele estava sentindo isso, então ...?

"!!"

Sua mente ficou sóbria em um instante. Seus olhos se arregalaram.

A primeira coisa que viu foi um enorme machado; estava tão perto que quase tocou seus olhos. Na verdade, ele poderia até mesmo perceber o sutil tremor da lâmina.

Seus dois braços, os que ele imaginou que estariam quebrados no mínimo, ainda estavam presos aos ombros. A haste da lança que segurava com as duas mãos foi pressionada contra o machado e impediu que ele caísse mais.

A expressão de Seol Jihu tornou-se atordoada. Mesmo sendo ele quem estava fazendo isso, sua expressão indicava sua própria descrença.

... Mesmo que seus ombros parecessem que iriam se quebrar a qualquer momento em breve, e seus braços tremiam como se ele fosse deixar cair a lança, mesmo ao mais leve sinal de um cutucão.

Mas se havia algo que ninguém poderia tirar dele hoje, então seria que ele ainda estava se levantando resolutamente e resistindo amargamente.

Este foi um momento crítico em que um único erro pode levar ao aniquilamento da expedição. No entanto, Seol Jihu teve sucesso na defesa contra um ataque bastante complacente que, no entanto, veio contra ele sem um aviso.