A Maldição da Lua Vol: 2 Entre a Lua e o Sol

Capítulo 28

Passei a noite em claro, não conseguia dormir morte não saía da minha cabeça e isso já estava me incomodando.
Depois de horas virando de uma lado ao outro da cama Gadriel foi dormir na sala.
Meus olhos já estavam cansados e vacilavam, adormeci.

[...]

Ouvi um barulho perto da cama acabei agindo por impulso e agarrando no pescoço dele as palmas de minhas mãos emitindo um calor intenso.
- De novo? Ele gritou enfurecido.
- Me desculpe morte, não chegue assim do nada sem fazer nenhum barulho antes.
Ele me observava sem que em sua feição fosse identificado qualquer tipo de reação.
- Quase me mata do coração. Eu disse colocando a mão sobre o peito meu coração estava acelerado.
- Gadriel disse que não dormiu nada essa noite.
- Estava com muita coisa na cabeça para conseguir dormir.
- Entendo.
- Arrume suas coisas vou te levar novamente para a cabana.
- Tudo bem isso será rápido não tenho nada aqui.
- Pelo menos troque de roupa.
Droga eu estava novamente de camisola.
Me sentei na cama e puxei a coberta ficando dos pés até a cabeça completamente vermelha minhas bochechas queimavam.
- Você pode me dar licença?
- É claro. Disse saindo sem emitir nenhum som.
Vesti minha roupa e olhei para perto da porta em uma pequena escrivaninha estava uma bandeja de comida com um pequeno bilhete.
" Trouxe suas frutas favoritas Luna, estarei te esperado na sala não demore! Morte "
Na bandeja estavam uvas, morangos, cerejas e outras frutas, mas o que me chamou atenção foi em um pequeno vaso de rosas no centro da bandeja as rosas eram grandes e vermelhas e o seu doce cheiro se espalhou por todo o quarto.
Comi algumas frutas e depois
fui em direção à sala Gadriel e morte conversavam sobre algo virados de costas.
- Ela não pode saber de nada.
Me escondi atrás da parede que dividia os cômodos.
- Quando contaremos a ela?
- Logo, mas deixe que tudo se acalme temos que sair logo daqui e leva lá depois que a tirarmos daqui contamos a ela.
- Vou chama lá.
Antes que pudesse notar que estava escondida atrás da parede saí.
- Então estou pronta. Disse fingindo estar distraída.
- Então vamos agora. A voz de Gadriel soava preocupada e com um pouco de desespero.
- Sabe morte eu gostei tanto daqui o sol é muito bom e aqui é tão bonito queria ficar por aqui na cabana faz muito frio.
Seus olhos estavam arregalados.
- É... Luna acho melhor que nós fôssemos para a cabana. Gadriel disse ansioso.
- Vamos você ficará melhor na cabana e depois se quiser te levo a outro lugar.
Como ele podia mentir com tanta naturalidade.
- Esperem um minuto então por mim esqueci minha camisola encima da cama.
Fui em direção ao quarto, mas me escondi atrás da parede novamente.
- Eles logo estarão aqui.
- Temos que tira lá daqui.
- Como a encontraram?
- Ela ficou vulnerável depois da luta e eles aproveitaram isso para a encontrar.
- Temos que a levar daqui.
- Sim Gadriel, ela ainda não está forte o suficiente para lutar se algo acontecer com ela não sei ao certo quanto tempo ela vai ficar apagada.
- Vou apressa lá. Gadriel falou
Me encolhi atrás da parede e fui até o quarto rapidamente para garantir que não seria vista.
A porta foi aberta eu estava virada de costas tentando agir como se não estivesse escutado nada e não soubesse daquilo que eles haviam tentado me esconder.
- Pronta Luna?
- Sim, mas não quero sair daqui.
- Temos que ir.
- Por que?
- Nada, só não gosto daqui.
Fui até a sala seguida por Gadriel.
- Os dois vão continuar mentindo pra mim?
Os dois trocaram olhares.
- Quem está vindo atrás de mim?
- Ninguém Luna.
- Não sejam cínicos eu ouvi o que disseram, digam logo quem está atrás de mim?
- Luna, são os clãs inimigos.
- Não vou fugir.
- Você tem que fugir eles estão vindo em grande número e não posso matar a todos eles, seria mortes em excesso e não posso fazer isso eu os levo ao submundo, mas não posso mata los.
- Eu não vou sair daqui.
- A você vai, por bem ou por mal.
- O que você vai fazer morte? Disse zombando.
Gadriel foi até a janela.
- Eles estão próximos.
Morte me encarava seriamente.
- Não vai ir?
- Não. Disse rispidamente.
- Então tá, só pra te manter ciente eu te avisei.
Ele veio em minha direção e com uma força inexplicável me ergueu em seus ombros o chutava para que ele me descesse, mas era em vão ele parecia ser frágil por causa do corpo tão magro, mas me ergueu sem nenhuma dificuldade e ainda segurou minhas pernas.
- Me solte. Gritei
- Calada.
- Venha Gadriel. Ele o chamou.
Gadriel veio ao nosso lado.
Por um instante o que vi foi escuridão até que tudo se clareou e vi que estávamos na cabana.
Morte me jogou no sofá com força e me encarou.
- Como pode ser tão teimosa assim?
- Estou cansada de fugir. Gritei
- Ás vezes o melhor é fugir.
- Eu sempre tenho que fugir isso é...
- Eu só estou tentando ajudar. Ele interrompeu.
- Eu não pedi sua ajuda.
O olhar de morte mudou ele parecia ter se irritado com minhas palavras.
- Então faça o que bem entender, vou embora já que não pediu minha ajuda.
Gadriel parecia estar em um jogo de tênis olhando de um lado ao outro a discussão.
Morte se virou e puxou o manto para que cobrisse sua cabeça e seu rosto. Sabia que ele partiria.
- Espere não vá. Eu disse.
- Gadriel pode nos dar licença?
- Sim posso. Ele se retirou saindo porta fora.
- Me desculpe eu não quis dizer aquilo.
Ele ficou imóvel ainda virado de costas para mim.
- Pode se virar para mim? Pedi quase que com um sussurro minha voz começou a falhar.
Ele se virou devagar caminhei lentamente até ele.
Tirei o manto de sua cabeça e olhei fundo em seu olhos.
- Eu disse aquelas palavras, porque fiquei chateada, mas por favor me desculpe.
Ele estava em silêncio me olhando seus braços calmamente em repouso ao lado de seu corpo.
O abracei e ele me envolveu em seus braços ainda achando estranhando fazer isso.
Ele passou ás mãos por meus cabelos devagar.
Olhei para ele.
- Me desculpa.
Ele estava a centímetros do meu rosto.
Minha respiração acelerada e ás batidas do meu coração acompanhando a respiração.
Ele passou a mão fria por meu rosto me causando arrepios...