capítulo 9: Dastan

11.7K 1.1K 53
                                    

Não obtinha resposta.
Me afastei de seu corpo e comecei a dar socos no chão minhas mãos começaram a doer mais não havia dor maior do que perder ela.
- Segure seu irmão antes que ele se machuque mais.
Roland me segurou mais não foi forte suficiente.
Olhei para Luna.
Fui até seu corpo.
- Volta para mim.
Abracei ela, senti seu coração bem fraco.
- Ela está viva. Eu gritei várias vezes.
Sua respiração também voltava, devagar ela voltou a respirar.
Minha mãe veio ao meu lado.
- Ela está bem?
- Acho que sim.
- Me ajude a levantar ela de toda essa água.
Seu corpo começou a ficar quente.
- Ela está superaquecendo.
- O que fazer? O que fazer?
- Me escuta, lembra de quando pela primeira vez nossos olhares se cruzaram e eu sorri pra você? Foi naquele momento que percebi que queria ter você ao meu lado para sempre.
Ela mexeu um pouco a cabeça, apertou os olhos e fechou suas mãos.
Algo estava acontecendo.
Seus olhos se abriram e estavam muito brancos.
- Luna.
Ela bateu com as mãos contra o chão e rachaduras se formaram em todo o piso.
- Mãe, saíam daqui.
- Não Dastan vamos ficar junto com vocês.
O corpo de Luna começou a tremer.
Batendo contra o chão.
Segurei seus braços.
Ela deu um grito agonizante e se sentou jo chão.
- Luna?
- Isso só vai piorar eu não tenho muito tempo vocês tem que ficar longe de mim.
- Luna se acalme.
Ela começou a recuar.
- Ele me disse que isso é só o começo que agora sou o pião no jogo dos dois.
- Luna.
- Não. Ela gritou.
Ela parecia estar perturbada.
- Eu não consigo mais, achei que com o final da maldição tudo acabaria.
Ela chorava e estava com ás mãos sobre seus cabelos.
- Eu estou aqui Luna.
- Mas eu não estou.
- Não fale isso filha.
- Eu não sei mais quem sou, não me reconheço mais.
- Esse é o Cam?
Ela apontou para Cam que estava com a cabeça encostada na perna de Lili.
- Eu fiz isso? É claro que fui eu, tudo que eu faço é destruir tudo.
Eu fui até ela.
- Não se aproxime. Ela gritava histérica.
- Eu quero cuidar de você.
- Me deixe fazer isso.
Ela olhava para o nada sem resposta.
- Sem mim vocês estariam muito melhor.
- Não diga isso.
- Estou dizendo somente a verdade.
- Vou chamar todos os anciões vamos lutar junto com você Luna, contra isso tudo.
Fui até ela.
Ela recuava mais a abracei e a mantive em meus braços.
Ela chorava.
Falei baixo em seu ouvido.
- Eu estou aqui e sempre vou estar.
- Eu vi o que aconteceu com você seus olhos estavam negros.
- Alguma coisa ficou errada comigo, não conseguia controlar meu corpo só consegui depois de ver que acertaria seu coração, então consegui mover minha mão para não acertar seu coração mais acabei acertando abaixo de seu peito, me perdoe.
- Eu não temi por mim fiquei com medo de te machucar.
- Você não me machucou e nunca vai me machucar.
- Você viu o que fiz com Cam, não queria ter feito com ele e nem com outra pessoa.
A peguei em meus braços.
- Querida você está bem?
- Estou, como está Cam?
- Ele vai ficar bem só está desacordado.
Olhei para o rosto de Luna ela estava triste, com medo e assustada.
- Vou levar Luna para o quarto.
- Nós vamos limpar aqui e buscar as pessoas da cidade que foram salvas por Luna.
- Tudo bem.
Luna estava encolhida em meus braços.
- Não se preocupe meu amor.
Subimos as escadas e entramos no quarto.
- Vá tomar um banho quando sair vou estar aqui te esperando.
Luna entrou no banheiro escutei ela ligar o chuveiro.
Pude escutar bem baixinho seu choro.
Bati na porta.
- Está tudo bem aí?
- Sim. Ela diz com a voz de choro.
- Se enrole na toalha eu vou entrar aí.
- Não precisa vou sair em um minuto.
Andei de um lado ao outro do quarto.
Depois de alguns minutos Luna saiu.
- Está bem meu amor?
- Estou.
- Eu vou tomar um banho e já venho dormir com você.
- Tudo bem.
Fui até ela e beijei sua testa.
- Eu te amo.
- Também te amo.
- Deite-se eu vou voltar rápido.
Ela se deitou e entrei no banheiro.
Tirei a roupa e liguei o chuveiro.
Pensava em Luna.
Tanta coisa havia mudado mas faria de tudo para que as coisas voltassem ao normal se é que algum dia foi normal.
Desliguei o chuveiro e enrolei a toalha na parte de baixo do corpo.
- Merda esqueci da minha calça.
Será que Luna já estava dormindo?
Precisava pegar minhas roupas.
Abri a porta devagar e notei que todos os móveis estavam no ar e Luna olhando para a janela.
Ela ouviu e se virou e todos os móveis caíram.
Primeiro ela se assustou e depois olhou pra mim.
Ela me analisou dos pés a cabeça e ficou totalmente vermelha.
- É... É me desculpa eu esqueci minha calça no armário.
Luna parecia um tomate de tão vermelha.
E não parava de olhar para mim.
Fiquei parado por alguns instantes olhando para ela e depois fui até o armário peguei a roupa e voltei para o banheiro deixando ela como uma pimenta no quarto.
Me vesti e saí do banheiro Luna ainda estava vermelha.
Ela percebeu que olhava para suas bochechas coradas.
- Para agora de ficar me olhando assim.
Ela disse e se virou para a janela.
- Não seja boba.
- Dastan não enche.
Era engraçado ver ela daquele jeito envergonhada por me ver somente de toalha.
Depois de apagar todas as luzes me deitei na cama e ela continuava a olhar para a janela.
- Não vai vir deitar?
- Só mais um minuto.
- Tudo bem.
Fiquei olhando para ela a luz da lua iluminava seu rosto sua expressão era de preocupação podia notar que ela estava com a cabeça baixa.
- Venha deitar sei que está cansada, amanhã iremos convocar os anciões e vamos conseguir resolver tudo isso mas te peço que não fique assim.
Ela deu um pequeno sorriso e veio se deitar.
A envolvia com meus braços e acariciava seu cabelo.
- Tão linda.
Ela havia dormido, estava em um sono profundo.
Beijei sua testa.
- Durma bem minha Luna.

A Maldição da Lua Vol: 2 Entre a Lua e o SolOnde as histórias ganham vida. Descobre agora