𝐇𝐎𝐓 𝐁𝐋𝐎𝐎𝐃, aemond targaryen

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— Meu pai, você perdeu tudo. Minha mãe está morta há anos, meu irmão se encontra longe e eu... você só me usou como uma âncora para suas ambições. — disse Alicent, descruzando os braços na frente do corpo.

Ela sabia o que fazer quando se lembrou do que Rhaenys havia lhe dito antes e de como ela sentia falta de Rhaenyra. Como ela amava seus filhos e como Rhaenyra não mataria seus próprios irmãos, ou o futuro marido de sua filha, porque Rhaenyra sempre foi uma mãe exemplar, ao contrário dela.

Os olhos de Otto se arregalaram, a fúria tomou conta dele como se ele entendesse exatamente o que estava acontecendo.

Ele conectou cada uma das linhas.

O desaparecimento da coroa, o desaparecimento de Criston Cole, as manchas de sangue em Aemond, a relutância de Alicent e como o boato de que Rhaenys estava na cidade eram reais.

Otto entendeu que sua filha havia mudado de lado, e agora ele precisava correr contra o tempo para reparar o que ela havia feito. O tempo, que antes era imenso, agora havia acabado e era apenas uma corrida para alcançar e realizar o que ele havia lutado tanto por anos e anos, até mesmo décadas.

— O que você fez? — gritou Otto com fúria na voz, com os dedos longos agarrando o braço da filha com uma força que ela nunca havia sentido vindo dele antes. — Você está se destruindo com o que fez.

Alicent usou a força que tinha para tentar se libertar do pai e tentar detê-lo, dando a Rhaenys mais tempo para retornar a Porto Real com qualquer plano que tivesse feito, ela precisava de apenas alguns minutos que eram cruciais para a apresentação final. Ela olhou para o pai com os olhos lacrimejando de emoções que não conseguia identificar, com a mão estendida para empurrar Otto para longe dela mais uma vez.

Algo sem muito sucesso, seu pai era mais alto, mais velho e mais forte do que ela.

— Fiz o que era necessário para manter meus filhos em segurança. — respondeu ela entre dentes.

— Seus filhos em segurança? Então agora você é uma mãe para eles? — ele respondeu, cuspindo as palavras sobre ela como lava quente.

A Hightower piscou algumas vezes para o pai, deixando que as palavras dele entrassem em sua mente e seu coração se apertasse como se alguém tivesse sido esmagado por uma mão e puxado de seu peito. De certa forma, ele tinha razão, ela nunca foi a melhor mãe do mundo, mas amava seus filhos a ponto de morrer por eles sem hesitar por um segundo, ela os amava... eles eram uma parte dela.